- Calma... Só relaxa e respira, vai dar tudo certo. - Tento acalma-la.

Desço do carro e dou a volta para abrir sua porta, estendo a mão e ajudo ela sair do carro. Caminhamos de mãos dadas até as escadas da frente e somos surpreendidos quando Thony abre a porta para nós.

- O que diabos você faz aqui? - Pergunto irritado.

- Eles ... - Théo para sua pergunta pela metade assim que nos vê.

- Só pode ser brincadeira.

- Alice, você esta linda! - Estico o braço impedindo que Théo a abrace.

- Sou obrigado a concordar. - Meu sangue ferve.

- Parem de dar em cima da minha mulher inferno! - Grito exasperado.

- Olá meninos e obrigada. - Alice me ignora completamente, se desvencilhando dos meus braços e abraçando os dois ao mesmo tempo.

- Porque estão demorando tanto? - Mamãe pergunta aparecendo na porta também. - Querido! Vocês chegaram! - Sou acolhido pelo seu abraço carinhoso.

- Oi mamãe.

- E você deve ser a Alice! - Exclama me soltando e indo abraçar minha loirinha. - Meu Deus, como você é linda querida.

- Obrigada senhora Bennett... - Agradece com as bochechas rosadas.

- Pode me chamar de Estela querida, ou Télinha. Nada de senhora, por favor. Agora vamos entrar, o jantar esta pronto.

Mamãe nos puxa para dentro da casa e encontramos o papai sentado no sofá da sala. Ele se levanta assim que nos vê e vem em nossa direção.

- Filho! - Abre os braços com um sorriso no rosto e eu o abraço apertado.

- Oi papai, essa é a Alice... minha namorada. - Vejo ela arregalar os olhos com minhas palavras.

- Bem vinda querida! - A abraça assim como fez comigo.

- Obrigada senho...

- Otávio, me chame apenas de Otávio meu bem. - Alice fica ainda mais vermelha e tenho que me controlar para segurar o riso.

- Agora que todos se conhecem, venham jantar antes que esfrie. - Somos arrastados para mesa pela mamãe.

O jantar correu tranquilo, meus pais adoraram Alice e a trataram como se fosse uma filha. Já Thony e Théo, passaram o tempo todo soltando suas pérolas e ganharam um belo puxam de orelha da dona Estela, que nos fez rir até sair lágrimas dos olhos. Toda tensão e medo que senti em Alice, foi se esvaindo conforme os minutos iam passando.

- Télinha, diz que você fez aquela torta de sobremesa, por favor... - Thony pede com as mãos unidas em suplica.

- Mais é claro que sim, não podia deixar meus meninos com vontade. - Vejo meus dois amigos se levantarem correndo, beijando as bochechas da mamãe, um de cada lado e depois correrem até a cozinha.

- Meninos! - Papai grita em vão, tentando fazê-los voltar.

- Eu sou o único civilizado dessa família. - Falo olhando Alice sorrir.

- Até parece, se você não estivesse aqui querida, tenho certeza que ele estaria na cozinha disputando aos tapas, o maior pedaço de torta.

- Papai! - Grito exasperado.

- Ela precisa saber meu filho. - Da de ombros.

Mamãe nos serve sua deliciosa torta de chocolate com morangos e assim como todos nós, Alice se apaixona pelo doce.

- Meu Deus! Eu quero me casar com essa torta!

- Fico feliz que tenha gostado querida, o último pedaço é todo seu. - Declara sobre os protestos de Thony e Théo.

- Obrigada! Desculpa meninos, mais eu não vou dividir. - Alice provoca divertida.

- Isso não é justo. - Dessa vez até eu entro no coro dos protestos.

- Meninos, deixem de serem mimados. - Papai nos repreende.

- Desculpa senhor "O".

- Henry é nosso único filho de sangue, mais Théo, Ema e Thony, são nossos filhos emprestados. Amamos os quatro da mesma forma e não abririamos mão de nenhum. - Papai explica para Alice.

- Isso é muito bonito senhor Otávio. - Confessa sorrindo, mas percebemos a tristeza em sua voz.

- Alice perdeu os pais e não tem nenhum parente vivo. - Respondo a pergunta silenciosa que mamãe me faz.

- Ah meu bem, eu sinto muito. Se você nos aceitar, te acolheremos com o mesmo carinho que tenho pelos meus filhos, verdadeiro e emprestados. - Mamãe declara e Alice sorri enxugando uma lágrima solitária que escorreu pelo seu rosto.

- Eu ia adorar...

Mamãe se levanta da cadeira e puxa Alice para os seus braços, papai faz o mesmo e eu imito seu gesto. Logo Thony e Théo, se juntam ao abraço coletivo.

- Seja bem vinda minha filha. - Papai pronuncia fazendo minha loirinha derramar mais lágrimas, agora de alegria.

- Obrigada...

Aos poucos todos voltam aos seus lugares, mas eu continuo em pé segurando Alice contra o meu peito. Ela levanta os olhos para mim, me fazendo mergulhar em sua imensidão azul, e profere as palavras mais lindas e cheias de significado que eu poderia ouvir.

- Eu te amo.

- Eu te amo

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Submissão - Série Domados ▪ Livro 1 (+18)Where stories live. Discover now