Capítulo 13 - Um beijo

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         Sorri com a sua incerteza e neguei novamente.

— Pode ter certeza que quando eu gostar de alguém, você será a primeira pessoa a saber. — Afirmei.

         Ela sorriu animada e em seguida deitou-se sobre meu corpo.

— Não quero que você cresça. — Reclamou. — Mas sei que você precisa disso.

         Nós conversamos mais um pouco sobre a noite de ontem. E contei um pouco sobre a história de amor de Henrique e Angélica. Mamãe quase chorou em vários momentos e eu acabei rindo da cara dela.

         O melhor foi quando eu contei sobre o que aconteceu quando ele resolveu leva-la até em casa.

— Eu acho que eles irão voltar. — Mamãe contou. — Eles formam um casal tão lindo.

         Eu poderia afirmar que mamãe era a pessoa mais romântica que conheço.

Apesar de estar um pouco cansada após o almoço, Evelyn implorou tanto para que eu a levasse no parque perto da nossa casa para brincar com seus amigos, que recebendo o olhar da mamãe como se implorasse com os olhos que eu aceitasse, acabei indo.

No parque havia um campo de futebol de areia, uma pequena pista de skate e alguns brinquedos como escorregador; balanços; gangorras; tubos, entre outros pequenos mais infantis.

— Não desapareça da minha vista. — Pedi para ela quando iria correr de encontro aos seus amigos. — Prometa.

— Prometo, agora deixa eu ir que eles estão me esperando. — Pediu, fazendo com que eu soltasse seu braço.

Estava me aproximando de um banco em baixo de uma árvore quando algo atingiu meu calcanhar em cheio, fazendo-me cair no chão. Resmunguei baixo.

— Desculpe-me, deixe-me ajudar. — Uma voz rouca e nervosa falou ao meu lado.

Vi uma mão se estender a minha frente e senti vontade de puxa-lo para que caísse ao meu lado, mas em vez disso aceitei sua gentileza para me levantar.

Quando encarei seus olhos preocupados, senti que os conhecia de algum lugar, apenas não conseguia recorda-los.

— Obrigada. — Agradeci, tentando limpar um pouco da sujeira que havia em minhas roupas.

— Ah não. — O menino falou passando as mãos pelo cabelo. — Você é a menina do sorvete.

E então eu lembrei de seus olhos e do seu jeito bagunçado e desajeitado. Sorri ao lembrar daquele dia. E o seu olhar de confusão e medo amenizou quando me viu sorrir também.

— Em forma de desculpa por tê-la derrubado duas vezes você aceita um algodão doce? — Perguntou, apontando para um carrinho que estava no centro do parque.

Pensei duas vezes antes de responder. Sabia que aceitar o algodão doce não significava apenas um pedido de desculpa, significava dar espaço para mais alguém entrar na minha vida.

O menino que eu ainda não lembrava o nome aguardava ansioso com seus olhos brilhando e com um sorriso tímido nos lábios deixando amostra pequenas covinhas em suas bochechas.

— Claro, por que não? — Dei de ombros.

Ele sorriu animado e correu até o carrinho. Enquanto isso, percebi que alguns meninos que andavam de skate faziam gestos para que ele fosse até lá, mas o menino apenas balançou a cabeça negando e os garotos começaram a rir e gritar alguma coisa enquanto me olhavam.

Sabia que era besteira, então nem me preocupei em prestar a atenção na conversa.

— Então, eu sou o Júlio. — Falou ao sentar-se ao meu lado.

— E eu sou a Brenda. — Falei sorridente ao colocar o primeiro pedaço em minha boca.

Fechei os olhos sentido o prazer do doce em minha boca. Quando abri os olhos estava sendo observada por ele com um sorriso engraçado nos lábios.

Estiquei o algodão em sua direção para impedir que o constrangimento pelo silencioso viesse à tona e ele aceitou.

— Então... você tem namorado? — Engasguei com a sua pergunta direta e ele acabou dando algumas batidinhas na minha costa para me ajudar.

— Quer dizer, desculpe, não era bem isso que eu queria perguntar. — Falou apressadamente.

Sorri nervosa e fiquei em silêncio.

— Você mora por aqui? — Perguntou bolando outra pergunta.

— Ah, duas ruas a esquerda. — Expliquei, mostrando por onde havia vindo.

Ele concordou e voltou a atenção para seus amigos que uma vez e outra estavam nos encarando.

Júlio ao meu lado revirava os olhos cada vez que eles gritavam alguma coisa constrangedora sobre nós dois. Inclusive já haviam gritado pelo menos três vezes para ele me beijar.

Quando menos esperava Evelyn surgiu ao meu lado suada. Encarou Júlio como se ele fosse um animal em um zoológico e olhou surpresa para mim.

— Esse é o seu namorado? — Perguntou animada. — Até que enfim minha irmã desencalhou.

Serrei os olhos olhando para ela, ouvindo Júlio rir ao meu lado.

— Não, ele é um menino que acabei de conhecer. — Expliquei sentindo vontade de matá-la.

Ela me olhou com um sorriso divertido nos lábios e voltou a encará-lo, deixando-o sem jeito.

— Eu quero um algodão doce também. — Falou apontando para o pedaço de maneira em minha mão que havia sobrado.

— Eu não trouxe dinheiro. — Neguei.

Ela cruzou os braços emburrada e olhou para Júlio, Evelyn era louca se estava achando que iria ganhar algo dele.

— Pegue, compre um para você também. — Ele falou, entregando-lhe dinheiro.

Antes de sair, para a minha surpresa a caçula deixou um beijo na bochecha dele que ficou vermelho com o ato e correu para o carrinho do algodão doce.

Algo me dizia que eu iria gostar desse menino.

Quando O Seu Coração Chamar | TEMPORADA 01Nơi câu chuyện tồn tại. Hãy khám phá bây giờ