Manuella on
Muitas pessoas insistem em me julgar, sem nem ao menos conhecerem a minha história.
Eu me chamo Manuella, e tenho quinze anos.
Moro em um dos bairros mais pobres da cidade, com a minha mãe, Eloisa.
Meu pai nunca foi presente em nossa vida, nunca ligou pra gente e quando eu tinha dez anos ele sumiu do mapa.
Eu não espero que ele volte, não quero que ele volte e diga que está com saudade da gente. Confesso que sinto nojo ao lembrar que o mesmo é o meu pai.
Me levanto da cama, sentindo uma leve dor na coluna, e caminho até o quarto da minha mãe.
Vejo que ela dorme tranquila, e sorrio.
Saio do quarto dela e caminho até a minúscula cozinha.
Pego os papéis que estão em cima da mesa e suspiro, ao ver que não passa de contas e mais contas.
As coisas estão apertando. Estou sem emprego, precisei parar de estudar para cuidar da minha mãe, que está doente, os seus remédios são caríssimos e o armário está vazio. A conta de água e de luz já está vencendo e logo terei que comprar os remédios novamente, pois os que ela usa já estão acabando.
Respiro fundo e coloco um sorriso no rosto ao ouvir os passos da minha mãe atrás de mim, mesmo que minha vontade seja de chorar.
- Mãe, os comprimidos dão pra senhora tomar até que dia?
- Até depois de amanhã, mas não se preocupe com isso minha menina.
- Como não me preocupar, mamãe? A senhora precisa tomar esses remédios e logo terá que fazer outra consulta.
Ela não diz nada, pois sabe que eu estou certa.
Caminho até a pia e abro a torneira. Tomo um pouco d'água e fecho a mesma logo em seguida.
- Eu vou sair pra procurar algum serviço. A Mariane me falou que tem uma casa à uns oito quarteirões daqui que estão precisando de uma empregada. Talvez eu consiga a vaga.
Mariane é a única amiga que eu possuo. A única pessoa que não se importa com a minha classe social.
Dou um beijo na cabeça da minha mãe e saio de casa.
Caminho na calçada de cabeça baixa, tentando organizar meus pensamentos e encontrar uma saída para tantos problemas.
Eu realmente não entendo como algumas pessoas podem ter tantas coisas, e outras, não terem quase nada, como eu e minha mãe.
Continuo com a minha cabeça curvada e, sem que eu perceba, bato meu corpo em uma parede.
Caio no chão e a dor em minha coluna se intensifica.
Levanto minha cabeça e vejo um rapaz, que está vermelho e parece estar muito irritado.
- Preste atenção garota. Olhe, você sujou toda a minha roupa! - diz gesticulando com as mãos.
Vejo que sua camisa está manchada, com o que parece ser sorvete, o que faz com que minha boca encha d'água.
- Eu... Eu não vi você. Me desculpa.
Me levanto e quando vou passar por ele, o mesmo segura meu braço fortemente.
- Eu poderia fazer você limpar minha camisa - diz e aperta ainda mais o meu braço.
- Eu já lhe pedi desculpa. Eu não te vi.
- Pessoas como você deve ficar no chão - diz e me empurra.
Dou alguns passos pra trás e o mesmo volta a caminhar, como se nada tivesse acontecido.
Tento controlar minha respiração e quando consigo, eu volto a caminhar.
Caminho rapidamente e só diminuo meus passo quando eu estou perto da casa que a Mariane me indicou.
A casa é cercado por muros altos, e pelo portão, vejo um belo jardim, cheio de rosas brancas e vermelhas plantadas.
Toco a campainha e logo uma senhora caminha em direção ao portão e abre o mesmo com um sorriso no rosto.
- Posso te ajudar minha querida?
- Eu... Eu vim ver se ainda estão precisando de uma empregada, aqui – falo um pouco sem jeito.
- Estão sim, menina. A dona Eduarda está louca atrás de uma pessoa, pois ela pegou a mulher que trabalhava aqui se pegando com filho dela – ela me diz como se ela estivesse me contando um segredo, e depois da uma gargalhada – Acho que ela vai gostar de você. Entre.
- Eu estou precisando de um emprego – falo e entro atrás da mesma.
- Qual o seu nome menina? Eu me chamo Isadora.
- Manuella.
- Você vai conseguir Manu. Só não fica com o filho dela, porque se não é rua viu. Ele não é flor que se cheire. É um rapaz muito espertinho. Lindo demais.
Manuella on
A Isadora me leva até uma sala,aonde está a dona Eduarda,ela é muito linda aparenta ter uns 47 anos,
Manuela: Bato na porta e peço licença - Falo meio sem jeito
- olá,tudo bem? Como se chama?
- Me chamo Manuella.
E a gente conversa sobre meu salário,carga horária entre outras coisas.(E eu já começo amanhã as 07:30 da manhã)
Manuella on
Saio da sala aonde nós estavamos,desço aquela enorme escada e saiu da casa.Pego um "Ônibus"e sigo para minha casa.
Chego em casa e vejo a minha mãe chorando
-O que foi mãe? - Digo meio nervosa
-filha,cada dia chega mais contas,não tem comida não tem nada.- Fala em meio ao choro.
ESTÀS LLEGINT
Além De Um Olhar
Literatura romànticaManuella e Bruno, são pessoas totalmente diferentes. Ela, uma menina pobre, que parou de estudar para trabalhar e cuidar da mãe. Ele, um menino rico, que tem tudo o quer na hora que quer. São dois mundos totalmente diferentes. Duas pessoas com pensa...