Duas semana depois

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Caleb

Já tinha se passado duas semanas depois que dei meu depoimento, a minha vida estava triste, Samantha praticamente era minha sombra nos corredores daquele hospital e em sala de aula. Me esquivando dela e das demais.

Aos poucos fui melhorando da minhas duas costelas fraturadas.

Depois de dois dias de residencia no hospital finalmente consegui ir para casa, só pensava num banho e cama.

Abri a porta do elevador e me deparei com uma ruiva sentada na porta do meu apartamento, segurando sacolas.

- O que você quer? - Minha fala saiu tão rispida que nem eu acreditei.

- Oi! - ela levantou depressa, ajeitando o vestido- Eu precisava te ver.

- Não... não precisava. - Enfiei a chave na porta quase a empurrando. - Porque veio? Pra me chamar de covarde mais uma vez?

Abri a porta e a encarei, uma vizinha abriu a porta para ver o que acontecia, peguei no braço dela e a enfiei para dento do apartamento.

- Eu vim pra pedir perdão! - Ela soou baixo. - Eu já pedi desculpas a toda a família, meu pai confiscou o meu carro e eu não tenho mais mesada. Pedi ao Hubald pra me trazer aqui, mas estão todos avisados em casa. Eu estou tomando juízo! - ela deu de ombros.

- Senta aí. - Apontei para o sofá.

Esperei ela se sentar, largando as sacolas sobre a mesinha, cocei os cabelos, eu estava nervoso. Caminhei até a minha mesa de estudo, me sentei bem longe dela.

- Eu não tenho o que desculpar, eu também errei. - Engoli em seco. - Deixei que passasse pelo ridiculo, bebesse na festa do meu melhor amigo...

- Colocou.

Sabia que fizeram um vídeo de mim dançando? - Ela riu. - Os garotos da oitava série estão me zoando, e o diretor md encaminhou pra orientadora pedagógica

- E a questão do psicologo? - Eu a encarei porque estava sabendo que foi sujerido isso.

- Sem contar que o Maurice Ta uma fera comigo e disse que eu começo o estágio o quanto antes pra ocuoae a minha cabeça oca. - Ela riu mais uma vez. - Eu não quis falar com o psicólogo, me sinto bem! Mas estou gostando de conversar com a Martha. Ela é legal!

- Que bom. - Puxei o ar com força, olhei para os livros que estavam sobre a mesa. - Eu acho que... Devemos colocar alguns pontos chaves... Uma delas é o nosso relacionamento... Eu não posso te dar o que você quer, não agora. Não posso lidar com suas explosões de emoções, sua insegurança, Audrey! Não estou preparado pra isso e acho que você também não está.

- Eu não vim te cobrar nada, Caleb! - Ela levantou. - Só precisava me desculpar, aliviar a minha consciência da merda que eu fiz! - Ela suspirou e mudou de assunto. - A Amélia mandou comida. Ela está se especializando em massas. Então tem lasanha, mini pizzas, talharim, capelletes, ravióli. Sua irmã é o exagero em pessoa, mas eu trouxe tudo.

- Obrigado... - Aquela distancia me cortava o coração.

Me levantei peguei as sacolas e olhei, dei risada.

- Tenho comida para uma semana. Está com fome, porque não vou dar conta de tudo isso. - Apontei para as sacolas.

- Faminta! Eu posso ficar essa noite? Eu disse ao Hubald pra só vir me buscar amanhã! - Ela riu tímida.

- Tudo bem... Eu vou passar a noite estudando, pode dormir na minha cama, assim a luz não atrapalhará seu sono.

Segui para a cozinha, eu sabia o que Audrey queria aprontar, mas não estava com a minima vontade de demonstrar meu carinho e amor, aquela distancia estava bem o suficiente para durar por um bom tempo.

Tirei tudo da sacola, coloquei sobre o balcão.

- Vai de que? lasanha?

- Adoro lasanha! Posso tomar um banho?

Me virei para encara-la.

- Seus pais sabem que vai dormir aqui, Audrey? Porque a ultima coisa que quero é confusão.

- Sim! Você se tornou o herói do meu pai. - Ela riu e revirou os olhos imitando o tio John. - Não vá me aprontar, estou confiando em você.

- É a cara dele. - Sorri voltando para os pacotes. - Tem toalha na ultima gaveta.

- É bem a cara do meu pai mesmo! - Ela riu. - Esquenta a lasanha que eu já venho comer.

Depois de um banho rápido, Audrey voltou a sala, usava um pijama de flanela que parecia bem confortável, mas nada sensual pra minha sorte.

- Vamos comer?

- Sim... - Estendi o prato para ela do outro lado do balcão eu me sentei a sua frente. - Richard pegou 16 anos de prisão... A garota que depôs contra ele ajudou muito.

- A Sam também depôs. Ela te contou?

- Achei que ela te contaria! Vocês ainda estão saindo? Eu não vou interferir, juro! Só quero saber.

- Não... - Sorri de lado. - Você? Não interferir? Sei.

- As pessoas mudam, sabia? Eu não quero perder a sua amizade!

- Entendo... - A encarei largando o talher. - Amo você, Audrey!... Amo de verdade, mas me de um tempo, me de um tempo para... Confiar em você novamente, e não estou falando só de você, eu também preciso confiar em mim, preciso pensar, respirar. Mas por favor, me espere! Você pode fazer isso?

- Ama? - Senti a sua respiração falhar. - Eu posso esperar! - Ela sorriu confiante. - Posso mesmo!

- Que bom! - Sorri e voltei a dar minhas garfadas. - Confie... eu não estou comSamantha e muito menos com qualquer mulher que venha se manifestar.

- Eu posso te dar um beijo? - Ela fez beicinho. - Só um?

- Não! - demos risadas.

- Por que não? - ela protestou e veio sentar mais perto.

- Audrey... - A encarei. - Não vou te beijar.

- E eu perguntei por que não?

- Porque ainda somos apneas amigos...

- Amigos as vezes se beijam! - Ela beijou o canto do meu lábio. - Mas, se você não quer. - ela deu de ombros e voltou ao seu lugar. - Vou acabar a minha lasanha que está incrível.

- Faça isso...você precisa comer. - Sorri e passei a comer, observando Audrey.

- Acha que eu to magra? - ela riu.

- Sim. acho!!!!

TODO MEU (COMPLETO)Wo Geschichten leben. Entdecke jetzt