- Aposto que ele não te deixa assim. - Consigo sentir a sua respiração quente nos meus lábios e é extremamente difícil raciocinar assim, mas não posso deixar que ele leve a melhor.

- Enojada? Tens razão, ele não deixa, só tu. - Embrulha, imbecil. O meu subconsciente fez uma mini-dança da vitória e eu forcei sorriso arrogante, lutando contra os tremores insuportáveis das minhas pernas. Um laivo de raiva atravessou o seu olhar mas já era tarde para retirar o que disse.

- Querida, claramente não sabes com quem te estás a meter. - Com uma força incrível, Borhan ergueu-me pela cintura contra o balcão da cozinha, e nesse momento toda a minha tentativa de me conter caiu por terra. Assim que libertei as minhas mãos, levei-as ao rosto dele, levantando a máscara apenas o suficiente para pôr os lábios a descoberto. Lembrei-me da cena do Spider Man e da Mary Jane e contive uma pequena gargalhada. Sem mais demoras, entrelacei as pernas em torno da cintura dele e beijei-o com urgência, deixando que as suas mãos percorressem livremente o meu corpo.

- Isto é...tão errado. - Sussurrei, ofegante, enquanto ele me tirava a camisola e a atirava para o chão, traçando uma provocadora linha de beijos no meu pescoço.

- Ah Bea, deixa-te disso, diz que não gostas. - As mãos de Borhan exploravam-me de forma experiente e pouco delicada, e sem querer, escapavam-me suspiros longos e entrecortados.

- Podia ser melhor. - Menti, sorrindo contra os seus lábios.

- És impossível, miúda.

Arranquei-lhe a camisola num gesto urgente, expondo o peito moreno e deliciosamente delineado, onde se via uma tatuagem de um dragão. Eu juro que tentei, eu juro, mas foi mais forte que eu.

- É a tatuagem mais foleira que já vi! - Disse eu, às gargalhadas.

Borhan fez uma expressão aborrecida, e barafustou durante algum tempo, enquanto eu continuava a rir-me.

- Eu tinha 15 anos! Na altura era um máximo! - Protestou ele, fazendo-me rir ainda mais. - Podemos só ignorar a porra do Dragão e continuar o que tínhamos começado?

Borhan empurrou-me para o sofá com uma expressão provocadora e colocou-se em cima de mim, prendendo-me os braços.

- Dá-me uns segundos para superar a cena do dragão. - Respondi, rebentando em gargalhadas de novo.

- Mas que raio... pára! - Era cômico de mais vê-lo tão atrapalhado, mas não queria dar por terminado o que começáramos antes. Puxei-o contra mim e deixei que ele me tirasse o resto da roupa, à sua maneira violenta e pouco carinhosa. Levei a mão ao fecho das calças dele e mordi levemente os lábios, sem desviar o olhar do dele, mas nesse momento algo nos interrompeu.

- Tris? Posso? - Oh não. Oh não. A porta está aberta.

Borhan escondeu rapidamente as roupas debaixo do sofá e tapou-me a boca com a mão - nossa, que sexy - empurrando-me rapidamente até ao quarto-de-banho, e enfiando-se comigo debaixo do chuveiro.

- Estou a tomar banho Lou, volta daqui a pouco. E desliga o fogão, por favor. - Gritei, procurando disfarçar o histerismo da minha voz. A água gelada escorria por nós abaixo, encharcando as calças e a máscara de Borhan. Silenciosamente, ergui-me em pontas dos pés e tirei-lhe a máscara lentamente, revelando o seu rosto. O cabelo escuro e molhado colava-se à testa, salientando a intensidade dos olhos azuis, e os lábios rosados estavam entreabertos numa expressão ofegante, nervosa, mas divertida. Embora estivesse apenas de roupa interior dentro do meu chuveiro com um potencial assaltante, nunca antes me sentira tão bem.

- Ok, eu volto já. - Gritou Louis do outro lado. Ouvi a porta bater mas permaneci estática por uns momentos, deixando a água gelada escorrer pelos nossos corpos, demasiado próximos.

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