PARTE III (FINAL)

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Minseok retirou o tecido do suéter ao redor do pescoço, observando as marcas de cor avermelhada que tinham sido deixadas pelo estrangulamento. Ele correu os dedos suavemente pelas contusões, sentindo seus olhos se encherem de lágrimas. Mas ele as segurou, e fechou lentamente os olhos sem vida que olhavam atentamente para o nada.

"Você é real..." Minseok não pôde evitar o sussurro enquanto afagava as mechas loiras da testa pintada por sangue. "Sinto muito... Eu juro que vamos pegá-lo. Eu juro, então... por favor descanse, Sehun." O moreno ficou de pé, afastando as notas mentais que havia observado sobre o corpo do jovem.

Primeiro e acima de tudo: o corpo de Sehun era real. Não era um boneco de ótima qualidade, mas o próprio Sehun. E ele estava morto. Frio, sem vida, sem alma. Ele provavelmente já estava morto antes mesmo de atingir o chão – as marcas de estrangulamento em seu pescoço eram cruéis. Minseok não era médico, mas sua traquéia definitivamente parecia esmagada. Era horrível, impiedoso; ele não conseguia sequer imaginar como seria estar sendo sufocado ao ponto de sentir sua garganta esmagar, incapaz de gritar por socorro, só – morrer.

Minseok estremeceu ao pensar. Se Sehun tivesse sido morto antes de ser atirado do telhado, então isso significava que, o assassino não estava matando apenas porque podia. Ele estava realmente tentando foder com todo mundo. Esse fato o fez se sentir enojado. Era como se fosse apenas um jogo, para ver quantos amigos de Minseok ele podia matar sem ser pego. Isso o irritou.

Ele entrou na casa escura novamente, determinado a procurar e encontrar seus amigos. Mesmo com a sua vontade de chamá-los, ele sabia que isso só atrairia o invasor até a sua localização. Ele teria que navegar em seu caminho o mais silenciosamente possível, e rezar para que não fosse encontrado.

Seu primeiro destino era onde tinha estado por último com todos, mas a sala de entretenimento estava como havia sido deixada. Bagunçada, mas agora com uma janela quebrada, trazendo um vento frio que assoviava para dentro do lugar. Havia algumas gotas de sangue perto dos fragmentos de vidro no chão, mas fora isso, a sala estava vazia. Só para ter certeza, Minseok sussurrou baixinho:

"Olá?"

Não houve resposta. Ele seguiu em frente, procurando de quarto em quarto; ele não achou ninguém e isso estava começando a preocupar o moreno. Seus passos se tornaram mais frenéticos, seus sussurros mais duros, e a ansiedade em seu peito só ficava cada vez maior.

Ele estava praticamente correndo pelo local quando virou o corredor, esbarrando em alguém com uma força que o fez tropeçar. Ele teria caído no chão se não fosse por uma mão que agarrou sua cintura, e em pânico, Minseok começou a se debater e empurrar a pessoa.

"Me solte!" Ele gritou, lançando socos fortes na direção de seu capturador.

"Shh! Minseok – ow! Merda!" Uma voz familiar gritou, quando o punho de Minseok fez contato com seu rosto. Reconhecendo o tom, Minseok parou imediatamente, seu coração dando um pulo ao ver que finalmente havia encontrado alguém que ele conhecia.

"Luhan?"

"Jesus Cristo, dois socos em um dia." Disse o mais jovem, enquanto massageava sua mandíbula. Minseok se aproximou, lutando para conseguir distinguir as características do mais alto, mas ainda podia ver o suficiente para saber que, definitivamente, era ele.

"Desculpa, eu pensei – eu pensei que você era –"

"Está tudo bem, quero dizer... de uma maneira, eu acho que você pode dizer que eu mereço isso. É por minha causa que vocês estão aqui, no meio disso tudo." Ele diz com uma risada abafada e sem graça.

Ashes, Ashes, We All Fall DownOnde as histórias ganham vida. Descobre agora