2 - Em busca de um emprego

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Cecília
No dia seguinte, acordo cedinho outra vez me arrumo e vou tomar café com as meninas que estavam na cozinha prontas outra vez para irem trabalhar.

#Fátima: Olha quem acordou... a mulher que hoje vai conseguir um trabalho.

#Cecília: Eu rogo por isso, Fátima.

#Verônica: Aqui está o jornal de ontem.

#CecílIa: Vou tomar café com vocês, vai que ontem me deu azar porque eu estava de barriga vazia.

#Fátima: Então senta aí. Olha, aqui tem pãozinho, café frasquinho, queijo e uns ovinhos que eu fritei.

#Verônica: Como era o café da manhã na Fazenda?

#Cecília: Eu e minha mãe fazíamos os pães, o queijo, bolo fresquinho todos os dias, pão de queijo e o leite era recém tirado da vaca.

#Fátima: Sinto falta disso! – sorriu nostálgica.

#Cecília: Eu também!

Cecília
Depois do café, pego o jornal e vou outra vez andando pela cidade sozinha procurando trabalho. Tento fazer o mesmo caminho de ontem mas sinceramente não me lembro direito onde foi. E acabo saindo numa avenida não muito grande, passo na frente de uma cafeteria que se chama CHEIRINHO DE CAFÉ e os meus olhos simplesmente foram diretos a um anúncio que estava grudado em uma das janelas de vidro. Escrito assim... — PRECISA-SE DE FUNCIONÁRIOS.
E eu? Pulo de alegria e sem pensar duas vezes entro na cafeteria que estava lotada. Muitas pessoas tomando café logo cedo, fico um pouco acanhada e vou até o balcão, meio tímida eu falo...

#Cecília: Oi, meu nome é Cecília, eu vi o anúncio que dizia que aqui precisam de funcionários.

#Inácio: Hoje é o seu dia de sorte, senhorita. O dono da cafeteria está aqui. Pera aí que vou chamá-lo. — deu as costas. — Ah, mas como eu sou mal educado. Meu nome é Inácio, gerente da cafeteria e responsável pela preparação dos cafés.

#CecílIa: Muito prazer Inácio, eu me chamo Cecília. E eu acho que eu já disse o meu nome. — sorriu sem graça.

#Inácio: O prazer é todo meu Cecília. Olha, fica aqui que eu vou chamar o dono da cafeteria, ele gosta que seus funcionários sejam escolhidos por ele mesmo. Com licença!

Cecília
Só espero que esse "dono" não seja muito envocado e me aceite aqui mesmo sem experiência. Fico de olhos fechados sentada na cadeira do balcão orando para que esse homem me aceite. Ele para atrás de mim mas como eu estava de olhos fechados não o vi. Só escutei sua voz dizendo...

#João: O que você quer?

Cecília
O que eu quero? O que eu quero? Ha! Ele sabe muito bem que o que eu quero é um emprego. Abri os olhos rapidamente com o susto que levei e me viro devagar, ao encará-lo vejo um homem baixinho, barrigudo e meio careca.

#Inácio: Esse aqui é o senhor João, o dono da cafeteria.

#Cecília: Olá, senhor.  Bom, eu gostaria de um traba...

#João: Você sabe mexer nas máquinas daqui?

#Cecília: Não?!  — diz mais como uma pergunta do que afirmação.

#João: Sabe fazer chocolate quente ou algo do tipo?

#Cecília: Não?!

Cecília
Vocês não imaginam o quanto eu estava tremendo nesse momento.

A Garota da cafeteria (CONCLUÍDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora