Vivemos numa aldeia
Onde tudo é igual
Massificamos a beleza
O corpo ideal
Concentramos a riqueza
Nas mãos de quem sempre liderou
Às custas de muita pobreza
Do povo trabalhadorO pão de cada dia
Cada dia fica mais caro
E para o pobre a única alegria
É se ver aposentado
Porque trabalho é escravidão
Nesse mundo globalizado
E só quem tem opção
É o branco endinheiradoO consumismo é idolatrado
Pelas multinacionais
É por isso que a gente compra
E nunca se satisfaz
Porque o mercado quer o lucro
E de marionete ele te faz
Padroniza logo tudo
Que o povo compra maisIgualdade é discurso
Da minoria inconformada
O que prevalece é a fome
Que se eterniza lá na África
E o pobre sem emprego
E a criança sem estudo
Enquanto isso no Japão
Saiu um novo produtoÉ de última geração
E ninguém vai se importar
Se aquele garoto descalço
Nunca viu um celular
Ou se o banquete dos empresários
Custou o suor de vários homens
Que se matam no trabalho
Só pra não morrer de fomeVivemos numa aldeia
Onde todos são iguais
(Ainda que uns
Sejam mais iguais que outros...)Autora: BrunaNovaisdeSouza
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Uma Sociedade Marcada Pela Poesia
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