Eu quero, mas não posso evitar.
Eu amo a sensação disso.
Acabo de me deixar preso entre a minha fantasia e o que é real.
Eu preciso disso quando eu quero
Eu quero isso quando não quero
Digo a mim mesmo que vou parar todo dia sabendo que não vou.

- O que você quer comer? - eu ouvi a voz de Castiel e me permiti sorrir.

Mas quando olhei para cima, era apenas outra das minhas fantasias, onde era ele que eu encontrava quando chegava em casa.

Lá estava Lisa, sorrindo e com o Frango na mão, perguntando se eu gostaria de ter a coxa ou o peito.

Eu gostaria de ter o Castiel. - minha mente, traidora, me acusava.

- Tanto faz. Eu tive um bom almoço hoje, eu não estou com tanta fome. - eu disse e sorri para a tranquilizar.

- Eu sinto muito por não ter preparado seu almoço hoje, você comeu em um restaurante? - Ela perguntou e eu tentei, de todo o modo, não deixar minha cabeça voar para as lembranças do meu horário de almoço.

- Sim, um bom restaurante.

Castiel sorria fechando os botões da camisa, enquanto eu, tentava tirá-la novamente. Ele estava sorridente e calmo.

Estávamos em seu apartamento, lugar que nesses três últimos anos, eu conhecia muito bem.

- Eu fiz almoço para você, você precisa levantar ou vai se atrasar. Vamos Dean, você precisa comer. - Eu levantei entrando em minha Boxer e passando por ele, em direção a cozinha.

- Eu poderia comer você. - eu disse quando sentei a mesa e ele começou a me servir.

- Você nunca está satisfeito. - Ele disse rindo.

Não Castiel. Eu nunca estou satisfeito.
Eu nunca consigo parar.

- isso está divino! Você será um ótimo marido! - eu disse enquanto colocava mais da comida em meu prato.

- quem será a sortuda?

- Serei eu, Castiel. Você é meu! - eu disse em um tom de brincadeira, mas aquilo era sério.

- Não é como se pudéssemos ter algum real compromisso, algum rótulo. Você já tem alguém.

- Castiel, eu vou resolver...

- Não, Dean, você não vai. Se tivesse que deixá-la, você já teria feito. Esqueça isso, vamos almoçar, não é como se eu pudesse te culpar. Eu sabia onde estava me metendo.

Eu quis gritar, eu quis dizer a ele que as coisas se acertariam, que eu iria sim deixá-la. Que eu seria apenas dele, como ele era meu.

Mas eu não o fiz. E o almoço se seguiu em um silêncio desconfortável.

O mesmo silêncio que assombrava a sala de jantar, onde estávamos eu Lisa.

Eu tenho um problema e eu (não sei o que fazer a respeito)
Mesmo se eu não soubesse, eu não iria parar
Eu estou dominado por esse pensamento

E eu sei o quanto isso é verdade.
Baby, você se tornou meu vício
Estou tão viciado em você que eu mal posso me mexer
Mas eu gosto disso e é tudo por sua causa.

Eu andava pelo corredor da casa, ensaiando com entrar naquele quarto, Lisa não parava de dizer o quanto nunca superaria a perda do nosso pequeno bebê.
Mas que ela estava pronta para tentar novamente.

Because of you.Onde as histórias ganham vida. Descobre agora