A RUA NIHIL

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Gabriela's POV
Eu tinha dez anos quando fui comprar minha varinha.
Meu pai me mandou ir com meu elfo até a rua Nihil e me deu um saco com moedas de ouro para gastar no que eu achasse necessário. A rua Nihil é um dos meus lugares favoritos de Magea, é uma rua larga e muito comprida, a entrada somente é permitida a bruxos ou trouxas acompanhados, e você pode entrar aparatando como os adultos geralmente fazem, ou pode entrar como eu, que entra na loja de brinquedos da rua Pumpkin, fala a senha para o Sr. Ludere, e ele o leva por um jardim de flores das mais diversas cores e espécies até uma porta, que somente os bruxos conseguem abrir. Assim que você abre a porta se depara com a rua Nihil, e não enxerga o fim dela, são inúmeras lojas de mascotes, vassouras, bares, confeitarias, lojas de doces e pegadinhas, e muitas outras lojas com coisas que os bruxos podem precisar. Mais ou menos no meio no caminho da Nihil existe um rio de pequeno comprimento, onde um barqueiro o leva para passear por toda Nihil por apenas uma moeda de cobre. Eu já havia feito aquele passeio diversas vezes, quando era pequena meu pais mandavam que os nossos elfos nos levassem para passear, é nossos elfos, diferentes da maioria, se vestiam com roupas tão boas quanto as que usávamos, meu pai não via com bons olhos andarmos com elfos usando farrapos e sujos, por isso dava a todos a liberdade de usar roupas. Você deve estar se perguntando porque eles continuavam servindo minha família se eles eram livres, bem, nós os tratamos com respeito, é uma tradição da nossa família desde o início dos tempos e por lealdade eles continuam a nos servir. Meu elfo pessoal era Adriano, seu pai Otávio era um grande admirador dos romanos. Adriano Da Alba, era como era conhecido pelos outros, porque serve a minha família. E ele estava comigo desde que eu me lembro, era como meu tio favorito. Ele aguardava ao meu lado pacientemente enquanto eu decidia se seguia o cheiro da deliciosa torta de chocolate bruxo que vinha da confeitaria Dulce ou se iria até o Sr Pepper comprar minha primeira varinha. Resisti a tentação raciocinando que se eu comprasse a varinha primeiro, minhas obrigações acabariam e eu poderia aproveitar o resto daquela quinta livremente.
Fui até a loja "Magic Wand", Adriano esperou do lado de fora e encontrei o idoso Sr Pepper cochilando no balcão.
- Com licença Sr. -falei baixo mas ele acordou em um pulo, vendo que era eu se acalmou rapidamente.
- Ora ora, é uma bela surpresa que temos aqui, mais uma Alba que se tornará uma grande bruxa tenho certeza. - ele disse em um tom agradável. Eu sorri sem jeito, apesar de nova naquela época eu já entendia o peso e a responsabilidade de carregar meu sobrenome.
- Assim espero senhor. -respondi humildemente.
- Bom bom, vamos ver o que eu tenho para você hoje...- ele disse sumindo em um corredor no fundo. Foi quando ouvi um grito e uma batida.
- O senhor está bem?!- perguntei. De repente ele apareceu no corredor com uma caixa linda de madeira branca e arabescos dourados em alto relevo, li "aequum" que estava escrita no meio com letra cursiva.
- Eu acho que não vou precisar procurar mais, pois sua varinha já a encontrou. - ele disse me entregando a caixa. A peguei com cuidado e antes de abri-la passei a mão por seus desenhos. Assim que peguei na varinha meus cabelos voaram e me senti poderosa, como se pudesse fazer qualquer coisa. O Sr Pepper tinha um sorriso de satisfação no rosto.
- Madeira de figueira, núcleo feito com o pelo da cauda de Trestálio, 12 ¼ "de comprimento e surpreendentemente flexível. O pai do meu pai a produziu em homenagem a uma sereia que encontrou morta na beira do rio Sena. Consegue ver como onde a segura lembra as ondas do mar e um pouco mais para cima escamas de peixe?- ele disse, fiz que sim com a cabeça- Não é uma varinha qualquer, é perigosa e muito poderosa Srta. Alba, é curioso que ela tenha escolhido você depois de todo esse tempo. A última dona foi uma grande mulher e preferiu passá-la a diante para que outra pessoa pudesse se tornar grandiosa também. Por isso, espero que seja um exemplo e faça jus não só a seu sobrenome, como também a poderosa varinha que segura - Sr. Pepper disse quando eu lhe entreguei as moedas de ouro para pagar.
