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Me perdoe
pela mensagem
às dez pra meia noite
lhe gritando sentimento
que você não queria escutar,
por ter roubado tua paz
uma vez mais
pra lhe contar
da minha fajuta paixão,
do meu sentir vagabundo.
Me perdoe, amor,
por ser essa pessoa egoísta
que sempre volta
pra lhe reabrir
as mesmas feridas
que meu pesado apego
lhe causou,
por ser esse papel cortante
que lhe machucou
as tantas vezes
em que tentou
me escrever poesia,
por ser
tão gasta,
suja e rabiscada
a ponto de não lhe deixar
me encostar sem se manchar
e por apesar de tudo
continuar lhe escrevendo
dia após dia
mais frases perdidas
tentando verbalizar
esse tão amargo amor,
veneno corrosivo
que lhe fiz provar
pensando ser remédio.
Eu devia saber
que quando se é uma erva daninha,
o melhor jeito
de amar as flores
é se manter longe,
poís as vezes você sufoca
sem querer machucar,
e nunca foi minha intenção
tantos danos
lhe causar.

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