Capítulo 02

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Estou na floresta, no riacho, eu nadava traquilamente até ouvir um barulho horrivel e depois gritos. Me visto e corro o mais rápido possivel e vejo minha casa em silêncio.

Entro e encontro tudo ali destruido e sangue estava espalhado.
- MÃE... PAI... ISABEL.. ESTÃO AI? - Grito e ninguém responde. Vou até o meu quarto e vejo minha mãe no chão agonizando.
- MÃE! - Me ajoelho ao seu lado e me desespero. Seu corpo está todo machucado.
- Filha,
- Mãe cade o pai e a Isabel? O que aconteceu?
- Eles..- Começa a tossir sangue - Lilian, encontre ele
- Ele quem?
- Você é mais forte do que pensa... Só precisa encontrar o... - Tosse novamente e fecha os olhos e eu começo a chorar.
- Poupe suas forças
-Não... Você já vai encontrar aquele que irá te apoiar e te dar força que precisa... Só falta aquele que.. - Ela para e sinto sua respiração parar
- MÃE - Grito e abraço seu corpo.

Escuto um uivo lá fora, pela janela vejo o lobo preto de olhos vermelhos intensos me encarando. Ele se vira e olha para uma sombra.'

Acordo assustada as cinco da manhã, me levanto, me troco, escovo os dentes e arrumo meu cabelo e desço antes de todos. Antes verifico minha mãe e ela está bem.

Organizo o café da manhã deles e tomo o meu, pego minha mochila e saio de casa.

Vou em direção a floresta, eu precisava sair de casa hoje. Que sonho foi aquele? De quem será que minha mãe se referia? Será que eram aquele lobo e a sombra? E meu pai e Isabel? Onde estavam? Ela disse que iria encontrar alguém... Quem? Meu companheiro? Impossível.

Olho o relógio do celular e ainda são seis e meia, e a aula começa as oito horas. Começo a caminhar até a colina e que isso demora um tempo. Quando chego, me sento e vejo minha marca própria em minha perna esquerda.

Como tatuagem... Aquela que marca sua pele para sempre, sem alterações. A marca própria dos lobos é original para cada um, cada lobo existente tem a sua.

O lobo que pode ser original, que masceu assim, como eu, ou se transformou, irá ter sua marca original. Podendo ser formas, figuras... diferentes sempre.

A Lua quis que nós fossemos únicos, mas também decidiu que nós deveriamos nos identificar com as que eu chamo, carinhosamente de: Quatro marcas.

Quatro marcas e somos definidos como fortes ou fracos, alfas ou ômegas.

As minhas quatro linhas de ômega estavam no meu pulso logo abaixo da minha marca própria.

A minha marca é pequena. É um triângulo com um contorno de uma loba branca.


Infelizmente somos definidos assim, nasci com as quatro linhas e quando fiz 15 anos a marca própria nasceu.

A última se só consegue com seu companheiro.

No meu caso, isso é meio difícil, sabe?

Escondo minhas coisas nos arbustos, tiro as minhas roupas e me transformo, eu começo a correr. Liberdade em forma de vento.

Vinte minutos depois eu volto a colina e me transformo em humana. Olho as horas e são 7h30. FINALMENTE.

Pego minhas coisas, coloco minhas roupas e vou para a escola que era perto das colinas.

Prometida do SupremoOnde histórias criam vida. Descubra agora