Agarrando-se ao Destino I Livro 04 - Série Obscuros (Amostra)

03

CAPÍTULO 03

YVONNE

- Mãe eu já disse que não irei nesse almoço ridículo. – Urro irritada.

Ela me fuzila com o olhar e olha para Josh suplicando por ajuda, encaro meu irmão séria esperando que ele fale algo que eu já estava preparada para rebate-lo.

O ar pesado que enchia a sala e se quebra com o barulho da porta sendo aberta e dando um lugar a Jhofrey que logo percebe a tenção no ar e me olha preocupado. Dou um sorriso para ele indicando que tudo estava sobre controle ou ao menos eu achava isso.

- Yvonne vá se arrumar por que iremos a essa festa. – Josh ordena e bufo.

- Josh eu já disse que não irei, eu não sou um fantoche que você e nossa mãe usam e descartam quando querem.

Josh caminha em minha direção e agarra meu braço e me fuzila com seus olhos predatórios.

- Você não manda em mim, monstro. – Cuspo sem sua cara e instantaneamente Josh me empurra para longe.

Acabo me desequilibrando e caio no chão. Jhofrey vem até mim e me ajuda a levantar e beija minha testa e se coloca a minha frente e só então percebo que Josh estava vindo furioso em minha direção.

- Josh chega. – Jhofrey urra. – Yves não tá bem, ela não irá nessa comitiva da Shelees.

- Ela tem que ir Josh, iremos anunciar o casamento dela com Hugo Motta. – Minha mãe diz dramática.

- Yvonne. – Josh rosna e meus olhos se prendem no seus. – Tem certeza que não irá? – Eu era a única que podia entender essa frase.

Ameaça.

Se eu não fosse eu sofreria as consequências, mas eu não me importava mais.

- Não! – Digo e saio pela porta.

Vou para meu apartamento que com muito sufoco consegui. Quando eu disse que queria morar sozinha minha mãe fez um inferno em minha vida, dizendo que deveríamos todos honrar meu pai e viver debaixo do teto dele. De início eu realmente concordava e vivia naquela casa até descobrir a mentira bem debaixo do meu nariz.

O apartamento onde eu morava ainda era perto da mansão de minha mãe, mas só de não estar sobre a mira dela todo dia me deixa mais aliviada.

- Dingo. – Chamo assim que entro em casa e chamo meu cachorro. Um akita todo peludo que enche meus dias de alegria.

Ele vem na minha direção e pula em meu colo lambendo todo meu rosto.

- A mamãe também sentiu sua falta. Não destruiu nada em casa hoje? – Avalio meu apartamento e vejo tudo em ordem.

Ouço barulhos do lado de fora do meu apartamento e sei que são os seguranças que Josh manda para ficar de olho em mim.

Reviro os olhos.

Coloco Dingo no chão e sigo para quarto, tomo um banho e depois começo a preparar minha janta. Dentro da minha casa sozinha eu posso respirar, sinto que posso ser eu mesma e isso me deixa calma e serena.

Pego meu telefone e ligo para o Pró-Vida, revirando os olhos para o nome ridículo.

- Lar Pró-Vida Loren boa tarde. – A atendente anuncia.

- Olá, boa tarde. Eu gostaria de falar com o Doutor Roger. –

- Ele não se encontra senhora. – Loren diz e me sinto mal por ficar mais um tempo sem noticias dele.