O Término.

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POV. Narrador ON

30 de julho de 2019

Quando Angelique já estava longe suficiente daquele acontecimento, ela ouviu um estouro e olhou para o céu e fogos de artifícios tomaram conta daquela noite escura de verão. Ela não queria acreditar que aquilo estava mesmo acontecendo. Completamente desorientada ela saiu daquele jardim entrando na casa barulhenta.

POV. Narrador OFF

02 de julho 2018

No dia seguinte da carta, eu estava com as minhas amigas em casa. Já era noite e estávamos tentando fazer pipoca sem queimar,já íamos para a terceira tentativa.

-Ai, desisto! Vamos logo ver o filme!-disse Bruna.

-Oi meninas! Tudo bem com vocês?-Minha mãe chegou em casa e estava carregadas de sacolas, depois de sair do serviço ela passou no mercado. - Acho que preciso de uma ajudinha aqui...-as meninas e eu fomos ajuda-la com as compras.

-Então Angel, já contou para elas?-perguntou minha mãe, depois que guardamos as compras.

-Contou o que?!-disseram ( lê-se gritando) as duas ao mesmo tempo.

-Ops, falei demais. Vou para o meu quarto, boa noite meninas!

-Boa noite tia.-disseram as duas e minha mãe subiu as escadas em direção ao seu quarto.

-Então....?-disse Bruna.

-Desembucha! –disse Carol e nós 3 rimos.

-Então meninas... Eu queria contar a vocês... Q-que...

-Fala logo!-disseram as duas.

-Queeuconseguiabolsa-disse bem rápido sem ao menos respirar.

-O que?-disse Carol.

-Você...-disse Bruna.

-Sim, eu consegui a bolsa para estudar durante 1 ano em Los Angeles,Califórnia .

-AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAHHHHHHHH-Começaram a gritar as duas, e sem pensar elas me abraçaram tão forte que estavam quase quebrando meus ossos e me sufocando.

-Me-ni-nas, vo-cês... –Quando elas viram que eu já estava começando a ficar sem ar, soltaram-me do abraço.

-Não acredito! Sério que você vai nos abandonar? –disse Bruna chorosa,ela, entre nós 3 era a que mais chorava e a Carol conseguia ser a mais fria, menos naquele momento, que por incrível que pareça, foi a primeira vez que a vi chorando, depois de tanto tempo.

-Vocês não podem me culpar por isso...Foram vocês que me insistiram em fazer aquela inscrição.-disse com as mãos em sinal de redenção.

-Eu sei... Mas eu estou feliz por você.-disse Bruna.

-Eu também estou feliz por você.-disse Carol com lágrimas prestes a cair novamente. –Mas é triste sabe... Você vai ficar longe por 1 ano.

-Eu sei, eu vou sentir muitas saudades de vocês, e além do mais, hoje em dia tem internet sabe...-disse rindo- E vamos nos falar praticamente todos os dias se eu puder, ou pelo menos, umas 3 ou 4 vezes por semana. Bom eu ainda não sei como vai ser a minha rotina lá, mas sempre que eu puder vou estar em contato com vocês.

Elas soltaram gritinhos de alegria e me abraçaram de novo, Bruna me soltou e me olhou com uma cara de preocupação, misturada com interrogação.

-Angel, e o William? Vocês já conversaram?

-Então...-dei um suspiro-Vou falar com ele amanhã, eu não tenho ideia de como ele vai reagir. Quando eu contei que me inscrevi no programa ele surtou e quase terminamos, vocês sabem que ele ainda não apoia muito essa ideia.

-Bom se ele achar ruim e quiser discutir com você, pode me chamar viu que vou dar uma lição nele, não estou fazendo aulas de boxe atoa - disse Carol, dando um soquinho no ar. E nós três caímos na gargalhada.

03 de julho 2018

Eu marquei de me encontrar com o William em uma lanchonete aqui perto de casa. Antes de sair Carol enviou-me uma mensagem, reforçando o que ela disse na noite anterior. Nesse dia eu sai mais cedo do serviço, já que eu fiz várias horas extras.

Era 18:00 horas, e o William saia do trabalho ás 16:30 e chega em casa por volta das 17:40.Estava começando a ficar ansiosa, antes de sair ensaiei várias vezes como eu ia dar a noticia a ele, até minhas amigas se ofereceram para ir junto, para dar um pouco de apoio, mas eu tinha que fazer isso sozinha.

E lá estava ele, William Pedro Moseley. Seu pai é inglês e sua mãe é brasileira. Ele é loiro, olhos azuis e seu sorriso, oh seu sorriso, acho que nunca soube o que era um sorriso tão lindo quanto o dele. Temos 2 anos de namoro, e parece que foi ontem que o conheci.

Seu cabelo molhado indicava que ele tinha acabado de tomar banho. Quando ele me viu, veio sorrindo em minha direção e me deu um beijo que parecia um século que a gente não se via. Vou sentir tanta saudade disso! Ele se sentou na minha frente.

-Angel, está tudo bem com você? Está parecendo um pouco tensa... Aconteceu alguma coisa?-Ele perguntou preocupado.

-Está tão obvio assim?-dei um riso tímido

-Tem dois anos que namoramos e já faz 6 anos que nos conhecemos! Sempre que está ansiosa, nervosa, ou qualquer outro sentimento que parece que seu coração vai sair pela boca, você está mexendo no cabelo ou fica batucando as suas unhas em alguma superfície, como agora por exemplo. - ele sempre me conheceu tão bem.

-Eu não quero mais enrolar esse assunto, aqui, vê por você mesmo!- Entreguei a carta para ele ler. Graças a ele, eu fiquei fluente no inglês.,ele cresceu em um ambiente que se fala duas línguas e me ensinou tudo que sabe.

E então seu lindo sorriso desapareceu, dando lugar a um rosto triste, frio e uma mandíbula travada, ele só fazia isso para duas coisas ou ele ia chorar ou ele ia explodir e eu já sabia que não era a primeira opção.

-Então? Fale alguma coisa!-disse me tremendo toda.

-Falar o que? O que você quer que eu fale?!Ebaaa parabéns!-ele disse isso com um tom sarcástico e amargurado- Você mesma sabe a minha opinião deste o começo, só não esperava que esse curso fosse começar tão rápido assim, sendo que você ainda está no primeiro ano.

-William...

-Sem William, Angelique! Eu falei que se você resolver ir mesmo, vai estar tudo acabado entre nós! A partir do momento que você pisar naquele aeroporto pode esquecer que eu existo. -ele disse isso e meu coração ficou apertado e lágrimas começaram a cair.

-Will não faz isso, eu amo muito você! É só um ano, e você mesmo sabe. A gente pode continuar juntos mesmo longe e... - ele me interrompeu

-Não Angelique! A gente não pode continuar!Namoros a distância nunca dão certo, é melhor a gente terminar agora que está tudo bem, do que terminar quando um trair o outro, e nessa segunda opção os dois podem sair com o coração quebrado. Eu também ti amei e também amo, mas você optou por isso. –Ele se levantou para ir embora, mas antes parou na minha frente e me deu um abraço longo e um beijo na testa. E saiu de lá secando as lágrimas que teimavam em cair.

Eu sentei na cadeira completamente desolada. Não tinha muita gente na lanchonete, mas a gerente que era amiga da minha mãe viu tudo e foi me consolar. Depois de desabafar tudo o que estava sentindo, voltei para casa. Minha mãe não estava, então fui direto para o meu quarto e o tranquei, e só iria sair de lá no dia seguinte.

How Many LovesNơi câu chuyện tồn tại. Hãy khám phá bây giờ