Ele é meu segurança?

3 0 0
                                    

Nós, as quatro garotas mais populares do colégio passamos pelo corredor. Não posso dizer que me impressiono quando noto olhares de inveja sobre mim, eu sei que todos queriam ser eu. Porém isso não vem ao caso, um caso perdido olha pra mim, quero dizer :Vinicius. Até eu estar andando e ele segura meu braço após me chamar e eu ignora sem nem ao menos olhá-lo.
-SOLTA AGORA.- digo bem perto da sua boca para provocá-lo e firme o encarando pela primeira vez desde o acontecido.- ele solta devagar.
-Ei para, precisamos conversar, eu te amo cara...cê sabe que se fosse qualquer outra garota eu não ligaria mais.-diz ele querendo me convencer talvez a voltar, mas dessa vez não, dessa vez acabou e dessa vez eu tenho a certeza que estou muito melhor sem ele.
-Acabou? Aliás não ligaria, concordo contigo, sou insubstituível, eu sei. Meu tempo com você acabou, tchau.
-Um grupo de garotos do outro terceiro ano passa e diz perto de nós dois quando estou saindo:
-Ih mané vai voltar a ser chifruda, Angeline?-o grupinho ri e algumas pessoas no corredor também.
Me viro pra olhar pros garotos.
-Fica na tua. - diz Vinicius indo pra cima do que disse, eu tento manter a situação sem briga e tomo a frente.
-Claro que não meu anjo, tempo pra canalha eu não tenho. Ai sinceramente Londres estava tão  deslumbrante como sempre que eu nem me lembrava dele e nem de ninguém desse colégio. -termino dizendo. -Toca o sinal, vamos pra salas.
Enquanto no colégio converso com todos, sou bem comunicativa. Conhecida no colégio, meu jeito posso garantir que tá diferente a única coisa que ainda me incomoda é quando vejo aquela vagabunda e ele que toda vez que me vê encara. Apesar de eu ter superado vê-lo é complicado.
Meu motorista me busca, vou pra casa, não tenho curso nem nada hoje, posso descansar.
Abro a porta e pra minha surpresa: John.
-John?-digo
-Angel- ele diz.
-Vocês se conhecem?- diz minha mãe ao levantar a cabeça após terminar de ler uma revista da voggue.
-Estudamos no mesmo colégio. Só não entendo porque você tá aqui.- digo, meu pai aparece fechando a porta do escritório.
-Filha.- diz meu pai, me dando um tapinha nas costas. -Vejo que já se conhecem, ótimo, poupa toda apresentação e irei ao ponto.-John a partir de hoje é nosso segurança a tarde durante a semana e aos fins de semana, que inclusive, será o seu motorista e segurança.
-QUE? E O ALBERTO? MAS NEM O ALBERTO ERA MEU SEGURANÇA- respondo furiosa, como ele pode me tratar como seu tivesse treze anos quando tinha segurança. E como John aceita esse trabalho.
-Melhor eu ir, senhor.
-Está agindo como uma garota mimada. Alberto, não poderá mais trabalhar nos fins de semana. E você anda sem responsabilidade aliás, lembro do que fez nas férias também. Pra sua segurança isso é o melhor a se fazer.
-MINHA SEGURANÇA? E você John como aceita trabalhar com isso?
-Preciso do emprego...-diz John como se estivesse se desculpando
-John, não precisa dar justificativas pra ela. ANGEL, vá pro seu quarto agora, isso já está resolvido e pronto. -diz meu pai pondo um ponto final e eu rebato.
-PARA DE ME TRATAR COMO CRIANÇA!
-E não é o que vc está sendo, agindo com essa imaturidade. -saio disparada pela sala, pego um copo de vidro que a empregada carrega na bandeja na minha frente e jogo contra a parede da sala perto da porta onde está meu pai e John. Por um momento minha raiva passa e volta percebo que poderia ter ferido alguém, saio correndo pelas escadas para o meu quarto.
-AONDE ESTÁ O SEU SENSO Angeline!?- diz minha mãe em algum degrau da escada.
-John não leve a sério o que ela disse. Recebemos você amanhã.
-Obrigado, boa noite senhor. Espero que ela entenda.
-Admiro sua preocupação, Angel é uma ótima filha só perde a noção de como é a vida. E sem "senhor" rapaz. - John sorri, acena.
Observo ele subindo na moto, o quanto é estiloso. Ele me vê, fecho a cara e saio da janela.
Enquanto me divirto conversando com o meu irmão, percebo que não estou mais com raiva só não queria alguém sempre me vigiando a cada passo e talvez toda essa mudança e acontecimentos estejam mexendo com o meu psicológico.
-Boa noite princesa mimadaaa.
-Cê para que sabe que eu não gosto de ser chamada...- ele me interrompe colocando a mão na minha boca.
-Mimada, mimada, mimada. -tira a mão e sai correndo do quarto. Levanto e saio atrás dele.
-Saiii, garoto. -me jogo na cama rindo, quando recebo uma mensagem.
-Foi mal. Não sabia que era sua família. Posso trabalhar em outro lugar 😐.
Leio e vejo sua foto de perfil. Acabo dormindo com o celular na mão.

Has llegado al final de las partes publicadas.

⏰ Última actualización: Feb 20, 2019 ⏰

¡Añade esta historia a tu biblioteca para recibir notificaciones sobre nuevas partes!

Destinos Traçados Pelo AmorDonde viven las historias. Descúbrelo ahora