capítulo dezasseis;

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16. Um beijinho não faz mal a ninguém – ESPECIAL CHENSUNG

Jisung saiu da ala de internação suspirando pesado, indo em direção à uma máquina de café que havia bem no hospital. Comprou dois expressos, um para ele e outro pra Jaemin. O resto dos meninos ainda estava no quarto com Jeno.

— Hey. — O de cabelos azuis se aproximou lentamente de Na, que estava com o rosto vermelho após chorar baixinho. — Comprei pra você.

Jaemin pegou o copo de café, agradecendo a Jisung e dando um gole.

— Como você 'tá? — Park perguntou, o rosado deu de ombros. Ele não estava bem, Jisung lhe conhecia o suficiente para saber.

— A culpa foi toda minha... eu não devia ter inventado esse lance idiota de poção. Agora a vida dele tá em risco e a culpa é minha. — Jaemin fungou, deitando a cabeça no ombro de Jisung.

— A culpa não é sua, Nana. Você não tinha como prever que isso ia acontecer. Ele tava bem, todo mundo viu que isso foi do nada. — O azulado franziu o cenho. Detestava ver o amigo tristonho.

— Preciso ligar pro Renjun e avisar que o Jeno está aqui... — Jaemin respirou fundo, vendo o resto dos meninos sair da ala de internação. — Você tem o número dele?

— Tenho, eu acho. — Jisung pegou seu celular, dando uma boa vasculhada nos contatos e achando o de Renjun. Deu o celular para Jaemin. — Boa sorte.

— Obrigado. — Ele disse baixo, clicando no contato e indo para uma área mais afastada, esperando que Renjun lhe atendesse.

O Park suspirou se escorando no banco da recepção, terminando seu café e jogando seu copinho no lixo. Chenle sentou ao seu lado.

— Onde está o Hyuck? — Perguntou.

— Foi ao banheiro. Ele chorou que nem um neném quando você saiu da sala. — Zhong respondeu, bufando. — Que situação chata.

— Concordo. Espero que ele fique melhor logo... — Jisung fitou o chinês, e o mesmo devolveu a troca de olhares.

— Você sabe o que ele tem? — Perguntou Chenle, sem desviar o olhar do de cabelos azuis.

— Jaemin me disse mais ou menos o que aconteceu, ele estava muito nervoso, tadinho. — Fez uma pausa, e logo voltou: — Pelo que eu sei, tem um hormônio em excesso no organismo do Jeno, que pode acabar o matando se não tirarem a tempo. Algo do gênero.

Os olhos de Chenle se arregalaram:

— Que? Meu deus, eu achei que fosse algo sério, mas não há esse ponto.

— Jaemin acha que a culpa é dele. — Jisung suspirou.

— Por que ele acha isso?

— Não sei. — Mentiu. Não sabia se o Na gostaria que o chinês soubesse do lance da poção. — Ele se culpa por tudo que acontece de ruim com os outros, é uma droga.

— Vocês são amigos há muito tempo? — Chenle perguntou, interessado no assunto. Jisung achava incrível a habilidade que o garoto possuía de prolongar uma conversa.

— Somos amigos desde bem pequenos. Jaemin era tão diferente... ele era sensível e chorava por qualquer coisa, acho que ainda tem boa parte disso nele. — Parl disse, voltando a fitar Zhong. — Me desculpe.

— Desculpa pelo quê?

— Por te fazer esperar tanto. Eu sei que você gosta de mim, mas eu sou confuso, acho você incrível demais, merece coisa melhor do que eu. — Jisung disse cabisbaixo. Chenle negou com a cabeça, levando suas mãos ao rosto do azulado.

— Hey, eu sei como você é. Não vou desistir. Você é o suficiente pra mim. — Chenle sorriu de lado, envergonhado. — Às vezes, eu penso que você que é demais pra mim, sabe? Você é Park Jisung, Eu... Zhong Chenle.

— Somos confusos. — Jisung riu baixo. — Gosto de conversar com você, isso me anima.

— Fico feliz que eu te anime. — Chenle continuou com as mãos no rosto do azulado já que o mesmo não parecia se importar — Park, você sabe que um beijinho não faz mal à ninguém, né?

Jisung sentiu suas bochechas vermelhas, e concordou com a cabeça, já sabendo o propósito de Chenle.

— Então, eu posso? — Zhong perguntou sem vergonha alguma, observando os lábios cheinhos de Jisung.

— Pode.

Chenle sorriu, juntando seus lábios aos de Jisung que, sem hesitar, retribuiu na mesma intensidade. Nenhum deles pediu espaço com a língua, apenas aproveitaram a delícia que era ter seus lábios juntos.

Infelizmente, não conseguiram fazer durar tanto quanto queriam, pois a atendente fez uma tosse falsa, avisando aos garotos que ela estava ali. Chenle deu língua para ela, depositando mais um selinho nos lábios inchados de Jisung.

— Terminamos isso depois. — O chinês disse, o azulado apenas riu, deitando a cabeça em seu ombro, como sempre fazia.

🔮࿔*:・゚

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