Until the Sun Falls from the Sky

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_ Namorada?

_ Não?

_ Eu... Não... Sim! Mas...

_ Eu devia ter pedido antes?

Parei e forcei meu cérebro a se acalmar. Ele era tão lindo, meu Deus. Tinha um arco-íris no lugar do meu estômago. Larguei a caneca no criado-mudo, peguei a dele e coloquei ao lado da minha. Segurei seu rosto nas minhas mãos. _ Meu namorado.

_ Se você quiser.

Cobri a boca dele de beijos curtos. _Sim! Sim! Claro que sim! E sim. Eu vou para Tulsa conhecer sua família gigante e linda. - peguei novamente a xícara, mas tive que largá-la para corresponder ao beijo delicioso do meu namorado.

Foi desse jeito que, três semanas depois, embarquei em um avião com Taylor rumo a Oklahoma, muito morta de medo de que a mãe dele fosse me odiar, que os irmãos fossem me achar chata e que a coisa toda fosse acabar em completo fracasso.

A casa da família dele era enorme. Mesmo porque abrigava várias pessoas. E os pais e irmãos dele eram um poço de gentileza e educação. Me senti imediatamente acolhida, e Taylor parecia genuinamente contente de me ter lá.

A sala gigantesca da casa receberia uma quantidade surrealmente grande de pessoas para o almoço do dia seguinte. Além da família mais próxima, o irmão mais velho de Taylor e o imediatamente mais novo, Isaac e Zac, tinham namoradas que viriam também. E, como num comercial interminável da Polishop, ainda tinha mais: algumas famílias amigas eram esperadas. Me perguntei quanta comida a cozinha seria capaz de produzir para alimentar tantas bocas. Mas Diana, a mãe dele, parecia ter tudo placidamente sob controle e me pediu ajuda apenas para picar alguns legumes, coisa que fiz de muitíssimo bom grado.

De fato, muitas pessoas povoaram a casa aquele dia, incluindo uma garota chamada Rachael, que acendeu um alerta dentro de mim assim que entrou. Talvez por ela ser bonita e mais ou menos da minha idade, mas muito mais porque ela abraçou Taylor de um jeito que fez meu coração se apertar e diminuir até o tamanho de uma uva passa. Não quis fazer nenhuma pergunta, com medo de parecer histérica. E ele também não me deu nenhuma explicação. Mas a presença dela passou a me incomodar. Como se ela fosse um buraco negro sugando toda a minha energia. Tentei de todas as maneiras agir como se nada estivesse acontecendo, como se ela não olhasse para ele o tempo todo, como se eles não tivessem piadas internas, como se eu não achasse que o fato de as famílias serem amigas há anos não criasse entre os dois um laço muito maior do que a minha frágil ligação com ele.

Enquanto todos comiam torta de abóbora, já à tarde, resolvi ir ao banheiro. Precisava respirar. Aquela garota não estava me descendo. Lavei as mãos. Me olhei no espelho. Não tinha comido quase nada de tanta ansiedade, tinha os olhos vidrados de lágrimas reprimidas e queria ir embora. E, claro, quando abri a porta para voltar ao convívio social, ela estava lá. Sorri cordialmente.

_ Layla, não é? Bonito nome.

Ela tinha uma entonação que não era irônica, mas também não tinha nada de simpática. Uma espécie de som monótono e bem articulado. Senti as mãos formigarem.

_ Obrigada. - sorri de novo e dei um passo a frente, mas ela continuou.

_ Há quanto tempo vocês estão juntos? Você e o Tay?

Meu estômago se revirou. O jeito como ela pronunciou Tay. Não tinha a menor condição de ela ser apenas amiga dele. Eu tinha certeza absoluta. _ Alguns meses.

_ Fofos vocês. Ele é uma graça, né? Crescemos juntos.

_ Ah, sim! Suas famílias são amigas. Ele me disse.

A Tempo [completa]Where stories live. Discover now