CAPÍTULO II

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As visões pararam. Seus olhos brilharam diante da janela. Ele estremeceu esfregou as mãos. Tudo era normal, o relógio continuava a correr, a janela estava limpa. Do lado de fora, o vento soprou desesperadamente e a neve girou em torno de sua pegada no oceano dos pensamentos humanos.

O Arcanjo saiu rindo da cabine. Rindo entre as trevas e a morte ele era diabolicamente atraente divinamente belo. Ele já não sabia, mas ele via o Tempo todo ao mesmo tempo, presente, passado e futuro. Eu era a criança que ele conheceria hoje ou ontem e sempre. Por cem anos ele repetiria o passeio até que um dia ele me encontrou.

Ele era adorado pela multidão em sua luz, e caminhava pelo povo com seu mistério. Mas de repente o Arcanjo ficou parado, olhando uma criança humana demônio com descrença.

Seu olhar de tédio era muito semelhante ao seu, o que era realmente horrível em uma criança humana imperfeita. Mas Miguel sempre pensara que as crianças humanas eram criaturas mais próximas do demônio que do criador até a terça parte de suas vidas infantis.

E, no entanto, algo nela atraiu a atenção do Arcanjo. Era você que eu esperava?

Seu olhar era indiferente enquanto a olhou e ele viu o mesmo refletido em seus olhos. Não havia amor, nem adoração, nem admiração, nada além de indiferença e tédio. Como assim? Ele não é o homem mais lindo que já existiu? O arcanjo olhou no espelho de cristal do céu e sorriu com tristeza — ele ainda é tão belo como sempre. O anjo gargalhou se perguntando se enlouquecera mais.

Mas então, por que não há admiração nesta visão? Há um interesse na alma do anjo, com a qual ele não conseguia lidar. Era tão incomum que o próprio Arcanjo se aproximasse de um humano sem uma missão divina, que ele nunca tinha feito isso antes. Ele se curvou para olhar a criança que sustentou o seu olhar. Ela aparentava ter treze anos.

— Qual é o seu nome? — A voz do Arcanjo era grave e séria. Como um rio profundo murmurante era tão bela quanto a morte, mas a criança demônio era indiferente a ele.

— Meia Noite —rugiu a criança, vendo o anjo franzir o cenho a criança riu até esbaforir roncando no rosto imortal até bocejar entre sono e tédio. No fundo a curiosidade brilhava em seus olhos.

— Hmm ... Meia Noite — repetiu o anjo. Este é o nome que ele realmente nunca poderia esquecer. Pela primeira vez um homem poderia não o amar. Uma criança humana que levava esse nome incomum. Isso o lembrou do seu próprio nome. — Miguel— ele ainda poderia o ouvir sussurrar de um passado tão distante quanto o tempo. Em hebraico, seu nome Miguel significa — aquele que é como a Deus—. Ao que sua humildade angelical deu a interpretação: — Quem como Deus? — Quis ut Deus? Para o anjo mais humilde do céu, ninguém era como Deus, nem mesmo ele.

Mesmo através da sua dor ele sabia. Pela primeira vez em sua existência Miguel sentiu que finalmente poderia chorar. Quem é essa humana, no entanto? O anjo a contemplou. Os seus olhos verdes brilhavam com interesse, e o anjo sentou— se no chão, com suas vestes brancas, perto do novo conhecido. Sentido o peso de sua dor ele ainda assim fez uma piada que ela talvez nunca entenderia sobre anjos e demônios. Ela não sabia sua natureza inumana.

O AMOR E A LOUCURA DE MIGUEL ARCANJOWhere stories live. Discover now