Coração de Ômega(Romance Gay)[LIVRO 1][Em revisão]

Capítulo 23:Capital Real e Esqueletos no armário

Haviam outros como ele com outros tipos de asas, vestindo armaduras prateadas e segurando espadas. Deviam ser soldados. Meu pai parecia bastante tenso explicando algo a ele enquanto meus irmãos observavam o mapa, preocupados. Dei uma última olhada em Ren, que parecia tão admirado quanto eu. Era incrível e ao mesmo tempo assustador ver seres tão belos e perigosos depois de uma vida inteira vendo apenas o comum.

---Então resolveu aparecer?!_disse Brandon, nmeu terceiro irmão mais velho sorrindo com escárnio.---Pensei que fosse voltar para seu quarto e ler seus livros estúpidos.

De repente, todos os olhares se voltaram a mim. As fadas, incluindo o de asas vermelhas e ardentes, me encararam curiosas assim como meu pai, que parecia estar se controlando para não me dar mais meia hora de sermão. Já eu, estava me controlando para não fazer um discursso de uma hora explicando a Brandon porque sua opinião sobre os livros o tornava péssimo para ser um rei como tanto desejava.

---Irmão..._cumprimentou Dinus, sério como sempre. O único que parecia me entender de verdade.---Que bom que se juntou a nós.

De repente, meu pai se aproximou de mim e a expressão em seu rosto me fez esquecer do todo resto. Ele estava com furioso e com medo. Meu pai, o rei Inácius, famoso por sua coragem inabalável em batalha estava pálido na minha frente enquanto nossos convidados nos olhavam com nada além de impaciência e irritação. O que estava acontecendo?! Ren me disse que isso era comum no conselho de guerra, mas o clima era outro. As fadas estavam irritadas e nos, os humanos, com medo. Era como se nós estivéssemos sob ameaça e não eles.

---E então..._disse o rei das fadas.---O que será feito dos Lordes do Norte?!

Meu pai se virou para respondê-lo antes que pudesse me dar qualquer sermão.

---Eles já foram notificados._meu pai disse, em tom brando.---E já enviaram um mensageiro informando que vão comparecer trazendo seu filho.. Não se preocupe quanto a isso...Lorde Aedion é um homem asqueroso, mas de palavra.

O rei Kaius bugou, arrogante e voltou a prestar atenção no mapa, imerso em seus próprios pensamentos.

---Tem certeza Vossa Majestade?!_Telônios afirmou, sua voz expelindo veneno, como sempre.---Na minha última visita a Loca do Lobo, quase morri bombardeado por talheres voadoras... O menino Boullevard nos atacou com tudo o que tinha...

Todos os conselheiros do meu pai se entreolharam concordando. Sim. Eu me lembrava do convite que todos do reino receberam para o baile de noivado de Apolo. Ele era bem legal e nós éramos bons amigos desde que eu era criança.. Pedi muito ao meu pai para ir no baile, mas ele não permitiu. O motivo foi esse garoto da extinta família nobre Boullevard. Os boatos eram muitos, embora eu não tivesse certeza da procedência deles e a história absurda sobre como ele deu vida aos talheres das mesas e objetos de decoração da própria festa o tornou conhecido por todo o reino.

Uns diziam que ele foi possuído por espectros malignos e por isso dominava magia negra. Outros afirmavam que ele tinha enfeitiçado Apolo para que se apaixonasse por ele. Uma grande besteira. Eu sabia da existência de alfas e ômegas na espécie dos homens lobo e Apolo sempre já tinha me contado sobre a existência desse garoto quando vinha até a capital se divertir nos bordeis. A única coisa que todas as histórias mencionavam era suas estranhas habilidades. Diziam que ele capaz de coisas que humanos não deveriam ser assim como os Thell, com o seu poder de virar um grande lobo.

---Sim... Telônios..._afirmou meu pai, em tom paciente.---De fato, o noivo do filho de Aedion me pareceu bem hostil... Mas que fique claro que o mesmo já enviou um pedido formal de perdão a todos os convidados..

---Um Boullevard?!_perguntou o rei das fadas, suas asas brilhando um pouco mais forte quando ele disse aquilo.---Pensei que estivessem extintos... Que eu saiba, a última morreu queimada pelo moradores da própria vila.