Capítulo 2

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Era noite do seu aniversário de 28 anos. Emma Swan havia acabado de chegar ao seu apartamento, após um dia cheio no trabalho. Havia passado no mercado e comprado um cupcake. Jogou a bolsa e a jaqueta vermelha sobre o sofá e foi até o balcão da cozinha, tirou o cupcake da embalagem e colocou-o sobre o balcão. Fincou a pequena vela bem no meio do bolinho e a acendeu. Contemplou, por um instante, o seu 'bolo de aniversário'.  Parabenizou-se mentalmente por ter sobrevivido até ali. Fechou os olhos com força, desejando de todo o coração não estar sozinha naquele dia. Deu um suspiro profundo e soprou...

Campainha tocando...

- Já vai - Emma falou alto para fazer com que a impaciente visita fora de hora parasse de fazer tanto barulho.

Já era tarde, os vizinhos poderiam reclamar.

Perguntando-se quem poderia estar lhe procurando àquele horário, abandonou o seu "bolo de aniversário" sobre o balcão, caminhou em direção à porta e a abriu.

Nem em seu delírio mais louco seria capaz de imaginar o quanto a sua vida mudaria depois disso.

- Olá, você é Emma Swan?

Inspecionou a estranha da cabeça aos pés. Tinha cabelos lisos, negros, cortados na altura do queixo. Usava o sobretudo preto, um cachecol, e botas pretas de salto médio. Seus olhos eram de um castanho escuro, batom vermelho e... aquilo no seu lábio, era uma cicatriz?

- Hello, eu perguntei se você é Emma Swan - e é bastante nervosinha também.

- Sim. Sou eu. E quem é você? - A mulher tinha um olhar determinado. Mas também muito sofrido. Emma sabia reconhecer uma grande dor quando via. E a estranha à sua porta carregava uma das grandes.

- Eu sou Regina Mills. Prefeita de Storybrooke - ela estende a mão para cumprimentá-la. Emma, desconfiada, aperta a mão da estranha. - Eu sou a mãe do seu filho.

Emma puxa imediatamente a mão dando um passo para trás. A mulher aproveita sua distração e avança para dentro do seu apartamento.

Sua vontade é de gritar que não a convidou para entrar e que elas não tinham nada para conversar. Mas nenhuma palavra sai de sua boca.

A mulher - Regina, esse é o seu nome - olha ao redor em seu apartamento, mas não demora muito. Não há muito o que ver. Logo o seu olhar cai de volta sobre a apavorada Emma parada ao lado da porta ainda aberta.

- Não vai fechar a porta? - Emma pensou em dizer o quão abusada ela estava sendo. E o faria se conseguisse articular as palavras. Mas, considerando que ainda estava em choque diante da revelação da estranha, deixaria essa passar.

Simplesmente fechou a porta, levando um pouco mais que o tempo necessário para fazê-lo, na tentativa de se acalmar e pensar em algo para dizer.

Sentiu frio de repente, cruzou os braços em torno de si o mais apertado que conseguiu.

- Você... o que... você disse...? - Maravilha! Ótimo momento para ficar gaga.

A mulher, parada no meio do seu apartamento, suspirou. Mas não soube identificar se era de impaciência ou por qualquer outro motivo.

Respirou fundo e afrouxou os braços.

- Desculpe, é que... você me pegou de surpresa - conseguiu dizer e a mulher pareceu se acalmar. Pelo menos um pouco.

- Eu é que peço desculpas pelo jeito que cheguei e despejei isso assim em cima de você. É que vir aqui foi uma medida desesperada - a mulher forçou um sorriso, sem muito sucesso. Ela parecia mesmo muito desesperada.

True Love Is Magic | SwanQueenWhere stories live. Discover now