Só o pensamento de fazer sexo lá em cima me deixou quente por isso subi devagarinho sem fazer qualquer barulho. Ele estava lá concentrado no que fazia, já tinhamos nos distanciando do cais.

Observei seu ombros largos e braços fortes, que independente da roupa ainda marcava quase a estourando.

- Quero te comer aqui em cima!

Engasgo surpresa. O quê?

Ele continua - Quero muito, mas antes nós vamos jantar, aí sim... - Ele deixa a frase no ar.

Confesso que meu baixo ventre se contorceu com suas palavras e se eu não sentar a agora mesmo, minha umidade começará a escorrer entre as pernas.
Ele desliga o barco e vem até mim, babo a sua imagem de homem mau e bruto, a verdade é que eu estou sedenta por ele desde a última vez que ficamos. Ele franze a testa por um instante e percebo que estou olhando fixamente para o seus lábios e mordendo os meus faminta.

- Vamos jantar. - Avisa e sua expressão se torna divertida quando murmuro em frustração. Pega minha mão e me puxa de encontro ao seu peito duro e me beija calmamente, infiltrando a mão pelo meu cabelo ele morde meu lábio e inspira forte. - Gosto do seu cabelo assim, ele te deixa ainda mais sensual. - Revela. Uau... Eu ainda não estou costumada com seus elogios repentinos.

- Vamos sim, Diretor Monteiro. - Provoco-o e desço, ele atrás de mim.

O clima está bom, enquanto ele nos serve de batata e carne eu observo como ele é habilidoso, por mais que não seja tão difícil colocar comida em um prato. Penso divertida.

- O cheiro está maravilhoso. - Digo salivando, e está mesmo.

- Espero que o gosto também, tive muito trabalho para preparar tudo aqui em um curto espaço de tempo. - Fala me surpreendendo.

- Você cozinha?

- Obviamente que sim. - Responde com uma pontada de sarcasmo na voz. - Eu tive que me virar, quando minha filha nasceu eu não sabia muita coisa, então tive que aprender.

Entendi!

- Uma delícia mesmo, - Gesticulo lambendo os lábios assim que provo a carne, tudo fica silêncioso a não ser pelo barulho da água e a respiração de Vinícius que ficou pesada, ele está respirando pausadamente, não quero olha-lo agora então continuo a comer fingindo não ter notado. Delícia.

- Eu me pergunto se você faz essas - Para e parece pensar na palavra certa a dizer - ,coisas de propósito. Mas aí eu paro pra observar você e vejo que é natural, você tem o dom de seduzir com um simples gesto de se comportar de tal maneira. - Fala e me surpreende ainda mais.

- Eu se eu disser para você que faço de propósito? - Indago lambendo os lábios e ele cerra o olhar, porém não interrompe a refeição. - Eu sou uma mulher ousada Vinícius, não se engane.

O mesmo sorri.

- Qual a graça?

- Nenhuma. - Bufa deixando os talheres no prato e entrelaçando os dedos, apoiando o cotovelo na mesa. - Você é linda e independente Mariana, mas não insulte minha inteligência. Você não faz de propósito, pelo pouco que percebi você evita se relacionar, você relutou e achou absurdo a minha proposta de fazermos sexo. Não sei se está compreendendo meu raciocínio mas chamar atenção já é natural seu e foi isso que você fez quando entrei naquela diretoria e vi você

Engulo seco e tomo um pouco de vinho.

- Hum - Não tenho o que falar quando ele fala coisas assim, para ele pode parecer normal, mas pra mim...

- Mas eu não quero falar disso, o fato de me deixar excitado além do extremo já é bastante claro para você. - Ele diz e parece se esquecer da comida se concentrando em mim.

- Você fala como se fosse doente. Talvez precise se tratar.

- Eu não sou doente, você me deixa assim.

- Meu corpo te deixa assim! - Murmuro ríspida, ele fala como se nos conhecêssemos e fossemos apaixonados. Que merda!

- Sim. O seu corpo me deixa assim, por isso esse jantar. Eu quero saber mais de você, o que gosta, qual sua comida preferida e outras coisas.

O que?

- O quê? Para que? - Questiono exaltada - Antes de começar com isso era para ter deixado claro Vinícius, Não. Se. Apaixone. Por. Mim. - Digo-lhe pausadamente e ele muda a expressão me causando calafrios

- Eu não estou apaixonado por você! - Deixa claro, seu tom de voz duro e frio, nada feliz com o que falei. Ele fecha os olhos e respira fundo os reabrindo em seguida conclui. - Vamos comer Mariana.

A frustração. Ele parece está frustrado!

O resto do jantar foi feito em silêncio e o que era para ser bom para os dois ficou incômodo, desconfortável.
Termino de tomar o vinho sozinha já que ele saiu dizendo que ia fazer não sei o quê, me estapeio mentalmente me dando conta do quão rude eu fui.

Ele só estava querendo se mostrar simpático e preocupado, me deixar confortável e não com a intenção de que só quer me comer, por mais que eu saiba que é só isso. Ele foi gentil, mas que merda eu fui fazer? Ele ainda se preocupou em perguntar se eu estava bem para jantar quando chegou na minha casa e me viu daquele jeito depois de ter falado com a minha mãe.

Levanto e me livro dos saltos, saio a procura dele e o encontro no pequeno quarto, deitado sem camisa e com os braços embaixo da cabeça, fecho a porta e vou até a cama me sentando na beirada, tudo ao seu olhar atento.

- Olha me desculpa tá. Eu não estou acostumada com isso, acredite ou não os homens sempre me foram um problema, eu nunca tive que falar na...

- Eu não quero saber do seu problema com os homens! - Grunhe me interrompendo. - Não me compare Mariana, não sou o homem que a fez ser arisca e desconfiada.

- É mais complicado do que pensa, o medo fala mais alto Vinícius e é difícil confiar. - Digo lembrando do meu pai, querendo ou não isso ficou na minha mente, criou a minha personalidade e me deixou arisca.

Rone foi uma exceção, uma maldita excessão e ainda assim ele nunca soube nada da minha vida. Era um namoro sem conteúdo.

Nem era um namoro...










 MARIANA ©  - OGG 1 [COMPLETO]Where stories live. Discover now