Cap. 32

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Nós entramos para esperar e depois de 15 minutos, ouvi eles chegar. Antes mesmo que eles pudessem entrar, consegui ouvir o choro baixo dos gêmeos.

- Parem de chorar crianças, não foi nada. - Escuto Luna falar irritada.

- pelo amor de Deus, mãe. - Dylan também estava irritado. - Quero ver quando a Megan descobrir.

Luna da risada.

- Ela não vai... - Ela para de falar quando me vê.

Dylan arregalou os olhos e os gêmeos me gritou. Peguei eles.

- O que aconteceu?

- Não acon...- Luna ia responder.

- Não perguntei para você. - as crianças se assustaram pelo meu tom de voz.

- vamos pra casa, a gente conversa lá.

Nós saímos, ele foi sozinho no carro dele e eu fui no meu com as crianças.

- O que aconteceu lá? - perguntei.

- A Luna saiu com a gente e levou a gente pro hospital, aí ela falou que ia mostrar uma coisa e levou a gente para uma sala e tinha um homem lá, aí o homem queria abraçar a gente e pegar, eu e a Allie ficamos com medo e eu consegui pegar o celular e ligar para o papai aí a Luna viu e tirou a gente de lá, mas ela brigou muito com a gente, depois brigou com o papai e disse que se a gente contasse para você a gente nao ia para casa dela.

- Mas a gente ia te contar, mamãe, a gente não gosta dela.

É hoje que eu mato o Dylan.

- faz um favor para mim? - perguntei Ele concordou. - pega meu celular na bolsa. - ele pegou e desbloqueou. - vai nos contatos e procura Nash. - ele fez e já ligou e colocou no viva-voz.

- Fala Megan.

- Posso deixar meus filhos com você por uma ou duas horas?

- Claro, está tudo bem?

- Não, mas eu te explico depois, tô indo levar eles aí.

- Ta bom.

Desliguei.

- Vamos ir no tio? - Mike pergunta.

- Vocês vão ficar um pouco lá, agora me fala uma coisa, como era esse homem?

- o cabelo era igual o nosso, o olho dele é estranho e meio vermelho, ele é muito feio mamãe, bem magro e o rosto dele tem muitos machucados. - Peter diz.

- Ahh, o corpo dele é pintado.

Tatuagem.

Eu estava me controlando para não entrar em desespero. Não pode ser, não pode.

Quando cheguei ao prédio, já fui direto para o alevador. O porteiro não era o mesmo de quando eu morava lá, mas esse já me conhecia.

Nash me esperava na porta. As crianças entraram e foram até a Abgail.

- Da pra me explicar? - Nash pergunta. Fechei a porta e ficamos para fora.

- Luna sumiu com eles hoje, quando apareceram eu perguntei o que aconteceu e eles me disseram que um um homem tentou segurar eles e o homem era ruivo como eles, com tatuagens e rosto machucado.

Ele arregalou os olhos.

- Você acha que...? Não, não, não pode ser, ele está morto, Megan.

- Quem você acha que é então? - perguntei.

- Eu não sei.

Meu celular vibra.

"Onde você está?". Era o Dylan.

- Eu tenho que ir, daqui a pouco venho buscar eles. - Dei um beijo na bochecha dele.

- Toma cuidado.

Dylan que vai ter que tomar cuidado.

Voltei para o carro e dirigi rápido para minha casa. Dylan me esperava sentado no sofá.

Não consegui manter a calma. Bati a porta fazendo ele se assustar.

- Eu falei que não queria eles perto dela, e você disse que ficaria com eles, mas então aquela vadia da sua mãe pega eles e leva para um desconhecido assustador. - gritei com ele.

- Como eu ia saber que ele ia fazer isso? E esse homem pode ser qualquer um que quis ver eles e eles se assustaram. - ele tenta manter a calma também.

- ah, pelo amor de Deus Dylan, você não pode ser tão burro assim, não é possível.

- Você fala como se minha mãe tivesse sequestrado eles, eles estão bem não estão?

- Não, eles não estão bem, estão assustados e com medo. Dylan, pensa, o homem que eles viram, era ruivo, com tatuagens e o rosto machucado. - ele pareceu confuso.

- Idai? - Ele pergunta mas depois entende. - A Megan, você só pode estar brincando né?! Você está ficando louca, só pode. O Roberto está morto e ele não é o único ruivo que existe no mundo né.

- Quem que viu ele morto? Me diz.

- Minha mãe. - ele diz como se a mãe dele fosse Deus.

- Grande merda, ela podia estar mentindo.

- Megan chega, isso aí já é demais.

- Escuto aqui Dylan, eu não quero sua mãe perto dos meus filhos e nem você.

- O que? Eles são meus filhos também.

- Apenas o Mike, ele eu não posso proibir, mas os gêmeos sim, então eu não quero você perto deles, até eu ter certeza de que Roberto está morto.

Sai antes que ele pudesse falar algo. Estava começando a escurecer.

Entrei no carro e dei a partida, comecei a ir até o prédio do Nash.

O bairro estava vazio como sempre, era um lugar calmo e nunca tinha muita gente, os ricos geralmente estavam viajando, o que é bom já que eu podia ir rápido com o carro.

Estava com sangue nos olhos, morrendo de raiva do Dylan e da Luna.

De repente, escuto um tiro, mas não deu tempo nem de me assustar, senti o peneu estoura e perdi o controle do carro, fazendo ele capotar e ficar de cabeça para baixo. Pude sentir o sangue escorrer no meu rosto e meu ombro doer.

Minha vista escurecia e voltava.

Escutei passou e os cacos de vidro sendo esmagados. Olhei para o lado me forçando a ficar acordada.

Dois pés aparece, usava um all star preto, sujo e rasgado. Ele começa a abaixar e então vejo seu rosto. Ele gargalha me olhando e então diz:

- Oi meu amor, feliz em me ver? - ele diz com o mesmo sorriso de quando ele estragou minha vida.

Não consegui dizer nada, mas deixei uma lágrima cair, antes que eu apagasse de vez.

Nunca fiquei tão triste por estar certa. Ele estava vivo e vai me machuca novamente, talvez seja até pior agora...

Meu Chefe [Em Revisão]Onde as histórias ganham vida. Descobre agora