👑 Capítulo 1👑

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3 Meses atrás ...

🔥Alana 🔥

— Alana! — ouço o grito histérico da minha amada tia ecoando pelo corredor. Eu acho que é assim que as trombetas do apocalipse soa quando o fim esta proximo.
Minha porta é aberta abruptamente e minha tia entra no meu quarto, se é que você pode chamar esse cubículo de quarto, pelo rosto vermelho e os cabelos loiros normalmente em um coque rígido desgrenhados e se o seu olhar de ódio for alguma indicação creio que ela estar furiosa. Analiso rapidamente tudo que eu fiz essa semana para merecer a fúria do dragão logo de manhã.
meu sangue gela quando meus olhos param no objeto em sua mão.
O livro

—Merda! —digo baixinho e me sento na cama.
Esse livro eu ganhei da minha mãe antes dela morrer é apenas uma história boba fictícia, no entanto, minha tia como uma boa cristã louca que é o repudia.
Como será que ela o encontrou? Eu tenho certeza que estava guardado dentro de uma caixa no fundo do guarda-roupa.

— Alana eu já proibi que você lesse esse livro, esse livro cultua o demônio e cultaras pagãs não são aceitos nessa casa, e enquanto você viver sobre o meu teto eu não permitirei esse tipo de sacrilégio de baixo do meu próprio teto.

—Eu também disse que não iria me livrar dele, foi um presente da minha mãe e se a incomodada se livre de mim, mas ambas sabemos que você não pode fazer isso até eu completar meus 18 anos não é titia? — digo com ironicamente.
Quando minha mãe morreu ela não tinha parentes próximos além da sua irmã adotiva mas velha, da qual nunca se deu bem, como ela sabia que minha guarda ía para sua adorável irmã, minha mãe vinculou uma quantia de 30 mil dólares para minha tia em uma conta bancária, a qual ela não acesso até eu completar 18 anos, contanto, se eu fosse cuidada e bem tratada.
Mas infelizmente o conceito de bem tratada pra minha tia é diferente do meu.
—Sua mãe..—ela dize com escárnio -Sua mãe era uma promíscua assim como você, uma Jezebel do inferno que encantava todos com aquela falsa doçura, a boa moça e filha pródigo, mas eu via o que ela realmente era, assim como eu vejo você e ambas são desova do diabo.

Sinto meu sangue ferve ao ouvir suas palavras. Normalmente eu não ligo quando ela me ofende, mentira, vamos reescrever a frase.
normalmente eu não ligo muito que ela me ofenda prefiro manter minha sanidade e me manter longe da prisão, não que isso aqui seja muito diferente. Entretanto, eu consigo controlar a raiva que ferve no meu interior só esperando a hora de torrar ela inteira, mas ofender minha mãe... é como jogar uma bomba em um vulcão preste a entrar em erupção.

Quando olho sobre o ombro da minha tia e encontro os olhos verdes da Barbie Cristã que me da um sorriso malicioso enquanto se vira entrando na cozinha e eu apenas sei que isso tem o dedo dela.
Aquele cadela de rua não pode simplesmente me deixar em paz.
Helen continua gritando e pregando sobre os males que me permeia.

Respiro fundo e tento controlar minha raiva, o fogo querendo sair de mim.
Eu posso sentir a energia familiar correndo através de mim, meus dedos coçam, minha pele aquece. Antes que eu perceba, eu estou a jogando contra a parede com umas das minhas mãos enrolada firmemente em seu pescoço.
Me aproximo e sussurro contra seu ouvido.
—Não ouse nunca mais falar mal da minha mãe, você nunca e eu digo nunca mesmo será a metade da mulher que ela foi, melhor nunca mais quero ouvir o nome dela saindo dessa boca falsamente moralista.— Respiro fundo novamente e tento manter o resto de calma que em mim habita.
Da última vez que eu perdi o controle... Digamos que não acabou muito bem.
Coisas ruins acontece quando eu perco o controle. Coisas muito ruins.

Largo seu pescoço e dou alguns passos para trás. Quando nosso olhos se encontram ela solta um arquejo  assustado e se encosta mais contra a parede em pânico.

Merda !

Ela já me acha a reencarnação do anticristo, depois disso então ... sei que meus olhos estão com os completamente negros. O que é uma visão que não me favorece muito, quase infartei a primeira vez que aconteceu.

—Vo-você é-é fi-filha do Satã — ela gagueja e se arrasta pela parede até chagar a porta. — ela devia ter afogado você na banheira quando nasceu.- ela deixa meu livro que só agora reparei que ainda estava em suas mãos cair no chão e se vira para ir embora. Fazendo um sinal da cruz antes de sair pela porta.