- Eu vou fazer meu melhor Sr. Pepper. - falei andando em direção à porta.
- Eu sei que vai.- ele sussurrou antes de eu sair. Com a varinha ainda em mãos fui com meu elfo até a confeitaria.
O nome da confeitaria é Dulce, e os donos são os Dulce, é uma confeitaria que existe há gerações na família dos Dulce, mas ninguém nunca sabe o nome dos Dulce, só os chama de Sr. Dulce, Srta Dulce, Sra Dulce, e por assim em diante. Eu e Adriano admiramos a vitrine e nos sentamos, quem veio nos atender não foi um Dulce no entanto, eu nunca tinha visto aquele garoto antes.
- Bom dia, sejam bem vindos a confeitaria Dulce, meu nome é Charles Poziarne e irei atendê-los hoje. - o garoto ruivo disse com a bochechas queimando. Ele não parecia muito mais velho que eu.
- Bom Sr. Poziarne, este é Adriano de Alba e eu sou Gabriela Alba, vamos querer todos os itens do cardápio, inclusive as bebidas. - falei educadamente. Charles arregalou os olhos.
- Vai fechar num total de 20 moedas de ouro, a Senhorita tem certeza?- ele perguntou. Fiz que sim com a cabeça.- Como irá pagar?
- Eu..- comecei a dizer mas fui interrompida por um garoto de cabelos pretos e pele clara que tinha acabado de sair da confeitaria.
- Ela é uma Alba seu idiota, eles poderiam comprar a cidade, ou melhor, um país se eles quisessem. - o garoto disse ríspido e então se virou para mim com um sorriso encantador- Perdoe o garoto Senhorita, não passa de um sangue ruim que derrubou café em mim.- olhei para Charles que agora estava pálido como uma folha de papel.
- Qual o seu nome?- perguntei. Ele pareceu magoado.
- Sou Hugo,Hugo Florence.- respondeu grosso.
- Hugo. Peça desculpas ao meu amigo Charles, você não tem o direito de falar assim com ele ou qualquer outra pessoa.- falei. Ele me olhou incrédulo e a cor de Charles voltou.
- Eu me recuso a pedir desculpas a um sangue ruim.- ele respondeu com cautela.
- Sangues ruins também são seres humanos, a partir do momento em que você os insulta se torna pior que um troll. - falei.- São tão bruxos quanto eu e você.
- Eu venho de uma família de sangue puro, nunca vai me ouvir pedir desculpas a alguém tão inferior a mim. Nem mesmo você, uma Alba, pode me fazer dizer isso.- ele disse.
- Faça o que eu estou pedindo e pedirei para meu elfo apagar de minha memória esse momento desconfortável, só deixando as partes boas. -falei decidida. Ele respirou fundo.
- Tudo bem.- respondeu vencido- Me desculpe por tê-lo agredido Charles. Você também não precisa mais trabalhar, vou retirar minha reclamação.- Hugo disse sem tirar os olhos de mim.
- Obrigado Sr Florence. - Charles disse feliz. Me virei para Adriano e ele rapidamente apagou minha memória. Olhei para frente e reconheci o garoto ruivo, era Charles. Mas quem era o de cabelos pretos?
- Bom dia, posso ajudá-lo?- perguntei ao garoto de cabelos negros.
- Me chamo Hugo Florence Senhorita, você deve ser Gabriela Alba. - ele respondeu.
- Como sabe meu nome?- perguntei curiosa.
- Não há um bruxo em Magea que não conheça seu nome, e seus olhos são famosos na cidade. - ele disse e eu ri.
- São apenas olhos verdes.- falei - Muito bem, sente-se conosco Hugo, este é Charles, ele trabalha aqui por algum motivo e vai se sentar conosco também, não vai Charles?
- Eu tenho que falar com o Sr Dulce na verdade...- Charles respondeu.
- Eu o acompanho e depois ambos podemos nos sentar.- Hugo disse solícito. Com um ultimo aceno de cabeça os dois entraram na confeitaria.
- Quem diria que faríamos amigos hoje Adriano, não se sente feliz?- perguntei a Adriano que tinha observado tudo em silêncio.
-Eu sinto fome.- ele disse sério e eu ri. A porta se abriu e a Sra Dulce apareceu por ela.
-Ah senhorita Gabriela! Deveria nos visitar mais vezes! Como fico com saudade!- ela disse me puxando para um abraço. Logo acenou com a cabeça para Adriano que retribuiu com um sorriso no rosto.
