Capítulo 2

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Cris quase correu até a porta:


- Oi, prazer! Eu sou Cris, e essa aqui é a Silvinha.


Estacou com a visão que teve. A morena absolutamente...


- Bárbara.


A única coisa que Cris conseguiu pensar, enquanto apertava a mão que o mulherão estendeu, foi:


- Realmente...


Tempo para Silvinha se recuperar o suficiente para sair da frente, permitindo que a pessoa que mais combinava com o próprio nome que já haviam visto entrasse.


Depois de fechar a porta, Silvinha conseguiu gaguejar um inseguro:


- Não quer sentar?


Que Cris completou indicando a caipirinha que ainda segurava:


- Quer uma?


Com um sorriso tão simpático que chegava a ser indecente.


Bárbara sentou no sofá, cruzou as pernas absolutamente perfeitas, passou a língua nos lábios de uma maneira inacreditavelmente obscena, e só então respondeu:


- Obrigada. Eu aceito.


No primeiro momento, nenhuma das duas se moveu. Hipnotizadas pela mulher monumento. Depois, Cris deu um empurrão em Silvinha, dizendo:


- Vai lá você.


Muito a contragosto, Silvinha obedeceu. Cris então voltou toda a atenção ao espetáculo que tinha na frente:


- E então... Bárbara, né? – a morena assentiu com a cabeça – O que você...


Foi interrompida pela campainha. Caminhou até a porta após pedir:


- Com licença...


Aproximou-se do olho mágico achando estranho. Com certo receio. Afinal... Não estavam esperando ninguém, e assaltantes invadindo prédios e fazendo moradores de refém era moda na Zona Sul do Rio de Janeiro...


Silvinha gritou da cozinha:


- Quem é?


Ao mesmo tempo em que Cris olhava, e via... Uma garota de roupas muito coloridas voltar a tocar, com evidente impaciência, a campainha.


- Quem é?


Ainda perguntou, desconfiadíssima. Poderia muito bem ser a isca, e os bandidos estarem escondidos...

Regra de Três ou RebuceteioWhere stories live. Discover now