Solto uma gargalhada alta.

— Desculpa, velho. — Digo tentando parar de rir. — Mas vamos combinar, que depois de um tempo ficou engraçado essa história, vai?

Ele ri debochado.

— Pelo menos ela não me ligou depois de um tempo para dizer que só ficaria comigo de novo se eu fosse a última pessoa da terra.

Parei de rir.

— Pesado, cara. — Eu ri, mas meu coração ainda dava uma pontada ao lembrar disso.

Ele coçou a cabeça sem jeito.

— Muito cedo para fazer piadas com isso né?

— Deveras cedo.

Então olhamos um para o outro e começamos a rir como hienas.

— Você está indo para casa, ou para dormitório? — Ele pergunta despreocupado.

— Para dormitório. — Ajeito meus óculos de grau. — Por que?

Ele enfia as mãos nos bolsos e dá de ombros.

— Vou deixar você lá.

— Obrigada, Dare. — Bato em seu braço. — Mas não vai ficar longe para você voltar depois não?

Ele abaixa os óculos.

— Nada, minha moto está perto da Ashford. — Ele ri olhando uma garota que passou ao lado dele, olho para ele e reviro os olhos. — O que? Eu não sou cego, oras! E olhar não arranca pedaço. — Ele levanta os óculos e pisca para a garota que sorri sem jeito.

— Vou conversar com a Michaela depois, — digo com deboche. — Ver se ela concorda com isso.

Ele balança a cabeça.

— Você consegue ser estraga prazeres, velho.

— Não sou estraga prazeres. — Digo sendo sincera. — Só não entendo porque de você estar namorando, se sente vontade de estar com outras garotas.

Ele ri.

— Eu nunca disse que queria estar com outras garotas...

— Ah não, e...— Ele coloca a mão na minha boca, levanta os óculos e olha de um lado para o outro.

— Você prometeu, lembra?! Cala boca. — Ele tira a mão da minha boca e eu começo a rir.

— Isso que eu chamo de cagaço, viu?

— Louise, dá para parar? — A voz dele é séria.

— Ta bom! Não falo mais sobre isso. — Cruzo os dedos indicadores na boca.

— Nós temos um pacto sobre isso, é bom que você cumpra a sua parte nele. — Ele me lança um olhar de canto.

— Não me ameaça, caralho! — Digo aos risos.

— Não estou. Só averiguando se você ainda se lembra. — Ele pisca.

Viramos a esquina e Ashford estava logo a esquerda.

— Bom, você quer saber como é um dormitório de universidade?

— Tem certeza que eu posso entrar? — Pergunta em dúvida.

— Pode sim. É dormitório misto. — Dou de ombros. — . Não que garotos e garotas dividam o mesmo quarto, mas dividem o mesmo corredor. É sempre dois colegas de quarto por dormitório, então... — Sorrio.

— Eu entendi, Louis. — Ele passa o braço por de trás do meu pescoço e beija meu cabelo de lado. — Bora lá conhecer seu quarto de garotinha.

A garota deixada para trásWhere stories live. Discover now