Me beijou de vagar, como se estivesse me dando a permissão para mostrar como eu queria ser beijada por ele. Era isso. O Chris devia conhecer muitas formas de beijos, queria que eu escolhesse. Um beijo intenso de tirar o fôlego, foi a minha escolha.

O seu olhar desnorteado, e desfocado pelo desejo, foi o lançado para mim antes que ele beijasse a Júlia. Depois nos fez beijar-nos para que ele visse.

Beijar a Júlia foi estranhamente excitante. Talvez por que o Chris nos olhasse. Nos voltamos para ele, beijei os seus lábios e a Júlia o seu pescoço. A mão do Chris começou a se aventurar além da minha cintura quando dei por mim ela subia por trás das minhas coxas para dentro da minha mini saia.

_ Os meus pais não estão em casa _ ouvi a Júlia dizer ofegante.

O Chris parou o beijo e a mão, olhou o meu rosto e esboçou um sorriso.

Falou com alguém com quem trocou um toque de mãos no caminho para fora. Caminhamos até a casa da Júlia, que era quase do lado da escola. Ela estava meio alta e falava sem parar com muitos risos no meio das falas. O Chris a respondia e entrava no jogo dela, mas o seu olhar sempre vinha para mim, e eu calada e nervosa.

Não era pra menos. Sonhei tanto com o Chris que esqueci de viver. Com dezessete anos recém feito, eu era virgem. A Júlia não era. Sei lá porque, todas as garotas viam algo de errado nisto e davam um jeito de livrar da própria virgindade. Eu nunca me preocupei com isso, até agora.

Será que ele perceberia? Será que os artigos que li sobre sexo supriria a minha inexperiência? Queria tanto não estragar tudo. Sabia que não teria outra chance. Essa seria a primeira e última vez com o Chris e não tinha mais volta.

_ Está tudo bem _ baixou a cabeça para me olhar a altura dos olhos.

Droga! Aqueles olhos verdes me tiravam do chão _ Sim _ desviei o olhar para os seus lábios e ele me beijou.

Estávamos na sala da Júlia e Chris a beijou _ Me leva para o quarto _ pediu.

Isso fez a Júlia rir, então ela o puxou pela mão pelo corredor e ele agarrou a minha mão como se tivesse medo que eu fugisse. Não mesmo. Eu não fugiria deste momento nunca. Foi me levando junto.

Uma atenção especial foi dada a Júlia. Eu e o Chris criamos uma cumplicidade instintiva para dar o máximo de prazer que conseguíamos à Júlia.

A forma como ele a tocava era tão quente que me excitava sobremaneira demasiado. Era como se as mãos do meu crush percorresse o meu corpo e entrasse na minha intimidade, distribuindo beijos e leves mordidas demoradas pelo meu corpo, como fazia com a minha melhor amiga.

Só quando terminou com a Júlia adormecida e sorridente agarrada a um travesseiro, me lançou aquele olhar verde mel e sorriu no seu rosto angelical que me fazia esquecer o quanto a sua aparência era enganosa. Me beijou ao perder o sorriso. Tinha uma expressão no rosto, que era nova para mim, demonstrava excitação.

Um arrepio percorreu a minha espinha com uma onda de tesão que invadiu o meu corpo. O seu toque na pele nua da lateral do meu corpo, indo para as minhas costas. Sua mão entrando entre a minha pele e o fecho do sutiã que ele me impediu de tirar antes.

Senti a liberdade do aperto sobre os meus seios e o roçar do tecido endureceu os meus mamilos de um modo vergonhoso. O olhar do Chris parecia hipnotizado ao vê-los. Mas logo me beijou e puxou minha calcinha para baixo me livrando desta peça.

Ele estava nú. Parecia não ter problema nenhum com a própria nudez, e era evidente o porquê. Ele era lindo e perfeito em cada traço. Deus caprichou quando fez você, tive vontade de dizer, mas não. Estava muito envergonhada com a minha nudez, e ter a minha amiga gostosa como item de comparação não ajudava a minha autoestima.

Me encolhi quando o seu olhar percorreu o meu corpo. Ele percebeu.

_ Quer parar? _ perguntou voltando a olhar os meus olhos.

_ Não! _ a resposta saiu meio desesperada, o que o fez rir de surpresa enquanto eu corava.

_ Tudo bem _ sorriu.

Me beijou suavemente indo para o intenso me induzindo a deitar com ele. Beijou o meu corpo inteiro como havia feito com a Júlia, mas a sua boca na minha intimidade foi algo exclusivo. O meu corpo se aqueceu mais e mais de acordo com as suas lambidas e me vi gemendo e abrindo as pernas sem pudor para que ele me desse mais daquilo que me causava espasmos de prazer.

Estava ofegante, com a respiração trêmula, quando ele me cobriu com o seu corpo, e beijou a minha boca com o gosto do meu sexo nos seus lábios. Gemi de tesão. Senti o seu penetrar, queimando com um incômodo. Ele parou o beijo! Será que notou a minha respiração mudar por causa da dor? Ou será que notou que eu sou virgem?

Droga! Ficando nervosa, devo ter feito algo que o impediu de continuar. Pensei que tudo estava perdido mas o Chris se afastou um pouco no abraço e abocanhou o meu seio na região do mamilo. Brincou com o meu mamilo, chupando enquanto passava língua nele me levando a agarrar a sua nuca com desejo e gemer com minha boca aberta por causa da respiração ofegante.

Continuou a se movimentar dento de mim sem soltar o meu seio. Logo sua mão mais acessível tocava o meu seio livre desenhando círculos na ponta do bico do meu mamilo entumescido. Um orgasmo fácil me veio assim que terminou de me penetrar.

Continuou os movimentos, mas retirou a mão do meu seio, e me beijou a boca. Girou os nossos corpos na cama, me fazendo ficar por cima e controlava os meus movimentos com as mãos nos meus quadris.

Libertou os meus lábios para me ver sentada sobre ele. Gostava do que via, pois tinha uma expressão de admiração excitada sobre mim. Não demorou, até ele ficar por cima, de novo, e tomar o controle. Fizemos um sexo quente e intenso que nos deixou exaustos e satisfeitos.

O Chris tinha cara de sono, quando se deitou de lado e me puxou sobre o seu peito. Acariciou as minhas costas e nuca enquanto cheirava os meus cabelos. O seu corpo se acalmou junto com o meu. Me falou aquela frase que me deu esperanças e adormeceu.

Nem acredito que você veio, Yasmim.

O que isso queria dizer? Talvez nada.

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