Capítulo 18

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Maurício

O restaurante já estava bem vazio, já passavam das vinte e duas horas, e o lugar era bem bonito e aconchegante. Fico me perguntando, se os lugares eram mesmo tão bons, ou, se a companhia, que era perfeita. Ao lado de Annie, qualquer lugar era perfeito.

- Eu não imaginei que pudesse estar com tanta fome. Você me deixa faminta. – seu olhar ainda era selvagem, e eu amava o que eles queriam dizer.

- Meu anjo, fico feliz, em deixá-la feliz. – pego sua mão e deixo um beijo, e pisco para ela.

Sentamo-nos em uma mesa mais reservada, jantamos e tomamos vinho. Depois de algum tempo, e com bastante coragem, resolvi falar com Annie, o que vem me atormentando, durante os dias que passamos juntos. Eu queria ficar com ela, pedi-la para que se casasse comigo, quero tê-la comigo, sempre, e, sei que é cedo demais, nos conhecemos há pouco tempo e ela terá que pensar. Porém para mim, não há mais dúvidas, eu sou dela, e ela é minha.

Respirando fundo, segurando em suas mãos, girando o anel de pedra verde em sua mão direita, criei coragem e comecei a falar, olhando em seus olhos azuis.

- Annie! Sei que é meio antiquado, mas gostaria de pedir, para namorar você, quero algo sério, um compromisso. – soltei minha respiração, assim que o sorriso enfeitou seu rosto.

- Sério? Você está me pedindo em namoro? – ela ainda sorria.

- Foi totalmente antiquado, não é mesmo. – eu disse passando a mão em meu cabelo.

- Não, foi lindo, e estou feliz por me pedir. Muitas vezes, as coisas apenas acontecem, mas você está me pedindo, e eu gostei de ouvir. – ela fica corada, e eu a amo um pouco mais, por isso.

- Eu estou falando sério Annie, quando digo que quero você. Nada terá graça, se, quando essa viagem acabar, eu ficar sem você. Eu te amo e, te quero comigo. – minhas palavras saem de minha boca, como se existem vida própria, mas não era mentira. Eu a queria. – se você quiser, poderemos ficar juntos.

- Tudo isso está acontecendo muito rápido, e muitas coisas aconteceram, nessas ultimas semanas. Eu realmente amo muito, tudo o que está acontecendo com a gente, mas eu não sei, eu não sei o que fazer, nem como agir, muito menos o que te dizer...

- Anjo, eu só quero ouvir, o que você realmente sente por mim, e que seja essa mulher extraordinária, que eu conheci, e que você é. Annie, eu amo você e quando digo que quero me casar, é a mais pura verdade. Nunca quis isso com ninguém, mas com você, faço o que quiser. – ela puxou suas mãos das minhas, passando-as por seu rosto, ela pegou a taça de água e tomou um pouco.

Sei que depois de tudo o que ela passou; um namoro frio, um noivado onde acabou sendo trocada por outra, foi muito para ela. Mas eu não a trataria assim. Eu tentaria fazê-la muito feliz. Ela estava pensativa e depois de um longo suspiro. Minha felicidade se completou.

- Eu consigo me imaginar casada com você, com nossa casa e quero muito isso. – meu sorriso estava tão grande, que doía.

- Sério você imagina? Oh anjo, você não tem noção do quanto estou feliz. – ela coloca o cabelo atrás da orelha e levanta os olhos em minha direção.

- Eu também estou feliz, você me faz feliz meu amor, e... – sim ela disse meu amor e, estou parecendo um adolescente bobo, ela segura minhas mãos e olha direto em meus olhos, e me perco nos olhos dela. – ... E eu... – seu sorriso é incrivelmente lindo. - Eu te amo e muito Maurício! Sei que isso que aconteceu com a gente, foi rápido e muito forte para eu suportar e negar. E quero ficar contigo, tanto quanto, você quer ficar comigo.

Felicidade era uma pequena palavra, para descrever o que realmente eu estava sentindo neste momento. Eu sentia que agora, eu teria um futuro, e contaria tudo o que ela quisesse saber de mim, sobre meu passado, ela havia me perguntado há alguns dias atrás e eu simplesmente desconversei. Não esconderia nada mais dela. Contarei sobre a morte de Carlos, tudo o que passei, e por que escrevi o livro.

