O rubor intensificou-se em meu rosto quando ele disse aquelas palavras, com a voz carregada de algo que se assemelhava muito a sinceridade e deslumbre. Não consegui dizer nada, e quando fiz menção de estender minha mão e pegar a toalha dele, Niall atirou-a longe, na direção oposta a mim, cancelando todas as minhas chances. Ele segurou sutilmente meu rosto com suas mãos e voltou a unir nossos lábios num beijo ardente, deixando um gemido escapar do fundo de sua garganta quando nossas línguas se encontraram. No exato momento em que isso aconteceu, eu perdi totalmente qualquer tipo de vergonha; tudo que me dominava agora era, novamente, o desejo insaciável que meu corpo tinha pelo dele. 

Sem pressa, mas com determinação, coloquei as mãos em seu peito definido e deslizei-as para cima sob o paletó até alcançar seus ombros. Quando os atingi, fiz o caminho inverso, descendo por seus braços e puxando o terno junto. Ele mesmo se desfez dele, enquanto eu mordia e puxava lentamente seu lábio inferior, provocando-o, e o puxava pelo cós da calça em minha direção com uma mão. Assim que o paletó estava no chão, ele segurou meus quadris com vigor, e eu levei minhas mãos até a barra da camisa, desabotoando cegamente alguns botões por ali. Nosso beijo havia se tornado agressivo; soltávamos alguns grunhidos conforme o tesão parecia multiplicar-se, ao invés de reduzir-se. 

Pelo que pude presumir, já que não pude olhar e ter certeza, faltavam apenas uns três ou quatro botões para serem abertos, mas Niall não teve paciência para esperar. Suas mãos envolveram as minhas com firmeza, e ele simplesmente puxou o tecido em direções opostas, fazendo com que os botões ainda fechados pulassem e caíssem no chão. Sorri de leve ao notar sua pressa, e o ajudei a tirar a camisa; em torno de três segundos, ela já estava junto com o paletó e minha toalha. 

O toque de seu tórax musculoso com meu corpo macio fez com que ele gemesse mais uma vez, agora mais alto. Suas mãos postaram-se no alto de minhas costas, espalmadas, e comprimiram meu corpo deliciosamente contra o seu. Era perfeitamente possível sentir seu coração acelerado pulsando contra sua pele e, conseqüentemente, contra a minha, e seu perfume masculino já parecia fazer parte de minha atmosfera. Niall quase me engolia, tamanha era a ferocidade de seu beijo, e eu não fiquei muito atrás, nem um pouco intimidada. Tudo com ele era ao extremo; nada podia ser controlado, dosado ou equilibrado. 

Desafivelei seu cinto em dois segundos, puxando-o agilmente e atirando-o em qualquer lugar. A calça social preta estava um tanto apertada na região superior, e o motivo disso provocou uma onda de calor e arrepios por meu corpo. Eu o abracei firmemente pelo pescoço, ficando na ponta dos pés, e ele, provavelmente para me provocar, puxou meu quadril para mais perto do dele, permitindo-me sentir exatamente o que eu já supunha. Ele realmente estava tão excitado quanto eu, ou talvez quase. Era impossível calcular precisamente em meio às carícias tão furiosas de nossas línguas. 

Irritada com todo aquele pano ainda cobrindo seu corpo escultural, eu rapidamente abri o botão e o zíper da calça, fazendo com que ela escorregasse depressa por suas pernas, parando no chão. Niall subiu um pouco seus braços, envolvendo minha cintura e apertando-me contra si, e tratou de chutar a calça, os sapatos e as meias em poucos segundos. Agora sim, estávamos numa luta justa e praticamente sem roupas.

Eu estava realmente precisando de ar, embora meu cérebro viesse tentando rebaixar essa necessidade para beneficiar outras mais imediatas. Fui obrigada a interromper aquele beijo – um dos mais longos e intensos de toda a minha humilde vida -, porém ele fez questão de manter nossos lábios unidos num selinho. Abrimos os olhos, encarando-nos de perto, e recuperamos o fôlego, sentindo as pernas tremerem pelo turbilhão de sensações. Niall me deu apenas cinco segundos de pausa; logo em seguida, abaixou-se num movimento habilidoso e passou um de seus braços por trás de meus joelhos, erguendo-me em seu colo sem demora. Segurei-me em seu pescoço, sorrindo agora que ele havia finalmente libertado meus lábios, e vi meu próprio ato refletido no rosto dele. Mil vezes mais bonito e sedutor, é óbvio. 

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