Timbre

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Quando a voz do silêncio grita,
Não há voz que a cale,
Não há olhar que a defronte,
Não há ouvido que a ignore.

Quando a voz do silêncio fala,
O poeta discorre,
O amante chora,
O dia morre.

Quando a voz do silêncio sussurra,
A vida acontece,
A alvorada nasce,
As pessoas vivem.

Mas quando a voz do silêncio morre,
Não há grito, fala nem sussurro;
Há uma coisa somente:
O vazio dormente.

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