Ele se levanta para pegar um papel e uma caneta.

Eu vou até a sua cama com sua ajuda. O Peter se senta atrás da mesa com uma expressão concentrada no rosto.

Ele rabisca palavras na velocidade da luz. De vez em quando ele ergue a cabeça e olha para mim.

Depois de falar uma palavra ou duas ele se vira e olha para mim intensamente.

Ele começa a recitar o poema e meu coração bate a mil.

"Eu estou feliz por ter te conhecido. Ao seu lado, eu redescobri a luz que havia desaparecido da minha vida..."

" Em todos os meus 200 anos de perambulação, nunca me senti tão vivo."

Peter continua e continua. Sinto meus olhos ficando úmidos. Suas palavras aquecem meu coração de forma única.

Ele se junta a mim na beira da cama pega minha mão e dá um beijo no interior do meu pulso. Então beija meus lábios.

Um calor se espalha em mim cada vez que seus lábios tocam os meus.

Eu corro minhas mãos pelo cabelo dele. O Peter acaricia minha bochecha e nossos lábios se movem um sobre o outro.

Eu me reclino no Peter. Ele me abraça com força em seus braços frios, mas protetores. Eu me sinto segura aqui.

Tento sentar em seu colo mas ele para o beijo.

- Laura...

- Hum.

- Não podemos... Seu tornozelo.

Tento puxar ele para outro beijo ignorando seu comentário mas ele vira o rosto.

- O que? Mas nem está doendo. Para com isso.

Beijo seu rosto e levo minha mão até seu abdômen, que se contrai com meu toque.

- Laura...

Sua voz é de censura. Reviro os olhos. E começo a beijar seu pescoço, escuto um pequeno gemido sair dos seus lábios.

- Não...

Bufo. Olho para baixo e vejo o estado que ele está. Sorrio.

- Então está bem, você não quer. Eu respeito isso.

Me deito na cama. Vejo ele passando as mãos no cabelo e respirar fundo três vezes.

- Você vai ver quando não estiver com essa tala...

Ele sussurra mal-humorado. Me seguro para não rir.

- Disse alguma coisa, Peter?

...

Acordo no meu quarto e percebo que tive uma ótima noite de sono. Pensei que eu nem conseguiria fechar os olhos, mas foi ao contrário.

Ouço minha porta se abrir e vejo o Peter, gentilmente olhando para mim.

Ele se aproxima lentamente e me beija suavemente. Eu o recebo de bom grado apesar de não estar totalmente acordada.

- Eu tenho que ir para a aula, mas não podia sair sem ver como você está.

- Eu dormi bem. Não teria como ser ao contrário com um vampiro lindo me colocando para dormir e cuidado de mim...

- Fico feliz por ter te ajudado a dormir. Infelizmente, hoje eu tenho que ir para a aula. Eu tenho uma aula de piano que não posso perder.

- Eu entendo, boa aula.

- Se cuide. Tome cuidado e desça as escadas devagar, qualquer coisa grite o Nicol...

Interrompo seu discurso de mãe com um beijo.

- Pode deixar, mamãe. Eu vou ter cuidado.

Ele sorri e me dá um último beijo antes de sair do quarto. Sua fragrância amadeirada fica para trás e eu respiro fundo sentindo ela.

Eu gostaria que ele ficasse comigo hoje, como fez ontem a noite, mas eu não quero prender ele. Sei como ama piano e respeito muito isso.

Alguém bate na porta. Será que o Peter mudou de ideia?

- Oi coitadinha.

Drogo...

- Eu sei que você não está dormindo. Acabei de ver o Peter saindo do seu quarto. Você gostaria de um chá ou café para o café da manhã?

- Oi Drogo, eu gostaria de um café. Obrigada.

- É ao Peter que você deve agradecer. Ele está mais chato que o Nicolae.

Ele bufa e some do quarto em segundos. Sorrio. Peter e sua preocupação...



Is it love? PeterOnde histórias criam vida. Descubra agora