Capítulo dois

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Sábado, acordo tarde, tomo um café e alguns remédios pra dor de cabeça e depois vou pro banho. Assisto séries durante o dia e espero o tempo passar. No final da tarde, recebo uma ligação de um número desconhecido, atendo.

- POR FAVOR, NÃO DESLIGA ME DEIXA FALAR COM VOCÊ - diz a voz desesperada do outro lado da linha.

- Victor, eu não estou com cabeça pra falar com você. 

- Por favor Fê, me escuta.

- Ok, diga o que você quer. - respondo.

- Vamos conversar, pessoalmente, por favor? Eu juro que depois dessa conversa, vou respeitar sua decisão, e se você quiser, nunca mais apareço na sua frente. - pede Victor.

- Eu não deveria nem pensar nisso, mas ok, tô te esperando aqui em casa, não demore. - digo antes de desligar.

15 minutos depois, o porteiro interfona e digo que pode deixa-lo subir. A campainha toca e vou abrir a porta.

Uma coisa que não posso negar é a beleza de Victor. Mesmo aparentando estar cansado e um pouco mais magro, meu ex continuava lindo.

- Entra, Victor. - digo dando espaço para que ele passasse.

- Posso te dar um abraço primeiro? 

- Victor, não abusa. - respondo.

- Estava só brincando, amor. - provoca Victor sentando no sofá.

- Então, o que você queria me dizer?

- Fê, eu sei que errei com você. Sei que não fui o cara que você merecia, mas eu mudei, e estou disposto a mudar mais o que for preciso pra ficar com você. Esses últimos meses estão sendo os piores da minha vida, porque eu preciso de você. Cada vez que eu tentava falar contigo e você fugia, eu ficava mais e mais acabado. Eu amo você Felipe, e sei que você também me ama. Eu só te peço que me dê apenas mais uma chance de tentar. Eu sei que sou ciumento e exagerado, mas isso é insegurança e medo de te perder. Então por favor, volta comigo, eu não consigo mais fazer isso sem você. Por favor. - Diz Victor, já próximo a mim.

Fiquei meio sem saber o que responder. Eu realmente ainda gostava de Victor, mas estava empenhado em esquecê-lo, mas ele pareceu tão sincero que já não sei o que fazer. Decidi que iria dar mais uma chance.

- Victor, se vamos fazer isso, você vai ter que se controlar e entender que você é meu namorado, não meu dono, nem meu pai. Não vou tolerar suas crises de ciúmes. Vou continuar saindo, não vou me privar das minhas amizades pra te agradar. Só amor não é suficiente pra um relacionamento dar certo, você precisa me respeitar e confiar em mim. Eu te amo, e se estou com você é porque eu quero, então por favor não me faça me arrepender disso, ok?

Não escutei a resposta de Victor, apenas senti seus fortes braços me abraçarem e sua boca encostar na minha, me beijando como só ele sabe fazer.

- Eu te amo, vou te fazer a pessoa mais feliz do mundo, eu te juro. - disse ele, antes de voltar a me beijar.



INCONSTANTE (ROMANCE GAY)Where stories live. Discover now