Capitão América ✔

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Narrado em primeira pessoa.

Nunca pensei muito em como iria morrer.

Mas morrer junto à alguém que você ama, me parecia uma boa ideia.

Meus pés entraram em contato com a areia macia e eu pude respirar fundo, sentindo a brisa vinda do mar bater contra meu rosto. O sol brilhava e não havia nuvens no céu - definitivamente, era o dia perfeito.

Caminhava com calma, pensando em tudo o que passei até aqui. Tudo o que passei nesses vinte e cinco anos de vida.

Até esbarrar em alguém.

- Ah, me perdoe. Eu estava distraído.

- Tudo bem. Eu também estava. - O homem me estendeu sua mão para me ajudar a levantar e então eu encarei seus olhos tão azuis quanto o mar e tão tempestuosos quanto uma tempestade em auto-mar. - Oh, perdão. - Soltei sua mão logo após perceber que o estava encarando há um bom tempo.

- Tudo bem. Mais uma vez, desculpe.

(...)

Eu nunca fui de pensar muito nas pessoas, mas ele não saía de minha cabeça. Sua imagem alta e forte vinha à minha mente todas as vezes que eu fechava os olhos ou me distraía.

Então resolvi me distrair com outra coisa.

Estava tendo uma festa num quiosque à beira do mar, várias pessoas comemoravam não sei o quê com cantoria animada, danças, muita comida e bebida. Então, por que não participar?

Me sentei no balcão e pedi um coquetel.

Depois de alguns minutos, um homem se sentou ao meu lado.

- Juro que não estou te perseguindo. - Reconheceria sua voz rouca em qualquer lugar.

Me virei, dando de cara com aqueles lindos olhos azuis.

- Não se preocupe. Sei reconhecer um psicopata. - Sorri. - Aliás, S/N. - Estendi a mão para ele.

- Rogers. Steve Rogers.

- É um prazer conhecê-lo, Rogers.

Passamos boa parte da noite conversando e, quando deu mais ou menos dez horas, saímos do quiosque e começamos a andar pela areia e então nos sentamos para apreciar o mar e as estrelas.

- O que faz aqui? - Ele me perguntou de repente. Num impulso, encolhi os ombros, lembrando do real motivo de eu não estar onde deveria estar.

- Bem... Eu acho que só... Dando a mim mesma uma nova chance de viver. Um recomeço.

- Então somos dois.

- E por que está aqui sozinho?

- Eu só queria aproveitar. Sem ninguém me enchendo. Apenas eu e o mundo. - Ele deitou na areia, colocando as mãos como travesseiro e eu fiz o mesmo. - Mas e você?

- Eu apenas não queria que ninguém me visse, nem falasse comigo. Eu queria fazer isso sozinha.

- Isso? Isso o quê? - O encarei.

- Nada com o que deva se preocupar, Rogers. - Lhe lancei um sorriso.

- Sinto que nos tornaremos amigos, S/N.

- Já somos, Rogers. Só não vale se apaixonar por mim como um daqueles clichês.

- Não se preocupe. Não vou.

(...)

Os dias foram se estendendo e cada dia que passava eu me sentia mais feliz. Estava cada vez mais próxima de Steve.

AVENGERS [imagines]Where stories live. Discover now