Peguei uma pequena sacolinha, de veludo preto, em meu bolso com uma de minhas mãos e com a outra, segurei a mão esquerda dela, a que não havia o seu anel de formatura. Beijei-a e olhei para ela, imensamente feliz e com cara de bobo.

- Então você aceita, namorar comigo, ser ainda mais minha, a partir de hoje? – seu sorriso cresceu e ela olhou em minha mão, a que estava com a sacolinha.

- O que é isso Maurício? Você anda com um anel em seu bolso, sempre que viaja? - mas o sorriso continuava enorme e seus olhos cravados em mim, enquanto tirei de dentro da sacolinha, o anel que eu havia comprado numa loja em Curitiba, no dia seguinte, em que fizemos amor pela primeira vez.

- Não meu anjo, depois que você se entregou a mim, pela primeira vez, eu sabia que seria para sempre. Fui à uma loja em Curitiba, e comprei um anel, que mostrasse um pouco, tudo que sinto por você.

Tirei o anel, e mostrei a ela. Ele era um aro com doze corações em ouro branco. Segurei-o em minha mão, e peguei sua mão beijando-a, olhei em seus olhos lindos, onde poderia simplesmente me perder neles.

- Annie querida, você é o anjo que trouxe vida, para minha vida. Aquela que com apenas um sorriso, derrubou todas as barreiras que eu havia construído ao meu redor, aquela que não quis que eu mudasse, mas, que me fez querer ser melhor e mudar, para ser melhor, e tudo isso em tão pouco tempo. Você quer namorar comigo?

Seus olhos estavam vermelhos, e uma lágrima escorreu em seu rosto. Ela fungou e sorriu doce e sincero. Ela limpou a lágrima, levantou o olhar até o meu e estendeu sua mão para que eu colocasse o anel em seu dedo.

- Sim Maurício, meu amor, eu aceito namorar contigo, ser seu anjo, por que você também é o meu anjo que me fez querer amar de novo, mesmo machucada e bem ferida, você entrou em minha vida, sem bater e pedir licença, mas ajudou a consertar o que estava quebrado.

Eu me levantei e peguei-a em meus braços e beijei-a profundamente, como se precisasse, estar em sua boca, para receber o ar para respirar e sobreviver. Paguei o jantar e subimos para o quarto e mais uma vez nos entregamos àquela paixão que nos arrebatava.

Sua boca beijava todo meu corpo, suas mãos percorria por meu peito e descia pela cintura, até abrir o botão de minha calça, sua boca deslizava por meu corpo, me deixando cada vez mais louco por ela. Se é que, isso fosse capaz, de acontecer. Peguei-a por sua cintura, retirei sua blusa e sua calça, deixando-a apenas de calcinha e sutiã. Beijei toda sua pele, que se arrepiava, ao toque de minha boca, em sua pele macia e quente. Amar a Annie, não era apenas mais um prazer, era uma necessidade, que eu ansiava, eu precisava dela. E assim, nos entregamos pela primeira vez naquela noite. Encontrando nossa busca, nosso tesouro, nosso prazer. Dormimos um ao lado do outro, abraçados, sentindo a calmaria de nossos corpos, após toda a tempestade de sensações.

Acordei no meio da noite, ainda abraçado à Annie, com meu telefone tocando em meu quarto. A porta de ligação entre os quartos estava entreaberta, e o som estava bem longe. Me levantei de vagar, para que ela não acordasse. Fui até o meu quarto e vendo o número na tela, fiquei muito apreensivo, fechei a porta entre os quartos e retornei a chamada. No segundo toque, Camila atende ao telefone, com uma voz arrastada e arrasada, me deixando em estado de alerta, mandando embora o sono que me rondava.

- Ei Maurício, desculpa te ligar tão tarde, mas... Você precisa vir para Brasília agora.

A viagem terminava para mim, naquele momento.

Inesperada Paixão - (completo)حيث تعيش القصص. اكتشف الآن