—Obrigada minha pretinha. Fora você, o papai e a mamãe, ninguém mais gosta de mim.—Eu soluço—Eu sou grata por ter trazido você pra casa. Ninguém queria você também né? Você é igual a mim.—Eu choro abraçando ela

Escuto uma batida na minha porta.

—Quem é?—Eu pergunto sonolenta

A porta é aberta.

—Oi querida, é a mamãe.

—Oi mamãe.

—Se sente melhor?

Eu esfrego meus olhos.

—Um pouco.

—Quer comer alguma coisa querida?

Eu aceno com a cabeça.

—Espere aqui. Eu já volto e lhe trago algo pra comer.

A mamãe sai por alguns minutos depois volta com uma bandeja. Na bandeja tem um tigela. Eu me sento e ela coloca a bandeja no meu colo. Vejo que é canja de galinha.

—Valeu mãe, mas eu não estou gripada.

—Eu sei querida, mas você está triste não é? Quando se está triste, não se tem vontade de comer nada, igual quando se está com gripe.

—Verdade.—Eu sorrio

—Por isso eu te fiz uma sopinha quente. Ela é uma coisa leve de se comer.

Uma sopinha quente cai muito bem agora. Já que eu não estou com vontade de comer nada. Mamãe é um doce.

—Obrigada mãe.

—De nada querida. Esfrie, pois está quente. E vá se trocar, não quero que você suje o vestido novo com sopa.

—Tá mãe.

Eu me levanto da cama e troco de roupa. Ponho um short e uma blusa brancos.

Eu mexo a sopa com a colher e sopro. A sopa está quente.

Infelizmente está tão quente que não dá pra comer. Então eu coloco a bandeja na minha mesa perto da janela que eu uso para fazer meu dever de casa e a deixo esfriar.

Enquanto o vento a esfria um pouco, eu pego meus livros e começo a fazer meu dever de casa.

Passado alguns minutos, alguém bate novamente na minha porta.

—Querida, você já terminou a sopa?—Pergunta a mamãe

—Ainda não. Estou esperando ela esfriar.

—Ah, então quando ela esfriar você come.

—Sim.

—O que você está fazendo?

—Meu dever de casa.

—Ah, quando terminar você vai pra festa?

Eu suspiro.

—Não mamãe.

—Porque não?

—Você sabe porque. O Tony e a Brigitte não te explicaram o que houve ontem?

—Sim, mas...

Ela suspira depois anda em direção a minha cama e senta nela.

—Querida, acho que você não devia se deixar abalar por esse garoto. Não ligue pra ele. Vá para a festa e se divirta. Ignore ele.

—É mãe, mas e se eu encontrar ele lá?

—Daí, você o ignora e anda para longe dele.

Eu suspiro.

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