Capítulo 3 - O beijo

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Não foi como se todo o sentimento por Wilmer tivesse sumido do nada, continuava ali, remoendo cada lembrança, eu apenas tratava de ignorar cada batida do meu coração que chamava por seu nome.

As primeiras duas semanas foram corridas oque me ajudou a não parar pra pensar no término do meu namoro, e Nick me ajudava sempre que me avistava quieta em algum lugar, quando eu falo ajudar eu quero dizer encher a porra do meu saco falando basteira sem parar mas eu entendo a sua intenção.

Iríamos viajar cedo no outro dia então todos da equipe decidiram sair pra alguma boate local, Nick disse que se eu não estivesse afim ele ficaria no hotel comigo e poderíamos assistir um bom filme, a proposta era tentadora mas eu precisava urgentemente sair. 

Coloquei minha melhor roupa e sai do quarto encontrando meu melhor amigo me esperando ao lado do elevador, o mesmo soltou uma piadinha típica de homem safado quando me viu naquele curto vestido preto.

— Eu acho que tenho que levar uma vassoura pra espantar o tanto de homem que vai chover na sua horta hoje.

— Ai Nick, você é tão idiota — falo rindo.

Entramos no elevador e começamos a falar sobre como a semana passada foi cansativa, queríamos uma folga mas era apenas capricho, tínhamos que se acostumar com a rotina querendo ou não.

Encontramos alguns membros da nossa equipe esperando na van e entramos rapidamente na mesma, Nick me implorou pra que eu sentasse no fundo do carro com ele, fiz essa boa ação.

— Não é porque você é anti-social que eu tenho que ser também, mané.

— Desse jeito você me magoa.

— Normal, mais um coração destruído pra minha lista.

Olho pra ele sorrindo mas meu sorriso some quando vejo sua expressão, franzi o cenho e cruzei os braços tentando entender porque ele me olhava daquela maneira.

— Está bom desse jeito pra você? — faço um biquinho.

— Oque? — Nick gargalha.

— Oh, pensei que estivesse me desenhando.

— Impossível te desenhar, eu teria que passar toda a minha vida pra fazer algo tão bom.

— Literalmente toda a sua vida já que você não desenha nem uma borboleta ou um bonequinho de pauzinhos — resmungo.

— E você deve desenhar muito bem né?

— Também não — rimos.

Alguns minutos em silêncio que por algum motivo me incomodava, olhei ao redor procurando algo que rendesse um assunto.

— Oque está procurando?

— Eu?

— Você.

— Eu?

— Não, Demi. O Max, lá na frente.

— Como tem coragem de tratar uma dama dessa forma?

— Me poupe desse seu drama, não consegue me enganar.

— Okay, licença.

Levantei e tentei passar por ele mas foi impossível já que a van deu um solavanco me fazendo cair sentada bem em seu colo.

Tudo bem aí atrás? — alguém pergunta.

— Sim!

— Confortável pra você? — ouço a voz de Nicholas próximo ao meu ouvido me fazendo arrepiar.

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