Afrodite » malik

Capítulo 1 ✓

{Fanfiction com cenas de sexo e linguagem imprópria que pode magoar a sensibilidade dos leitores. As personagens encontrados nesta história  são apenas alusões a pessoas reais e nenhuma das situações e personalidades aqui encontradas refletem a realidade, tratando-se esta obra, de uma ficção. História feita apenas de fã para fã sem o objetivo de denegrir ou violar as imagens dos artistas}

      Arrumei o telemóvel assim que acabei de avisar Bonnie que iria chegar em 10 minutos ao colégio. Quando pensamos numa pessoa rica, provavelmente pensamos que a sua vida é fantástica e não tem nem um problema, mas dificilmente a minha é assim. Claro que não me posso queixar da minha casa ou do meu guarda-roupa, mesmo não sendo eu uma pessoa extravagante, gosto de luxos como qualquer outra rapariga da minha idade. Porém, o amor dos meus pais é algo que falta em uma boa quantidade. Por outras palavras, a minha vida é mais uma história cliché  onde a riqueza compra tudo menos o amor.

"Não se esqueça que não se deve atrasar para o jantar de hoje menina Afrodite"   A minha mãe falou enquanto arranjava um pouco o seu cabelo loiro com leves caracóis nas pontas.

      Assenti com a cabeça e sussurrei um baixo sim. A leve brisa que vinha lá de fora fez com o meu vestido florido se levantasse mostrando as minhas pernas pálidas. Isto era mais uma coisa que eu não tinha nada a ver com a D. Violet, que era morena e tinha o cabelo tingido de loiro ou até mesmo com o Sr. Ceasar, que também tinha a pele mais escura que a minha e um brilhante verde nos olhos.

      Sem esquecer do meu nome.  Afrodite.  Que nome gay  é este? Não que eu tivesse algo contra essa opção sexual dos outros, mas é realmente estúpido o facto de ter o nome de uma deusa, ainda por cima Deusa do Amor e da Sexualidade. Irónico para uma rapariga que nunca se apaixonou ou que é virgem. 

      Assim que avistei a minha melhor amiga, saí do carro sem me despedir de ninguém e poderia jurar que ainda ouvi ligeiramente D. Violet a murmurar qualquer coisa, mas nem sequer me dei ao trabalho de ouvir.

"Bonnie"    Exclamei dando-lhe um abraço ao qual ela retribuiu em segundos.

"Como estás?"    Uma das suas mãos passava pelo meu cabelo enquanto a outra fazia pequenas "festas" no meu braço.

      Bonnie era diferente de mim, acho que muito é um adjetivo bom para meter no meio de 'era'  e  'diferente'  e talvez nem isso chegasse. A sua classe financeira era mais baixa que a minha, porém a classe de sentimentos era muito mais alta. A mãe e o pai nunca apoiaram a 100% a nossa amizade, mas acho que a este ponto do "campeonato" eles não teriam muita escolha. Afinal, quem é a pessoa rica que quer que a sua filha seja melhor amiga da filha da empregada e ainda por cima de cor escura? Como eu disse, cliché.  

"Bem, eu acho.. e tu?"

"Namorando"    Bennett falou com um grande sorriso na cara.

"Então, as coisas sempre deram bem com o Anton?"    Interroguei ainda um pouco admirada. Ela simplesmente assentiu e eu continuei.     "Os meus sinceros parabéns"    Soltei uma gargalhada fazendo com que ela se juntasse a mim.

"Queres ir jantar lá a casa? É lasanha."     Ela sabia o quanto eu era louca por lasanha. Já disse: Cliché ?

      Quando a minha mãe descobriu que a sua filha era melhor amiga da filha da empregada, passou-se e não literalmente. Fez com que a mãe de Bonnie fosse despedida tendo assim que procurar uma casa para viver, porém não foram para muito longe de mim, graças a Deus. Apenas algumas casas a baixo, num grande centro de acolhimento. Nada disto fez com que a família Bennett me desprezasse, até muito pelo contrário.