“Niall,” eu suspirei, olhando para o meu colo. “E se eles não gostarem de mim?”

Pelo cantinho do meu olho, eu podia-o ver a olhar para mim novamente.

“Porque não gostariam?” ele perguntou. “Quer dizer, eu gosto de ti. Porque é que eles também não iriam gostar?”

“Porque,” eu roí o meu lábio superior. “Porque eu tenho uma filha e eu só tenho dezanove anos.”

“Quase vinte.” O Niall interviu.

“Exato.” Eu suspirei. “Mas tu gostares de mim foi sorte. Quer dizer, tu és o tipo de pessoa que gostas de toda a gente. Tu não tens ódio nem rancor por ninguém, não tens nem um único osso mau no teu corpo.” Eu apontei. Ele deu de ombros.

“Não.” Ele argumentou. “Não, eu tenho pessoas de quem não gosto. E eu percebo que tu estejas com medo, porque tu não conheces mesmo os meus colegas nem sabes como são. Tu queres que eu te fale deles?” eu assenti.

“Ok, então. Primeiro tens o Harry, que é terrível a contar piadas mas eu rio-me delas de qualquer maneira. Ele é fantástico com crianças e gosta mesmo delas, por isso tu não tens que preocupar com ele. E depois existe o Zayn, que é super querido. E ele também gosta imenso de crianças, por isso, aí está outro com quem não tens que te preocupar.

“Okay, quem é a seguir... Louis. Ele é um tolo e é difícil para ele levar as coisas a sério. Ele é uma pessoa mais despreocupada que alguma vez conheci. E se tu pensas que eu não tenho qualquer ‘osso mau’ ou lá o que é, tens de o ver.” Ele riu-se. “E depois existe o Liam. Ele é responsável, mas também faz coisas estúpidas. Ele é mesmo um tolo, e é muito querido. Por isso, aí estão mais dois com quem não tens que te preocupar.”

“Existe alguém que falte?” eu perguntei. Ele riu-se.

“Nope, são só estes. Vês? Sem preocupações.” Ele insistiu. Eu mordi o meu lábio, assentindo. “Existe mais alguma coisa, não existe?” ele nem tinha de dizer mais nada.

“Eu só tenho medo que eles te levem para longe.” Eu admiti, os meus olhos a ficarem um pouco húmidos. “Isto vai soar mesmo estranho e muito estúpido, mas tu estás a ser a melhor coisa que alguma vez me aconteceu e eu não quero que eles te levem para longe, honestamente.” Eu deixei lágrimas cair, como uma criança. “É egoísta, eu sei.”

“Não, está bem.” O Niall disse, agarrando-me mais próximo, como se isso fosse possível. “Eu percebo o porquê de tu pensares que isso pode acontecer, mas eu posso prometer-te que não vai.” Ele agarrou a minha mão e eu tentei parar de chorar, assentindo, absorvendo as suas palavras e tudo o que ele tinha dito.

“Como podes prometer isso? Tu disseste-me antes que a tua gerência era severa, e se eles te levarem?” eu perguntei. Ele sacudiu a sua cabeça.

“Eu diria ‘vão-se lixar’ e voltaria.” Ele riu, tentando aliviar o ambiente. Eu ri-me e assenti, descansando a minha cabeça no seu ombro e suspirando, um pouco mais aliviada agora. Eu deixei-me relaxar um pouco, e depois o telemóvel do Niall tocou.

“Tenho que atender isto.” Ele disse, puxando o seu iPhone verde do seu bolso. “Oi, Sam. Sim. Não, eu estou bem. A Ver futebol.” Ele riu-se. “Já? Okay, bem, quando pensam que estão aqui? Sete? Está bem. Já comeram? Nós pedimos alguma coisa.” Ele falou e falou e eu fechei os meus olhos, não o ouvindo.

“Okay, eles vão estar aqui em meia hora. Tu provavelmente vais querer preparar a Aimee, e eu vou-me preparar também.” Ele disse.

“O quê? E eu não preciso de me preparar?” eu ri-me. Ele olhou para mim, examinando a minha cara e sacudiu a sua cabeça.

Motel 6 [Niall Horan] (Tradução em Português)Where stories live. Discover now