Capítulo 44 - Brigas, beijos e... Casa comigo?

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- E você me deixa uma carta e foge!? Muito maduro da sua parte - ele debochou.

- Carta?

- É, ou você não escreveu isso? - ele balançou o papel rabiscado na minha frente.

- Quem te deu o direito de mexer nas minhas coisas?

- Ela era pra mim e não estava exatamente guardada!

- Não tinha seu nome em lugar nenhum! - comentei tentando alcançá-la, mas ele não deixou, a afastou com um braço e me puxou para si com o outro, Analu era a única coisa que nos impedia de não termos cada parte nossa colada ao outro.

- Por que você fez isso? - ele perguntou num sussurro e eu senti meu coração bater descompassado. - Por que não ouviu tudo? Por que me deixou aquele cheque?

- Você acha mesmo que eu ia ficar ouvindo você falar que não me queria por perto? O que acha que eu sou? E o cheque é simples, se fosse pra começar alguma coisa com você, não queria aquele dinheiro, nada paga pela vida dos meus filhos, nada!

- E você não podia falar isso como uma pessoa civilizada, não? Tinha que armar uma cena, fugir? - ele acusou e eu tentei me desvencilhar do seu aperto.

- Me solta! E não, eu não fugi! Se eu quisesse tinha ido! Levava Analu e você nunca ia nos encontrar! - berrei com lágrimas nos olhos. - Seu idiota!

- Você não faria isso - ele respondeu com convicção olhando em meus olhos e secando minhas lágrimas com as pontas dos dedos. - Você não ia por que seu coração é grande de mais para deixar Drew para trás. Eu sei que nunca faria isso e é por isso que eu te amo.

- É, eu não iria, eu... O que disse!? - perguntei sem acreditar e Anthony sorriu beijando minha testa.

- Disse que amo você, Elisa Christine Banks. Com cada loucura e defeito. Amo você, amo nossos filhos, amo a família que construimos juntos, amo acordar de manhã e te ver ao meu lado, amo sua comida, sua companhia. Então, por favor, não faça mais algo como isso. Se alguma coisa que eu fizer te incomodar, grite comigo e me atire coisas como gosta tanto de fazer, mas não vá embora, por favor, nunca mais.

Eu tinha ouvido suas palavras, mas não conseguia entender o que elas diziam, o "Eu amo você" não me deixava pensar em mais nada, ele me amava e me queria por perto.

- Eu também amo você, seu idiota! Mas por que você não disse isso antes!? - perguntei usando a mão livre para bater nele, lá estava eu chorando outra vez. - Por que me fez acreditar que não queria que eu ficasse? - ele segurou minha mão sorrindo e me beijou, Analu se remexeu em meu colo animada de mais com toda a comoção ao seu redor para se assustar. Anthony se separou de mim me encarando com um sorriso tão grande que sorri também mesmo que não soubesse o motivo.

- Você acha mesmo que eu não te queria por perto? Sério, Elisa? Suas coisas no meu guarda-roupa, sua escova de dentes no meu banheiro e o fato de que Jane já a considera minha mulher, não foram o suficiente pra você, não?

Essa foi a minha vez de sorrir.

- No dia em que os gêmeos nasceram, você disse a atendente que eu era sua mulher, aquilo era sério? Eu não tive coragem de perguntar, mas queria saber. É isso que eu sou? Sua mulher? - perguntei com o coração a mil, era isso, né? Ele já tinha dito que me amava, então só podia ser isso. Eu não me importava de estar me comportando como uma criancinha a espera do presente de natal, só queria sua resposta.

- O que você acha? - ele riu me beijando. - Você é minha mulher, Elisa. A única capaz de me fazer rir e me estressar com a mesma facilidade. Eu tinha imaginado fazer isso hoje a noite num jantar romântico em um restaurante caro, mas já que planos obviamente não funcionam com a gente, eu quero saber se você, Elisa Christine Banks, quer se casar comigo? - ele perguntou tirando uma caixinha de veludo preto do bolso e se ajoelhando a minha frente. Nesse momento eu não conseguia mais conter as lágrimas que agora rolavam como uma cachoeira pelo meu rosto.

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