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Capítulo 8

Paloma

  Desde que viajei de volta ao Rio tenho sentido meu coração apertado, como se estivesse sangrando por dentro. Voltar e ficar longe de Leo não está sendo nada fácil, mas tenho evitado falar com ele a respeito, ele apesar de fofo me pareceu triste com a distância que nos separa, e tristeza é a última coisa que quero que ele sinta. As vezes acho que estou sonhando com toda esta situação, conhecer um cara lindo, gostoso e encantador como ele me parece muito surreal. Ainda mais quando esse cara corresponde aos mesmos sentimentos que invade minha alma. 

Só vi esse tipo de paixão acontecer nos filmes, ou nos romances que li, de modo que as vezes fico me perguntando se tudo é real ou fruto da minha imaginação. Cheguei ao Rio por volta das dez horas, indo direto para meu escritório, ainda a caminho ligo para Aline para saber de minha agenda para o dia, para meu total desespero sou informada que ela passou mal e foi levada ao hospital. 

Como nunca fui de reclamar ou negar serviço, chegando ao escritório vou eu mesma verificar minha agenda, percebendo que não terei nenhum horário vago hoje, nem mesmo para o almoço. 

Meu dia foi uma total confusão, entre atender meus clientes e atender todas as ligações sempre que o telefone tocava. 

Quando acabei de cumprir todas as atividades do dia, já era hora de fechar o escritório e seguir para casa. Já no meu carro peguei minha bolsa para verificar meu celular se havia alguma ligação ou mensagem só então lembrei que não liguei para Leonardo conforme combinamos peguei o celular só para constar que estava sem bateria.

- Merda, merda, merda. – Resmunguei para mim mesma me xingando mental de todo nome imaginável. Ele deveria está puto comigo, eu estaria se fosse o contrário.

Chegando ao meu apartamento logo corri para meu quarto para plugar meu celular na tomada, enquanto tirava minha roupa e seguia para o banheiro para tomar um banho rápido antes de ligar para ele. Quando acabei o telefone já havia dado sinal de vida e começaram os toques infindáveis de mensagens e ligações perdidas todas do Leonardo. O homem deve está louco. Meu advogado delícia está superando o Sr. Grey com sua mania de proteção e em querer saber de mim a todo o momento. Ri para mim mesma diante meu pensamento bobo. 

Resolvi logo ligar e acalmá-lo. Ele atendeu ao segundo toque. Olhar para aquele rosto no meu celular me deu uma baita saudade. 

Leonardo estava num desespero que me deixou com o coração apertado com vontade de está ao seu lado para lhe abraçar até que aquela insegurança fosse embora. Conversamos durante muito tempo, coisa que pareceu acalmar a ambos, apenas pareceu por que na verdade eu me senti muito sozinha. Após a morte de vovó, estava se tornando algo constante eu me sentir assim, mas desta vez a sensação de solidão nada tinha a ver com ela ou qualquer pessoa de minha família. Estava sentindo falta daqueles olhos azuis que me fascinam e deixam toda mole com aquela sua voz rouca e sensual falando ao meu ouvido enquanto fazia amor comigo.

Foi quase impossível dormir tamanha era a saudade que sentia dele.  Apenas quando o dia já mostrava os primeiros raios de sol, consegui finalmente dormir. Acordando algum tempo depois com o barulho de uma mensagem que chegara em meu celular. Torcendo para ser do Leo e não do Eduardo, precisava ligá-lo e proibir de me mandar   qualquer mensagem ou ligação.  Mas para minha alegria, a mensagem tinha outro remetente.

- Bom dia princesa, dormiu bem?  "Ai, saudade de você Vontade de te ver.  Eu necessito você aqui comigo" (Zé Felipe) L.

Adoro o jeito dele me mandar mensagens com letras de músicas, ainda mais músicas que também gosto. Com um sorriso abobalhado nos lábios levantei e segui para a cozinha para preparar meu café da manhã, enquanto olhava minhas correspondências que peguei na noite anterior, na pressa de ligar para Leonardo esqueci de abrir. Tomei um café rapidinho, antes de tomar banho e me arrumar para ir trabalhar.