C A P Í T U L O X I I I

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Duas pessoas seguraram meus braços e começamos a andar. Eu estava indo para o lado oposto da parte de Fox Mount, então estava no território dos ursos. A partir daquele momento, eu ficaria com New Green até que alguém viesse me salvar. Isso não me deixava confortável, mas eu estava tentando acreditar na promessa de Kyle. Era a melhor coisa que eu poderia me confortar.

Eles começaram a andar mais rápido do que eu podia acompanhar. Tropecei varias vezes antes de ouvir uma voz dizendo que eu devia correr mais rápido:

— Você vai fazer minha escola perder, e eu vou acabar com você, Raposa. — ele apertou mais meu braço.

— Você está me machucando! — disse, tentando me soltar dele.

— Ei, ei! — Bruce interviu. — Pega leve, Ansel. Você não tá vendo que ela não consegue acompanhar?

— Para mim, ela está fazendo de propósito. — ele soltou meu braço com força, e parou de andar.

— E para mim, você é um idiota, mas eu não preciso dizer em voz alta para isso ficar claro. — cuspi. — Eu vou cooperar, desde que você também coopere comigo e pare de me arrastar por aí como se eu fosse um saco de qualquer coisa. É difícil andar com uma venda, ainda mais com você me guiando!

— Vamos lá, estamos perdendo nosso tempo aqui. — Bruce disse. — Nina, ele vai ser mais gentil a partir daqui, ok?

— Isso é caça, e não um proteja a "princesa". Não tem gentileza aqui. — o mesmo Ansel que Bruce tinha dito antes respondeu.

— Eu não estou pedindo a sua gentileza, mas se você não me levar até o esconderijo direito, eu juro que "quebro" meu tornozelo aqui e minha escola me encontra antes que vocês possam pensar em onde está a cobaia de vocês. — ameacei, trincando meu maxilar.

— Ela está bravinha, igual o namorado dela. Cuidado, ela pode morder. — ele disse. Lembrei que estava usando um casaco escrito 'MADDOX' com letras grandes, e todos eles conheciam esse nome. — Doenças de Fox Mount.

Ele bufou, e ouvi ele colocar a arma de paintball nas costas. Ansel segurou meu braço, dessa vez menos apertado, e continuo o caminho. Ele resmungou algumas coisas em outro idioma que não dei atenção, e chegamos ao esconderijo. Ouvi uma porta ser aberta antes deles me jogarem ali dentro.

— Nina, esse é o Anel, e ele vai ficar com você aqui por enquanto. — Bruce disse, caminhando pelo local. Eu conseguia ouvir o pisar dos pés dele pela madeira que rangia.

Tirei minha venda:

— Acho que não tem como piorar. — disse, desgostosa.

Olhei para Ansel: alto, loiro e magro. Seu cabelo era longo, e batia na altura dos ombros. Podia jurar já ter visto os olhos dele em algum, mas estava escuro demais para que eu visse mais alguns detalhes.

— Não estamos no seu reino, princesa. — Ansel disse, rolando os olhos. — Seu príncipe não vai poder fazer nada por você agora.

— Não pega pesado com ela. — Bruce alertou para ele, apontando o dedo. —  A gente volta daqui a pouco.

Uma sirene tocou, indiciado que o jogo tinha começado. Bruce foi embora com mais umas cinco pessoas que estavam aqui, deixando eu e aquele tal de Ansel ali. Me levantei do chão, e vi o local que estava.

Era uma cabana velha, úmida e escura. Tinha uma mesa e um conjunto de cadeiras, também de madeira velha. Ansel estava sentado em uma delas enquanto usava o celular. Sua arma de paintball estava jogada na mesa. Ele parecia estar bem interessado no que quer que estive vendo no celular, porque nem sequer prestava atenção nas coisas ao seu redor.

BROKEN HEARTWhere stories live. Discover now