A dona Otílinha apareceu com as outras meninas de certeza ouvindo os gritos.

- Chame os seguranças. - o Liam sussurra para a Joana que vai correndo.

- Agora é assim né Liam, você alugou uma vaca num puteiro para me substituir como mãe e o lugar que faltava na sua cama? - ela questiona me encarando mal.

- Crianças, saiam daí meus amores, vamos entrar! - digo, para ver se eles param de chorar desse jeito raivoso. Não quero perder tempo com essa daí e muito menos quero que eles sofram com uma mãe como essa.

- Quem você acha que é para ficar agindo assim que nem mãe deles na minha frente? - ela diz me pegando pelo braço e apertando. - Escuta bem, a mãe desses pirralhos sou eu! - a desgraçada diz me encarando nos olhos bem dona de si para cima de mim.

Eu só estou te deixando minha doninha, porque não tenho dinheiro suficiente para reparar o estrago que poderei fazer em você, por isso não abuse da liberdade!

- Deixa a tia Kendell! - o Henrique grita me defendendo, meu gostoso do corê.

- Escuta aqui doninha. Acho melhor você me deixar em paz antes que eu te espanque. - aviso e ela me olha assustada desleixado um pouco a mão dela, mas depois começa a rir.

- Foi por uma favelada assim Liam que você preferiu me deixar? - ela questiona me olhando com desdém.

Solto meu braço bruscamente da mãozinha dela.

- Escuta aqui Rebecca, eu nunca estive com você para ti deixar, agora vai embora, vai! - ele diz notavelmente exausto.

- O que você viu nessa azinha Liam? Por favor! - ela diz com escárnio.

Meu Deus, mulherzinha fútil.

- Opa, com vossa licença majestade, vou cuidar das minhas crianças! - digo saindo de lá para deixar o casalzinho mal resolvido lavar a roupa suja deles sem mim e as minhas pestes, quando de repente a endemoniada me empurrou bruscamente para dentro da piscina.

Na parte funda ainda por cima caralho.

Comecei a afogar-me no primeiro instante, eu sei me virar muito bem na água, mas pela surpresa avassaladora, cai com tudo na água fria e com os orifícios todos da minha boca abertos, já que nem fechei a respiração, a água entrava na minha boca e me engasguei ainda dentro da água, sem conseguir controlar a minha respiração, a água entrou no nariz, os ouvidos estavam entupidos de água, as únicas coisas que ouvi foram:.

Kendell!

O que você fez?

Pai...

E depois meus ouvidos só ouviam a água a mexer as funções dentro do meu corpo, entrando em todas as vias possíveis sem permissão, minha vista estava pouco nítida por causa da água, e não conseguia fazer esforço para subir sentia como se água estivesse me puxando a cada movimento meu, e nem para respirar. Meu canal respiratório, estava entupido pela água, estava me sufocando.

Já nem ar tinha, quando senti braços fortes me rodearem e praticamente me levitarem para a superfície, e eu me segurando, porque não respirava e nem controlava a água com a respiração, e garanto que estava prestes a perder o diafragma de tanto que estava a usar para me manter viva.

Quando finalmente chegamos a superfície, sinto que me depositaram no chão quente a beira da piscina que me provocou um arrepio pelo contraste da água fria e eu estava numa confusão interna para tentar espelir a água acumulada para fora, parecia travada nas minhas vias todas.

Mas pelo menos já conseguia ouvir direito, a água estava saindo pelos meus ouvidos.

- Kendell? - ouço as crianças me chamarem.

Seja Minha.Where stories live. Discover now