Cap 2

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Fazer o que né...
Eu meio que me afasto quando os "populares" aparecem, não gosto de me meter,mas a Taís é diferente,ela foi a primeira a falar comigo quando vim pra cá,desde aí somos bests.

- Taís você sabe que esse é meu estilo...
Ta: Estilo porra nenhuma,isso que você usa não deveria ser chamado de roupa,vamos ao shopping depois da aula.
-Um dia a gente vai no shopping e eu deixo você brincar de boneca comigo, tá? Mas hoje não.
Ta: Desde que a gente se conheceu, que você diz isso.

De repente começou a chover...
E nós corremos

- Salva pela chuva, vamos pra aula?
Ta: Eu vou ali com a Gi,cê vai comigo?
- Não eu vou indo... Ela não gosta muito de mim.
Ta:É porquê vocês não se conhecem direito,vamos?
- Não Tah é melhor assim,eu vou indo,Tchau.
Ta: O
Eu saio e vou em direção ao meu armário,pego meus livros e vou em direção a sala de aula...
Enquanto eu caminhava senti os livros indo ao chão e as minhas costas sendo empurradas.
Isso,eu cai de cara no chão,ouvi umas risadas e eu sabia quem era,era quem eu menos queria ver.

Ni: eai fedorenta,levanta que o chão deve estar se sujando.

Me levanto e ajunto meus livros,não quero discussão.
Ainda mais que são quatro meninos,não daria em nada.
E eu não gosto nem de ouvir a voz do Nicolas.

Lu: Eai nerd não vai dizer nada.
Ni: Ué lucas, você não tá vendo que ela não serve nem pra brigar.
Ed: Deixa ela gente,vamos pra sala.
Ni: Ué Edu,você tá com medo dessa songamonga.
Di:e essas roupas nerd,porquê você não se enrola logo com um pano de chão? Hahaha.
Ni: hahaha ela já faz isso,esses trapo nem é roupa hahaha.

Nicolas puxa meu capuz tentando,mangar de mim e o que eu não queria aconteceu.
Contato visual,conserteza ele viu eu chorando,chorando não eu estava igual à uma cachoeira,será que não basta a pressão em casa,a culpa da morte dos meus pais,a paola me culpando,a Tais querendo mudar o meu jeito, poxa eu ainda tenho que aguentar bullying ninguém aguenta isso.
Saí correndo, nem peguei meus livros,cheguei no banheiro feminino eai que chegamos ao começo da nossa história.
"Era um dia frio como outro qualquer,com a diferença de que estava chovendo mais dentro de mim do que lá fora"
Eu tava sentada no vaso chorando e chorando eu nem sei de onde vem tantas lágrimas,a dor no meu peito é cada vez mais grande...
Eu não queria,juro que eu não queria mas eu tive que fazer ela é a única que alivia minha dor,a única que faz as minhas lágrimas darem uma trégua,minha amiga lâmina.
"E cada vez que ela sentia dor,mas cortes ela fazia"

A dor no meu corpo não era nada comparado à dor da minh'alma.
De corte em corte as lágrimas cessaram.
Me levantei,lavei meus braços e enrolei com um pano que eu tinha no bolso,puxei a manga do moleton e coloquei o capuz,rezando pra não ver nenhum daqueles idiotas.
Sai do banheiro e por sorte não vi ninguém.
Fui pra sala de aula e pedi pra entrar por sorte era a professora Eliza que gosta muito de mim e me deixou entrar.

El: Pode entrar Ana.

Entrei e me sentei na última fileira vi a Taís que logo percebeu e fez sinal pra falar depois com ela. Vi o Nicolas que me olhava de maneira estranha e ainda deu um sorriso;cara esse menino me dá nojo.
A aula passou rápido ainda bem,só quero chegar em casa deitar na minha cama e ouvir música...
Vou chegando no portão e a Taís chega,droga não quero falar com ninguém hoje.

Ta: Anaaa me espera.

Tento fingir que não ouvi e ando mais rápido.
Ela corre e me puxa deixando cair meu capuz,seriamente eu tenho que trocar esse moleton.

Ta: Você não ia me esperar sua va, pera você tava chorando? Porquê?
- Não é nada.
Ta:Foi a Paola,vou matar aquela curuminha, ah se vô.
- não a pa não tem nada a ver com isso,foi o Nicolas e a turma dele.
Ta:eles te machucaram? aqueles covardes.

A gente chega num banco de praça e senta.

- Eles me machucaram mais foi com palavras.
Ta: O quê eles disseram?
- ah ficaram rindo de mim,do meu jeito, o de sempre Tai,mais já passou.
Ta: Idiotas,peraí como passou,você não fez o que eu tô pensando, você prometeu.
- Eu não fiz nada...
Ta: Mostra teu braço.
- não.
Tá: Mostra teu braço, agora Ana Beatriz.
-Não.

Ela puxa o meu braço e o moleton pra cima e vê o pano enrolado.

Ta: Eu sabia,poxa ana você prometeu pra mim que não ia mais se cortar,caramba.
-desculpa...

Minha voz saiu como um suspiro.

Um Amor Tão Improvável.Onde as histórias ganham vida. Descobre agora