Pequeno Amor [Em Pausa]

Capítulo 1 ⭐

"A verdadeira felicidade vem da alegria de atos bem feitos, do sabor de criar coisas renovadas."

- Antoine de Saint-Exupéry

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Rafael narrando :

Era sempre muito frio quando levantava cedo para ir para o colégio o clima na cidade era quase sempre muito baixo, eu não me importava. Era apaixonado pelo frio.

Havia colocado o despertador na noite anterior para que despertasse às cinco e quarenta no dia seguinte, para ter disposição para levantar as seis. Sempre fui muito preguiçoso em relação a isso e desastrado também principalmente de manhã. Criei coragem e levantei para ir me arrumar, fui em direção ao banheiro para tomar um banho e fazer minha higiene matinal.

"Rafael !!!" —Minha mãe (Esther) urrava pelo meu nome atrás da parede do meu quarto. Ela quem sempre me apressava.

"Fala mãe." —Disse já saindo com a toalha em torno do meu corpo, um tanto magro pela minha idade.

"Ande logo meu filho já estou atrasada. Seu pai saiu a pouco tempo." —Falou saindo de onde estava e seguindo para o andar de baixo.

"Vou me arrumar rapidinho e já desço."

Ao terminar de me arrumar dei uma última olhada no espelho, peguei minha mochila e desci .

Minha mãe havia me levado na escola. Cheguei na escadaria do colégio e escutei alguém me chamando era o meu único e melhor amigo Gregório. Conforme a nossa amizade ia formando laços, acabamos criando um pouco mais de intimidade e o apelidei de Greg.
Ele era lindo, um dos garotos mais cobiçados da escola, loiro, olhos verdes, corpo definido( não tanto pois ele não fazia academia), sorriso encantador. Parecia um ator de novela.

Greg já sabia sobre minha orientação sexual aliás foi um dos primeiros a saber. No entanto, continuou comigo, me defendendo e protegendo. Como todo bom amigo é.

Notei que Greg me olhava diferente, senti meu rosto corar pela sua atitude. Ele sempre tinha essa mania boba de fazer com que eu me sentisse envergonhado. Detestava .

"Por que está me olhando dessa maneira ?"— Perguntei.

"Nada, ué. Um garoto não pode mais ficar admirando seu melhor amigo ?" —Perguntou se aproximando de mim, e abraçando o meu pescoço.

"Você estava me olhando...de um jeito estranho."— Confessei rindo.

"É que você está mais gato hoje. Não que você não seja, porque você é todo dia. No entanto hoje estou impressionado." —Disse ele de forma direta, sem um pingo de vergonha.

"Greg quando você quer. Você consegue realmente me deixar envergonhado."

"Não sei por que isso, só estou dizendo a verdade. Para sua felicidade ou infelicidade eu não sou gay, porque se não você já estava na minha à muito tempo." —Disse ele, como se fosse a coisa mais natural do mundo. O olhei de esguelha, e acabei franzindo a testa.

"Você, está nervoso."— Falou rindo de mim.

"Okay, okay...vamos para a aula. Já deve ter começado."

°°°

Chegamos na sala de aula, o professor já estava presente, havia acabado de começar a explicar a matéria. Todos pararam para nos olhar, puxei Greg para o fundo da sala, antes que começasse a falar algo.

A segunda aula seria de Matemática, mas o professor não estava bem e acabou não comparecendo. Por esse motivo fomos liberados mais cedo. Isso não era muito comum, pois sempre que isso acontecia o diretor substituía. No entanto hoje ele estava ocupado demais, resolvendo problemas de alguns alunos baderneiros.
Convidei Greg para passar a tarde lá em casa e ele topou.
Fomos a pé, já que minha casa não era tão distante da escola. No máximo uns vinte minutos andando.

°°°

Quando chegamos na rua da minha casa, notei um movimento estranho. Os vizinhos curiosos, estavam todos em frente suas casas para observar o que estava acontecendo. Meu pai estava em frente o portão principal da minha casa, conversando com um homem. Antes de chegar em frente a minha casa com Greg, o homem se retirou e adentrou em seu caminhão.
Senti meus olhos começando a ficar úmidos, minha mãe logo chegou ao meu encontro.
Greg estava alí, perdido em seus pensamentos.

[...]

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