-Oh senhorita Dulce, se eu pudesse moraria aqui!- falei brincalhona.
- E sairia daquele castelo maravilhoso?! Não mesmo menina. - ela disse caçoando- Venham, essa mesa não é grande o suficiente para tudo que pediram, no terraço temos uma maior. - ela disse. Então a seguimos pela confeitaria e subimos três andares pelas escadas de mármore até chegar no terraço. Havia uma mesa branca grande e redonda, em volta dela estavam dispostas cadeiras que mais pareciam poltronas macias e confortáveis, e pelo resto do terraço tinham muitos girassóis e outras flores laranja.
- Uau.- suspirei. A Sra Dulce riu de divertimento.
- Fico feliz que gostou, vou deixá-los aproveitar e assim que seus amigos subirem servirei seu café.- ela disse saindo alegre. Me sentei de frente para Nihil e Adriano de frente para mim.
-Isso não é maravilhoso Adriano? Parece um sonho. - falei.
- É realmente bonito.- ele disse. aparentemente sem palavras também.
Ouvimos passos e logo Charles e Hugo se sentavam conosco maravilhados. Quando achávamos que não poderia ficar melhor toda a comida apareceu num estalo em cima da mesa, felizes atacamos a refeição. Tudo tão colorido e saboroso, os mais variados milkshakes de bruxo, e o resto dos doces feitos a partir de receitas exclusivas da família Dulce. O cardápio tão variado que tinha até as comidas trouxas mais gostosas. Comemos e conversamos, sobre a origem de Charles, a família de Hugo, os direitos dos elfos domésticos e sobre Nihil. No fim daquele café éramos todos amigos, todos sabiam pelo menos um segredo do outro, e confiávamos que ninguém iria contar.
- Bem, vamos dividir a conta.- Hugo disse tirando moedas de ouro do bolso, Charles ficou sem jeito e começou a remexer os próprios e retirou duas moedas de ouro do bolso.
-Ora, por favor, eu os convidei. Além do mais, não se pode pôr preço na amizade.- falei rejeitando o dinheiro de ambos. Hugo sorriu e Charles agora parecia melhor.
- Eu, amigo de Gabriela Alba e de Charles Poziarne, quem iria imaginar?- Hugo disse parecendo pensar.
- Só não provoque meu irmão, e tudo ficará bem.- falei. Pois durante a conversa descobri que ele já estudava pois era dois anos mais velho e era de uma casa rival a do meu irmão mais velho, parece que tinham tido desentendimentos por causa de um mascote ou algo assim. Já Charles estudava em outra casa, ele não tinha muitos amigos e não gostava muito de falar sobre isso.
- Se ele não me provocar não tenho motivos para provoca-lo.- Hugo disse rindo.- Não me leve a mal, ele é um bruxo incrível, mas tem um ego enorme.
- Você também.- Charles disse baixinho. Hugo se virou.
- Eu já pedi desculpa, fui sincero.- Hugo disse. Eu não entendi nada, mas Charles entendeu e afirmou com a cabeça.
- Bem, temos muitos lugares para visitar, então se me derem licença. - eu disse. Ambos se levantaram.
- Obrigado Gabriela, obrigado Sr. Adriano.- Charles disse. Adriano pareceu satisfeito, era difícil bruxos terem respeito com ele.
- Muito obrigado os dois.- Hugo disse.
- Como eu disse antes amizade não tem preço e isso não foi nada comparado a ter a sua companhia. -falei. Ambos sorriram.
- Vocês são bons garotos, tentem não se meter em confusão e estudem. - Adriano disse.
- Pode deixa Sr. Adriano.- Hugo disse brincalhão. Charles riu.
- É, acho que vou estudar mais.- ele disse.
Eu e Adriano nos despedimos dos dois e descemos as escadas até o caixa, onde encontramos com o Sr. Dulce.
- Bom dia Da Alba, bom dia senhorita Alba. É um prazer vê-los novamente!- ele disse animado.- Foram bem servidos?
- O atendimento foi perfeito como sempre. -respondi e ele pareceu satisfeito - O único defeito é não ter mais espaço na minha barriga para esses doces deliciosos! - falei e ele riu, Adriano também mas muito discretamente.
- Vou concordar com minha senhora, tudo foi perfeito.- Adriano disse.
