desastre

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agarrou o próprio braço, na esperança de isso o protegesse da corrente de vento que vinha em sua direção, arrepiando-lhe da cabeça aos pés.

com essa tão baixa temperatura, agora se perguntava o porquê de ter aceitado aquilo.

no dia anterior fora à casa de jaemin, seu namorado, e esquecera seu casaco lá. mesmo inúmeras vezes negando, dizendo que poderia pegar de volta na escola, o mais novo insistiu, alegando que queria o ver e jogando-lhe chantagens emocionais que fizeram o chinês aceitar, aos suspiros.

ele e o na namoram há meses, apenas os amigos sabem, e renjun não poderia estar mais feliz. se considera muito sortudo de ter alguém tão carinhoso ao seu lado e que, apesar de fazê-lo encarar o frio da varanda para entregar um simples casaco, que atravessasse a cidade toda só para vê-lo.

— você demorou. – cruzou os braços, fingindo estar inconformado.

jaemin riu e caminhou até si, dando-lhe um abraço.

de repente o vento frio não era um problema. nada que os abraços acolhedores e quentinhos do namorado não resolvessem.

— trouxe seu vestido, donzela. – entregou o casaco em suas mãos. o chinês revirou os olhos com o apelido.

— nunca perde o ar da graça, na jaemin. – soltou, fazendo o menor dar um risinho e se aproximar.

— nem a vontade de te beijar.

no segundo seguinte, lá estavam os dois em uma sequência de afetos que faziam o coração de renjun saltar do peito. então essa era a tal sensação de borboletas no estômago da qual tanto falam? esta é a sensação de ser amado? mesmo depois de meses, não estava adaptado a se sentir tão especial.

— meu pai está na cozinha. – sussurrou ofegante, sem tirar os olhos de jaemin.

o mesmo que se conteve a rir.

— que bonitinho o bebê do papai. – retrucou com ironia, mordendo o inferior de renjun, fazendo-o soltar um suspiro.

avançou aos lábios do namorado novamente. aquilo não era uma preocupação para o na mesmo que significasse muito ao chinês, portanto respeitaria seu tempo. sabe que seu pai não é o mais aberto para aquele tipo de assunto, logo quando não tem intimidade alguma com o filho, torna tudo mais complicado.

quando as coisas voltaram a esquentar, renjun via sua mente dividida.

jaemin fazia aquilo de propósito para vê-lo se render a si, mas, por mais que a proposta seja tentadora, a qualquer momento seu pai poderia surgir das sombras e se deparar com a cena nunca imaginada. preferia não idealizar o que aconteceria depois.

jaemin, com as mãos em sua cintura, conduziu-o para a parede ao lado da porta, não parando de beijá-lo. sua mão corria por toda a cintura, e teria adentrado a camiseta se renjun não tivesse espalmado as mãos em seu peito, levemente o afastando.

— acho melhor você ir. – sussurrou novamente, esticando a cabeça para ver se o pai não estava perto dali.

— está me despachando, junnie? não me ama mais? – fez um bico, com um sorriso no rosto.

— sabe que não é isso. – não escondeu o sorriso vendo a expressão adoravelmente fofa que o mais novo fazia. — a qualquer momento ele pode aparecer aqui e-

jacketWhere stories live. Discover now