Capítulo 2

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--- Não podemos deixar que agora, este Sacro Império Romano Germânico nos subjugue! - um homem mais exaltado se pronunciou. - Constança é siciliana, mas esposa de um estrangeiro e por isso não podemos libertá-la, como quer o Papa, nem tampouco aceitá-la no trono de nosso reino! - ele foi aplaudido entusiasticamente.

--- Esperem! Esperem! - Enrico tentava fazer com que silenciassem. Ele desejava se expressar, mas todos falavam ao mesmo tempo. - Por favor! Ouçam! Não vamos deixar que este entusiasmo nos distancie da meta desta reunião!

--- SILÊNCIO! - um capitão gritou. Todos se calaram e olharam para ele. - Não podemos deixar que a euforia nos domine. Temos que ser prudentes.

--- Sim, - Enrico teve a sua chance. - Henrique nos destruirá totalmente se souber que conspiramos contra ele.

--- Ele tentará nos destruir de qualquer maneira e se conseguir alcançar os nossos territórios certamente não poupará nada. - foi Vincenzo quem tomou a palavra. Ele já era capitão e muito respeitado por ter estado na Terra Santa. - Henrique quer o trono da Sicília e para isso nos subjugará. Ele vai saquear as cidades, matar quem se opuser, aprisionar os mais importantes. E quanto a nós, soldados, aqueles que não ajoelharem a seus pés e jurarem fidelidade ilimitada, serão queimados vivos, como tem feito por onde passa.

--- Vincenzo tem toda razão. Ele quer nos anexar. Destruir antes e anexar o que restar depois. - concluiu Giugliano.

--- E não podemos esquecer que Henrique tem verdadeiro ódio por nossa facção que colocou Tancredo no trono, contra Constança e o desejo do arcebispo!

--- Temos que derrotar os germanos! - interrompeu um cavaleiro que, imediatamente, foi ovacionado por todos os outros.

--- Acalmem-se, por favor. - um dos duques presentes, prudentemente, não queria deixar que a euforia se propagasse, especialmente entre os mais jovens, o que incluía o seu próprio filho, Antônio.

--- Este homem não é bem-vindo por muitas razões. A primeira delas é por que é um estrangeiro. Nós somos diferentes e temos nossos próprios costumes. Fomos invadidos por vândalos, ostrogodos e depois este reino foi incorporado ao Império do Oriente. Sofremos ataques de mouros e por eles fomos dominados até o século IX, quando finalmente Rogério alcançou a independência. Não importa agora qual é a ascendência de cada um aqui, se romano, bizantino ou normando. O que importa é que somos sicilianos e temos que nos unir por nosso reino.

--- Concordo. - interrompeu um capitão - E é exatamente por sermos sicilianos que não podemos nos submeter aos Hohenstaufen da Casa dos Suábios, ou seja, a estirpe de Barba Roxa.

Mais uma vez houve ovação.

--- Nossos antepassados lutaram muito para sermos o que somos hoje! - gritou um conde tentando ser ouvido em meio aos gritos e a exaltação. - Escutem! ESCUTEM! - levantou-se e ergueu ambos os braços. Esperou o silêncio e prosseguiu. - Devemos ter muito cuidado. Existem traidores por todas as partes. Nada do que foi dito aqui deve ser repetido fora. Algumas moedas de prata e promessas de posses fazem um homem covarde trair seus próprios parentes. Devemos ponderar com equilíbrio e seriedade. No momento estamos subordinados a uma situação. O Papa somente nos dará apoio se acatarmos seus desejos.

--- O que estás querendo dizer com isso, nobre conde? - perguntou um oficial.

--- Estás insinuando que devamos nos sujeitar ao pedido do Papa e soltar Constança?! - concluiu um cavaleiro.

--- Não podemos soltar a esposa do imperador! - outro cavaleiro mais eufórico nem esperou que o conde respondesse. - Ela é a nossa garantia.

Muitos concordaram e a confusão se instaurou no recinto.

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