- Ótimo, ótimo!- exclamou Sr Dulce.- Venham mais vezes, a partir da semana que vem todos os dias teremos um prato novo e exclusivo no cardápio! - abri minha boca em um perfeito "O".
- Viremos mais vezes com certeza Sr Dulce. -falei animada.- Quanto ficou o total?
- 20 moedas de ouro senhorita.- Sr Dulce reapondeu. Peguei as moedas e coloquei em cima do balcão contando uma a uma.
-Muito bem, aí estão as 20 moedas. - falei.
- Obrigado Senhorita, venha mais vezes! - Sr Dulce disse guardando as moedas.
- Pode deixar!- falei indo em direção a saída. Quando abri a porta levei um susto.
- Gabriela?- ele perguntou.
- Olá pai.- respondi.
- Espero que tenha deixado algum doce para mim.- ele disse sério, mas eu sabia que aquilo significava bom humor. Ri alto.
- Eu comi um pouco de cada, não todos!- protestei.
- Ah, quanto você gastou?- ele perguntou incrédulo.
- 20 moedas - respondi de peito cheio. Ele deu uma risada baixa.
- Ah, foi menos do que eu imaginava.- ele disse.- Espero que ela esteja se comportando direito Sr. Da Alba. - ele disse cumprimentando meu elfo.
- É a bruxa mais educada de toda Magea.- Adriano respondeu. Então a porta se abriu novamente e por ela saíram Charles e Hugo rindo animadamente, assim que nos viram pararam.
- Senhor Alba, é uma honra conhecê-lo. - Hugo disse com uma reverência de respeito, Charles o imitou silenciosamente. Meu pai apenas acenou com a cabeça.
- Este é Hugo Florence pai, e o ruivo é Charles Poziarne, são meus novos amigos.- expliquei. Meu pai olhou para mim sorrindo.
- Ah, sim, compreendo.- ele disse e então olhou para eles- É um prazer conhecê-los, mas se me dão licença vim apenas buscar um café de bruxo.
- Muito bem Senhor.- Hugo disse e meu pai sorriu.
- Mande melhoras a seu pai, Albert tem que parar de se estressar tanto, não faz bem para ele.- meu pai disse entrando na confeitaria. Hugo abriu um sorriso de orelha a orelha.
- Eu vou mandar Senhor!- ele disse, mas eu não sei se meu pai ouviu pois a porta já estava se fechando. Dei de ombros e comecei a andar em direção a loja de mascotes com Adriano ao meu lado e ouvi passos nos seguindo.
- Por que vocês estão me seguindo?- perguntei me virando e dando de cara com Hugo e Charles, os dois deram um pulo de susto.
- Já compramos nossos mascotes, talvez você queira ajuda para escolher o seu. - Charles disse.
- Qual o seu mascote Charles? - perguntei.
- Eu tenho um gato. - ele respondeu. - Na verdade, Hugo também tem um.
- Eu pensei em algo maior.-falei e então continuei andando. Entrei na loja e não havia nada além de corujas, ratos, hamsters e gatos. Passei por todos é cheguei até o caixa onde o dono da loja estava.
- Srta Alba, seu pai avisou que talvez você viesse me visitar hoje. - ele disse enquanto a cobra enrolada no pescoço dele sibilava.
- Vim em busca de um mascote Sr Ruffus, mas não encontrei o que procurava. - falei. Ele riu.
- Ele também me disse que nada da minha loja a agradaria.- disse.- Por isso pediu que eu a levasse para visitar minha propriedade. Mas eu não esperava ninguém além da senhorita e do Da Alba.
- São meus amigos.- falei - Será que eles podem vir junto?
- Que seja.- ele respondeu.- Sigam-me. - então o seguimos até o segundo andar onde havia um espelho. Pensei que ele pararia na frente dele mas ele passou reto e desapareceu, dei de ombros e entrei no espelho também, quando abri os olhos estava de pé em um quarto iluminado com uma vista linda para um campo verde interminável com um rio o cortando e algumas árvores espalhadas, mais para direita havia uma área mais densa de árvores.
- É lindo, não?- Sr Griffin perguntou. Afirmei com a cabeça, ele sorria orgulhoso e satisfeito.- Sigam-me, hoje não haverá tempo de lhe mostrar o terreno todo pois tenho outros compromissos, mas vou mostrar os animais que mais combinam com sua personalidade!- só então percebi que meus amigos estavam parados igualmente maravilhados logo atrás de mim. Quando o Sr. Griffin começou a andar automaticamente segui ele. A porta do cômodo dava para um corredor suntuoso e agitado, com elfos domésticos vindo para cá e para lá. Adriano estava desconfortável ao ver seus semelhantes usando trapos velhos para se vestir, toquei em seu ombro para confortá-lo, ele pareceu melhor e seguimos nosso caminho. No fim do corredor havia uma árvore onde um escada foi esculpida de maneira maravilhosa, mas a entrada era fechada por galhos da própria árvore.