Me sento na minha cama novamente e passo a mão pelo rosto, preciso dar um jeito de sair desse inferno o quanto antes.
Graças a Deus falta 2 semanas para o meu aniversário de 18 anos e a formatura do meu último ano está chegando, eu vou poder pegar minha herança, minhas malas e da um fora desse inferno, porque se eu ficar mais um tempo nessa casa vou acabar cometendo assassinato e não vai ser qualquer crime não, vai ser daqueles que aparece no jornal das 19;00.

Me levanto e me olhou no espelho, meus olhos já voltaram ao normal, estão azuis novamente. Em certos momentos eu acho que ela estar certa em pensar que eu sou filha de Satã, sério não é sendo auto crítica nem nada, mas não tenho mais o controle da minha vida simplesmente coisas estranhas acontecem e eu fico de longe como uma espectadora. E a cada dia que passa as coisas ficam mais loucas e eu ... Eu acabo machucando pessoas mesmo sem intenção. Frashs daquela noite passando pela minha mente, o fogo, os gritos e o silêncio.

Antes que eu me perca em meio as lembranças decido sair dessa linha de pensamento, não estou afim de uma viagem só de ida pra auto piedade.
Me dou uma última olhada no espelho e vou me arrumar para escola.  Mas antes
me agacho e recupero o livro e o coloco dentro da minha mochila, não vou arriscar que ela o encontre de novo. Abro o guarda roupa e pego uma calça jeans azul clara de cintura alta, um croped preto e minha boa e velha jaqueta de couro, minhas bota de cano curto com salto grosso e vou para o pequeno banheiro no fim do corredor.

Saio do banheiro e me dirijo para a cozinha e passo direto pela sala de jantar no qual não sou permitida. Me sento em uma das cadeiras do balcão e observo Marieta, que é a empregada da família, colocar um prato com panquecas na minha frente com um sorriso doce ela me comprimenta;
— Lana querida, fiz suas panquecas preferidas — Ela enche um copo com suco de laranja e coloca do lado do meu prato.
—Muito obrigada Mari.— me equilibrando no balcão me estico e estalo um beijo em sua bochecha rechonchuda. Me sento sento novamente e ataco essa delícias a minha frente, soltando um pequeno gemido de apreciação, Marieta sabe fazer as melhores panquecas do mundo. Ela me da aquele olhar de quem sabe que me tem aos seu pés.
— Vou termina de levar o café querida —  concordo com a cabeça enquanto ela pega uma bandeja em cima da mesa e sai pela porta, Marieta é a única pessoa nessa casa que eu irei sentir falta quando eu for embora, pra falar a verdade assim que eu me estabelecer eu planejo roubar ela pra mim, ninguém merece trabalhar nessa casa.
Termino rapidamente meu café quando olho o relógio na parede em cima da pia percebo que já são 7 horas, hora de ir para aquele zoológico que eu chamo de escola.
Deixei a mochila no quarto, então, me levanto e vou correndo buscá-la.
Passando pelo corredor ouço as vozes da família pesadelo na sala de jantar, tento não escutar, mas quando eu ouvi meu nome eu dei uma pequena guinada e me apoiei na parede do corredor.
Me julguem, mas eles estão falando de mim e nem se quer me convidaram !
—... Assim que ela completar dezoito anos eu vou jogar ela no olho da rua.— ouço a voz anasalada da minha tia
— Querida, ela é uma boa menina que precisa de Deus pra guiar seu caminho. —diz aquele porco do Armando, marido da Cobra, só de pensar naquele idiota sinto o bile na minha garganta.
— Concordo com a mamãe. Abrimos o coração, a nossa igreja e onosso lar para Alana e vejo como nós retribui com insultos e deprezo pelos nossos custunes, por mim a gente expulsava ela hoje mesmo.— descido não ouvir mais conversa, até porque eles não disseram nada que eu não saiba, eles não me querem aqui e eu não quero estar aqui então acho que estamos de acordo. Continuo andando em direção ao meu quarto, pego minha mochila em cima da cama e a chaves do carro no criado mudo. Abro a mochila para garantir que o livro ainda estava ali e respiro aliviada ao ver o couro desgastado, minha mãe amava me contar sobre o reinos de Argo antes de eu dormi com toda sua magia, então, quando ela morreu e o fogo levou tudo esse livro foi a única coisa real que me sobrou dela.

Saio pela porta da cozinha vou em direção a garagem, olho em volta dos SUV e BMW até encontrar meu bebê, um Impala 98 preto que eu ralei muito para pagar, ele tá um pouco caidinho e ta precisando de uns concertos mas nada que uma nova pintura e uma mecânico (quando eu puder pagar) não resolva. Entro e jogo minha mochila no banco do passageiro, coloco a chave na ignição e rezo para que funcione na primeira tentativa, viro a chave na ignição e sorrio quando eu ouço o ronronar famíliar.
—Por isso que a mamãe te ama — dou partida e o motor morre.
—Menino mal.

A Rainha PerdidaWhere stories live. Discover now