Mistério em Alto Mar

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Após Edward matar todos os inimigos simultaneamente com seu parceiro de missão Teach, a tripulação aliada começa a levar os corpos dos mortos para o outro navio que estaria já destruído e ao mesmo tempo saquiou os recursos que o inimigo tinha.Depois de saquear tudo, o navio volta a zarpar em caminho para o forte, que ainda demoraria chegar.
Durante o percurso podia se notar que o navio não estava em condições para continuar a navegar, deveria ser feita uma parada e consertar a embarcação. No entanto, eles não haviam tido a sorte de encontrar qualquer ilha ou pedaço de terra em que pudessem parar.
Já havia anoitecido. Tudo que iluminava o grande navio eram as velas e a luz da lua cheia,que estava especialmente amarelada hoje. Os homens do segundo turno de vigia subiam para trocar com os do primeiro,enquanto os outros se embebedavam de rum e contavam causos e histórias,vez ou outro desmaiando de bêbados.
Parecia uma noite agradável,o mar estava calmo,o navio rumo ao norte,por ser a direção com uma ilha mais próxima, os marujos felizes... mas,nada dura para sempre,e aquela paz não era exceção.
Os tripulantes escutaram um barulho vindo do andar inferior do navio, mas todos permaneceram em seus postos pois barulhos eram normais,ainda mais com bêbados a bordo. No entanto,nem todos ficaram tranquilos com isso, apesar de não admitirem,muitos marujos se sentiram amedrontados com a possibilidade do que o poderia ter causado um som tão alto quanto este,eles nunca haviam escutado algum barulho do tipo.Era um barulho seco e alto, como se um corpo tivesse se chocado contra o chão de madeira.
Felizmente,o resto da noite foi tranquilo, sem ruidos além dos comuns para um navio e, por sorte, encontraram uma pequena ilha na qual podiam parar para consertar o navio.
Jogaram a ancora perto da praia e, la para o meio dia, ja estavam em terra firme. A ilha continha uma pequena floresta, o que facilitava o serviço ja que fornecia matéria prima. Revezando os turnos durante o dia, todos os marujos e tripulantes trabalham duro para que cada coisa quebrada fosse concertada assim como as coisas destruídas fossem substituídas.
No fim do dia, ja estava quase tudo pronto. Tinham certeza de que poderiam partir no dia seguinte assim que fossem feitos os ajustes finais. Era hora de comemorar.
Sentados em torno de uma fogueira improvisada, todos conversavam entre si enquanto bebiam uma boa dose de rum. Conversa vai, conversa vem, cantavam as suas músicas  favoritas como "O velho jack" ou "La Sirena Dell Mar". O Rum acabou. Dois marujos mais sóbrios do que a maioria se disporam para ir buscar mais um barril, assim que estes sumiram no horizonte em sua jornada em busca da bebida, começaram as lendas.
Edward escutava todas com atenção,  enquanto Teach parecia achar tudo aquilo uma tremenda bobagem. Vez ou outra podia-se ouvir Teach reclamando ou xingando as histórias.
Teach por fim interrompeu um dos homens que contava sua história, falando em tom mais alto do que o comum.

--Ora, essas histórias dão tanto medo quanto as histórias de princesinha. Não chegam nem perto da Lenda do Death Revenge!

Essa era uma história que Edward ainda não ouvira. Curioso, este olhou para o amigo com os ouvidos atentos.

--quem seria esse "Death Revenge?

Teach olhou para ele incrédulo. Não podia acreditar no que estava ouvindo.

--Quem era ele???!!! Jorge, conte a lenda para ele.

Um homem mais de idade, magro e barbudo cujo os cabelos ja começavam a ficar brancos levantou seu copo pedindo a palavra. Todos ficaram em silêncio enquanto escutavam o velho pronunciar a historia, iluminado pela luz da fogueira, que aos poucos enfraquecia.

--ah...a lenda do "Death Revenge"... pois bem garotos, se preparem para o que vão ouvir.
Death Revenge é o nome do navio do mais temido de todos os mares e terras.
Seu Capitão, Crow of God" ou "Corvo de Deus", é cruel e insensível. Seu verdadeiro nome? Ninguém sabe, e se alguém soube, não sobreviveu para contar.
Apenas de vê-lo passar podia-se sentir um ar frio é o sentimento de morte rondar a sua alma. Não há quem não se apavore ao vê-lo!Seu navio tem a aparência negresca, suas velas são consumidas por fogo que nunca se apaga e a ponta do navio contém um corvo de olhos vermelhos que tudo observa...No casco do tenebroso navio,você pode encontrar caveiras com olhos vermelhos brilhantes como rubi e que fazem barulhos assustadores quando batem no casco. E para finalizar esse Navio tão temido e ametrontador é a névoa que se forma ao seu redor, uma névoa obscura e monstruosa...Nem a morte teria coragem de chegar perto desde navio.

Todos que ouviam a história pareciam ter sido consumidos por um sentimento ruim. O clima se tornara mais pesado, ninguém ousou dizer nada logo depois de que se terminou de contar a história. Entretanto o silêncio logo foi quebrado por um grito que veio do navio. Todos ficaram em pé imediatamente olhando para o local de onde viera o som.
Não demorou para que fossem buscar saber o que causou o barulho. Chegando ao navio se depararam com um corpo jogado no chão,ensanguentado todo o local,criando uma pequena poça de sangue que molhava seus sapatos.
Ninguém esperava por isso,estavam todos surpresos,com medo.
Edward se abaixou para analisar como este homem teria morrido. Quando virou o corpo,pode-se ver um grande corte na barriga. Um dos homens mais sabidos,graças a idade,comentou enquanto Edward não tirava os olhos do cadáver.

--esse ai foi morto a espada.

Um outro,mais jovem,respondeu um pouco confuso.

--mas não tinha ninguém na ilha quando chegamos então...

Edward,seguindo este raciocínio levantou os olhos para os outros homens completando a frase de seu companheiro.

--foi alguém do navio. A pergunta é quem?

Glory-Guerra Dos TemposWhere stories live. Discover now