Capítulo 1

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-Coral na mídia-

-Coral na mídia-

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POV Tomas

Atualmente...

Hoje é dia 13 de janeiro. Aniversário dela e de desaparecimento da minha vida. Ainda não sei o porquê de eu me preocupar tanto com esse assunto. Ela me deixou, eu já devia ter aceitado isso. Seguiu sua vida, assim como segui a minha.

Antes que caiam em mim com três pedras nas mãos, dizendo coisas do tipo "Por que você não foi atrás dela?" "E se você tivesse entendido tudo errado?" eu fiz isso sim. Corri Londres inteira atrás dela durante todo um dia para tirar satisfações, mas não a encontrei em casa, na padaria, no café que costumávamos ir, mandei mensagens exigindo explicações, as quais foram ignoradas com sucesso, mas nada adiantava. Ela estava fugindo de mim, isso era óbvio.

Mas, minha surpresa foi ao final daquele dia. Foi quando eu percebi que ela não tinha mais intenção de voltar.

Em uma de minhas bisbilhotadas quase frenéticas nas suas redes sociais, uma coisa me chamou atenção.

Seu instagram havia sido atualizado não haviam nem dez minutos quando olhei. Era uma foto dela embarcando dentro de um avião, cujo o destino é desconhecido por mim até hoje. A legenda dizia "vida nova" e alguns emojis. Então eu soube, que por menor fosse minha vontade de admitir ela havia partido.

Desde então eu nunca mais dormi tão bem. Os primeiros meses fiquei quase em estado vegetativo na minha cama, se algum biólogo me analizasse ele diria que eu estava fazendo fotossíntese dentro de casa, e eu não duvidaria disso.

A reação dos meus amigos foi melhor que a minha é claro, com excessão de Luana talvez. Por muito tempo ela não quis acreditar que sua melhor amiga de infância havia feito uma coisa tão horrível quanto aquela. Depois da terceira semana, Luna admitiu que talvez não conhecesse a amiga tão bem quanto achava.

Cadu ficou absurdamente pasmo e possesso quando soube da história, ele sempre deu apoio a nós dois e tinha certeza que duraríamos para a vida toda, mas estava visivelmente errado.

Fui tirado de meus devaneios com uma batida sincronizada na porta, que parecia o ritmo da música "Believer" do Imagine Dragons. Sem sombra de dúvidas, era Luana. E, ao que parecia, a "música" não iria parar até eu abrir a porta.

– Pode entrar, tá aberta – gritei do sofá, sem mover um músculo.

Luna entrou na sala com as sobrancelha arqueadas e uma tentativa de cara brava. Famosa quando estava prestes a nos dar um sermão.

– Então você ainda fica deixando a porta aberta? To-tom, To-tom... – revirei os olhos. Odiava esse apelido – Já pensou se fosse um estranho qualquer? E você mandando entrar? Só falta você ainda deixar a chave em baixo do tapete, eu já disse que...

– A chave continua lá em baixo, e irá continuar até eu decidir mover ela de lá, é até útil quando esqueço as minhas – interrompi, dando de ombros – E francamente, só um ladrão muito burro iria bater na porta antes de entrar, ainda por cima ao som de Imagine Dragons.

Se um dia você voltarWhere stories live. Discover now