— É incrível.- Charles disse.
— Obrigado Charles.- Sr Grifin disse.- Se me permite a intromissão...
— Por favor, fique à vontade.- Charles disse. Sr Griffin sorriu.
— Muito bem, me chamem de Albert crianças.- falou contente e então apontou sua varinha para a escada - Basilisco de Hogwarts.- ele disse e então as folhas se afastaram formando algo como um lindo portal.
— É a senha?- Hugo perguntou.
— É a senha de hoje, todo dia muda.- Albert respondeu subindo a escada. Fomos logo atrás dele.
O terraço era maravilhoso, mas o que realmente chamava atenção era a terra abaixo. Era enorme, mas não parecia ser o mesmo clima em todas as partes, havia a floresta sem gelo e a congelada, havia uma parte desértica e outra com pastos férteis e muitos outros climas. E em todas partes haviam animais em terra e voando, mas não animais comuns, animais fantásticos. Alguns inclusive eu apenas tinha visto no livro do Newt Scamander. Enquanto observávamos o Sr. Griffin colocou algumas cartas em uma mesa para dois e me chamou, me sentei de frente para ele enquanto meus amigos nos observavam em pé.
—Escolha três cartas.- ele disse. Eu escolhi as três cartas e entreguei para ele.- Muito bem, o leão que representa coragem e liderança, a coruja que representa inteligência, o cão que representa fidelidade e empatia. Você tem uma alma muito bonita e pura Gabriela, não deixe que ninguém a corrompa. - ele disse, afirmei com a cabeça.- Agora, pode parecer engraçado, mas seu animal ideal parece ser o griffin, também conhecido como hipogrifo. Ele é forte, leal, inteligente e muito orgulhoso também, parece compartilhar muitas das características que você possui. Além de tudo é independente.
— Obrigada Albert.- falei me levantando.
— Não foi nada. Agora, Charles, é sua vez.- Sr. Griffin disse. Charles parecia sem jeito.
— Albert, eu não tenho dinheiro para comprar nenhum de seus animais. - ele disse- Além disso, eu tenho um gato.
— Besteira Charles, sente-se.- Sr Griffin disse. Charles obedeceu. E após escolher três cartas as deu a Albert.- Rato, humildade e perspicácia, mas também covardia. Cão, fidelidade e empatia. Castor, trabalhador. Bem, isso é interessante Charles, eu sei que animal seria perfeito para você, é o Niffler, mas cuidado, ele adora coisas que brilho, é bom ficar de olho nele.- então Charles se levantou contente. - Venha Hugo.
— Albert, eu já tenho uma gato também.- Hugo disse se sentando. Albert fez um sinal para que ele escolhesse as cartas. Assim que Hugo entregou ele arregalou os olhos, Hugo parecia chateado.
— Cobra, maldade. Mas também beleza e inteligência. Cão, fidelidade e empatia. Touro, força e garra.- Albert disse. Hugo parecia menos chateado.- Eu lhe daria um Basilisco, mas os ovos ainda não eclodiram. - Albert disse e riu. - Estou brincando Hugo. Acho que posso confiar a você esta criatura que tantos caçam ilegalmente, um unicórnio.- agora Hugo estufava o peito orgulhoso.
— Como um Florence prometo cuidar desse unicórnio como se fosse meu filho. - ele disse. Albert parecia satisfeito.
— Já que acabamos por aqui, vamos descer  para que eu possa entregar seus novos amigos.- ele disse abrindo um baú grande e de dentro tirando uma sombrinha para cada. Então ele foi para a beira do terraço abriu sua sombrinha e pulou. Fomos até lá ver o que tinha acontecido e vimos ele rindo flutuando no ar.- Vamos crianças!- ele gritou alegre. Ri alto e abri minha sombrinha enquanto pulava da mansão. Uma corrente de vento me levava para onde queria. Adriano logo estava ao meu lado divertido. Hugo pulou e então Charles. Quando chegamos ao chão sentamos tentando nos recuperar o fôlego.

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continua...



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⏰ Last updated: Apr 15, 2019 ⏰

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