Prólogo

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Hampshire,  Inglaterra.

James William Fredrich St. John, não se lembra de  muita coisa  de sua infância.

Lembrava-se  que quando criança acostumava correr pelos os jardins de sua casa em Hampshire e também de brincar com os filhos dos empregados enquanto seus pais não estavam olhando. Lembrava-se também da babá Oliva e dos preceptores que seu pai exigia que ele visse. 

Mas, o pequeno James de certo, não poderia dizer  que vivia em uma familia feliz.  Filho único e herdeiro do majestoso condado da família,  James se lembra nitidamente que seus pais não se davam bem.

O pequno James nunca entendeu o porque os seus pais brigavam tanto dentro de casa. James notava que quando os seus pais estavam pertos de pessoas, eles se tratavam com amor e ternura. Mas assim que entravam em casa, começavam uma verdadeira guerra. James até chegou a perguntar para a babá  Olivia, o porque eles agiam assim.

-Ora, meu menino, certas perguntas não se vale à pena responder.  -dissera a babá. 

Mais James estava mais do que disposto à descobrir o porque seus pais brigavam tanto,  e o mais importante,  ele queria ajuda-los.

Mais infelizmente os anos se passaram e para o  grande desespero do jovem James, seus pais não param de brigar, e agora as suas brigas estavam cada fez piores.

Mais foi exatamente no seu 14° aniversário que a sua vida mudou completamente o marcando para o resto do seus dias.

Como sempre,  seu pai, o Conde de Wessex não dormiu em casa. E sucessivamente, sua mãe estava irada, andando para lá e para cá.
A essa altura, era para ela já esta acostumada com as noitadas de libertinagem do marido, pensou James. 

E quando seu pai finalmente chegou na alvorada da manhã,  totalmente bêbado e com o cheiro doce de essência barata,  sua mãe,  mais uma vez enlouqueceu.

-VOCÊ PROMETEU,  ALBERT!!! -gritava a condessa quando jogava objetos distintos em direção ao marido, que por sua hora não conseguia ser rápido o suficiente para se desviar da furia de sua esposa. - VOCÊ PROMETEU QUE IRIA PARAR!  PROMETEU QUE IRIA AMAR SOMENTE A MIM! 

-PARE COM ISSO, SUA DESMIOLADA! - gritou o conde reagindo aos insultos de sua mulher. - Você está completamente louca se achar que um homem se contentaria apenas com uma mulher em sua cama.

- Você não vele nada, Albert. - disse sua mãe com raiva e amargura na postura e na voz.  - Não merece o filho e a casa que tem.  Não merece o título  o nem o nome que carrega.  Não merece nem a maldita roupa que veste agora.  Eu tenho nojo do homem que você se tornou. 

-Você não pareceu reclamar ontem a noite.  - contra ataca seu pai. 

- CHEGA!!! -berrou a condessa.  -Não vou ser mais humilhada por você Albert.  Cansei de amar um homem que não ama nem a si próprio. -Então pela primeira vez a Condessa de vira para o filho que esta assustado no canto da sala e lhe dirige. - Arrume suas coisas,  James. Não ficaremos nessa casa por nem mas um minuto.

Foi então que o conde perdeu a compostura.

-VOCÊ NÃO VAI LEVAR O MEU HERDEIRO A LUGAR NENHUM, SUA LOUCA. 

Herdeiro, não filho , pensou James. 

-Eu não fico nessa casa por nem mais um minuto! E certamente não vou deixar o MEU FILHO, sobre a criação de um monstro.

Foi quando o conde se jogou para cima da condessa,  com um grito primitivo.

James por outro lado ficou no canto da sala, com as pernas tremendo incapaz de fazer qualquer coisa. Ele estava acostumado a ver os pais brigaram,  mais nada, nada, como aquilo. E isso o encheu de medo. Não,  medo não.  Pavor!!

O jovem James St. John,  viu o momento exato que seu pai perdeu toda a racionalidade e apunhalou sua mãe com um abridor de cartas que estava na mesa proxima a discussão.  James viu quando a sua mãe arregalou os olhos e perdeu as forças das pernas e caiu sobre a tapeçaria.  Viu exatamente quando sua mãe lhe lançou um olhar cheio de lagrimas e dor. E soube exatamente quando sua mãe morreu.

Beatrix Carmelia St. John,  a condessa de Wessex fora assassinada bem diante do filho em seu aniversário de quatorze anos. 

-Mãe?  -Conseguiu dizer com a voz fraca. 

-Sobe para se quarto, James.  -Seu pai lhe  ordenou com a voz embargada.  -AGORA JAMES!!! - gritou seu pai com raiva.-  SUBA PARA O SEU QUARTO AGORA! 

Então James foi.

Correu para o seu quarto se sentindo o covarde que era. Foi para o seu quarto e chorou cada gota de água do seu corpo.  E quando não  tinha mais forças para chorar,  James apenas ficou deitado em sua cama em um estado vegetativo. 

Ele sentia dor. Se sentia fraco e um covarde.  Ele poderia ter evitado.  Ele poderia ter evitado  morte de sua mãe. Ele odiava a si próprio e o mais importante,  odiava com todas as gramas do seu ser, o seu maldito pai.

O jovem St. John não fora ao enterro de sua mãe.  Não queria ver o estrago que seu pai tinha lhe causado. Não saia do quarto e não fazia as suas refeições adequadamente.

Seu pai não o procurou,  mais mandau os empregados cuidarem dele.

-Leve as suas refeições para seu quarto. E trate de vigia-lo e mante-lo por perto. Ele é meu único filho e o futuro do condado de Wessex.  É melhor que nada o aconteça. 

E assim, o Conde partiu para Londres e deixou o menino aos cuidados da governanta.

Se você esta se perguntando se o Conde foi punido pela morte da esposa,  a resposta é não.

Albert St. John. O conde de Wessex,  com as influências certas e uma boa dose de suporno, mascarou o crime.

Ora, essa! Quem em toda sã consciência iria punir um Conde? 

Assim que as férias  escolares acabaram,  James St.John regressou a  Eton e logo fora para Cambridge. 

E aos 23 anos, podia contar nos dedo as vezes que viu o pai.  E todas as vezes não o poupou de saber o desprezo do filho com ele.

E lá atrás,  bem nos primórdios dessa história,  St. John fizera uma promessa ainda jovem:

Jamais, jamais iria se levantar contra sua mulher, e jamais iria fazê-la  sofrer. 

E para isso se concretizar para sempre,  ele jamais se casaria.  Jamais iria se apaixonar por uma mulher a ponto de torná-la sua esposa.  Jamais suportaria machucar uma pessoa que ele ame. Então,  jamais amaria alguem.

JAMAIS iria ser como ele.

E de quebra, o Condado Wessex sairia de vez de sua família com a sua morte.

E isso era uma das excelentes formas de torturar seu pai. 

Capitulo 1

Nove anos depois

Londres, 1825.

-Minerva Bamborough, pelo amor a Cristo,  você tem que se casar!
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⏰ Última atualização: Jun 04, 2018 ⏰

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