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- Neymar, não faz isso comigo.

- O que?

- Não me beija por dó, por favor.

- Eu não tô ficando com você por dó Jo, jamais faria isso com alguém.

Me afastei dele e peguei minha bolsa.

- Certeza que já quer entrar? - Ele perguntou e segurou minha mão.

- Sim, certeza. Eu preciso descansar. Boa noite e Obrigada - Abri a porta do carro e antes que eu pudesse me levantar, Neymar me puxou para mais um beijo. Me rendi e deixei que aquele momento se estendesse.

Interrompi o beijo e sorri. Ele me olhou chateado.

- Vai descansar. Você tem muito treino pela frente - Dei um selinho nele e saí do carro. Antes de fechar a porta, me abaixei para dizer outra coisa - Depois a gente fala sobre... isso que acabou de acontecer.

Neymar piscou para mim e eu entrei na boate. A música agitada e meu coração estavam em uma sintonia só. Estava difícil respirar depois daquela longa noite. Vi Natália de longe e ela veio em minha direção, sorrindo e com dois copos na mão.

- Amigaaaaaa - Ela me abraçou, pra variar, estava alterada.

- Nata, não to bem, por favor.

- Você contou? - Ela perguntou e me ofereceu um dos copos que estava em sua mão.

- Contei. Não to afim de beber hoje - Natália fez uma cara de triste e eu mudei de opinião - Quer saber? Foda-se.

Peguei o copo que estava na mão dela e virei todo de uma vez. Se era pra ficar bêbada, eu ia ficar logo.

Avistei Paloma dançando no Palco e ri, ela estava parecendo uma puta profissional. Na verdade ela era uma. Mas hoje estava mais. Ela era muito habilidosa no que fazia.

- Meu, a Paloma é muito doida né? - Falei.

- Por quê? - Questionou Natália.

- Ela não tá nem aí pra nada, nem parece que vai casar.

- DESDE QUANDO A PALOMA VAI CASAR?

- Você não sabia? Ela é noiva do dono dessa boate.

- MANO COMO ASSIM SOCORRO. E ELE DEIXA ELA SE PRESTAR A ISSO?

- Provavelmente ela tá nessa porque quer, não porque precisa.

- Será?

Eu e Natália passamos a observar Paloma, e por um segundo pensei ter visto Marina passar perto do palco. Me aproximei do local só pra ter certeza e Nata me acompanhou.

Era ela.

- Essa boate ta ficando muito mal frequentada - Ela disse assim que me viu.

- Realmente meu amor. Sua presença faz essa boate cair no conceito.

- Ainda não contou pro Coutinho o que você vêm fazer aqui toda noite? E essa oxigenada aí, acha que engana o gabrielzinho?

- Primeiramente que você não tem nada que se meter na vida da Joanna e do Couto, segundo que eu não tô enganando ninguém, e terceiro que eu vou dar na sua cara se você ficar nessa pose de boa moça. Já perdeu o Gabriel, o Coutinho e se eu fosse você, ficava quieta pra não perder um dente.

Me surpreendi com cada palavra de Natália. Ela não era de brigar. Nunca foi. Ainda mais por causa de macho.

Marina deu uma risada debochada assim que Natália parou de falar.

- Perdi o Gabriel? Você faz seu trabalho tão bem feito que todo dia ele vai atrás de mim. E é lógico que eu não rejeito. É ótimo quando ele puxa o cabelo né?

Natália estava com sangue nos olhos. Eu estava nervosa e não sabia como reagir. Natália estendeu seu braço e me entregou seu copo, mas antes que eu pudesse pegá-lo, ela mudou a direção e jogou-o em Marina.

Natália não pensou duas vezes antes de levantar sua mão e dar um soco bem no meio da cara de Marina, o que a fez gritar.

- VAGABUNDA, VOCÊ PODE ME BATER MAS NUNCA VAI CHEGAR AOS MEUS PÉS - Marina disse e Natália puxou seus cabelos, derrubando-a no chão.

- Sou uma tremenda de uma vagabunda, mas eu ganho dinheiro com isso. Já você... - Nata disse segurando os braços de Marina no chão. Marina inutilmente tentava se soltar, mas Natália estava em cima dela, revezando entre tapas e socos na cara dela.

A rodinha já estava formada ao redor das duas e eu estava imobilizada, ainda surpresa com toda essa cena acontecendo na minha frente.

- VOCÊS DUAS VÃO ME PAGAR CARO POR ISSO - Disse Marina enquanto alguns seguranças tiravam Natália de cima dela.

Marina estava com o rosto todo sujo de sangue. Saía sangue pelo nariz, por uma parte da boca e também em uma pequena parte da bochecha, onde Natália havia arranhado.

Já Natália, estava apenas descabelada, e com apenas uma passada de mão no cabelo, ficou plena.

Marina foi colocada pra fora da boate, e Natália foi para o andar de cima. Fiquei imaginando que iriam chamar a polícia, mas não chamaram. Fui atrás de Natália e ela estava sorridente dentro do banheiro feminino.

- Você é doida Nata.

- Você acha que fiz muito estrago?

- Fez foi pouco.

Demos risada e nos abraçamos. Saímos do banheiro e demos de cara com quem menos queríamos ver na nossa frente. Bruna. Mas que caralho, não se pode mais circular em paz nessa boate.

- Era só o que me faltava - resmunguei.

- Podem ficar tranquilas, não sou igual vocês que arrumam confusão em festa, sou pior - Ela disse, sorriu e entrou no banheiro.

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adoro um barraco
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Bad Reputation || Neymar e CoutinhoKde žijí příběhy. Začni objevovat