Primeiro dia

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 O Dia começou descompromissado como todas as manhãs eu acordei cedo para mais um dia chato de aula. Não é que eu odeie Estudar - Amo historia - Eu odeio mesmo é a mesmice. Rotinas não são meu forte tudo fica mais chato quando se é uma Wayne, esse nome maldito carrega um peso de tragédias e chatices que vem de geração a geração. Nenhum Wayne fez algo de bom para a história De Reirom, isso me incomoda na escola normalmente os colegas se gabam das profissões dos pais por serem Juízes, Governadores ou doutor. O que posso falar dos meus pais. Amantra Wayne minha mãe é uma bêbada que abandonou os estudos para criar meu irmão mais velho, meu pai vive viajando passa mais tempo na rua do que em casa. Meu irmão é um idiota so quer saber de futebol e academia quando não estou na escola estou enterrado em algum livro trancada no quarto ou fumando escondida.

Na escola a professora nos fez ler um livro infantil sobre a formiga e a neve. Eu amo ler mas sinceramente não estava afim de recitar em voz alta aquele texto.

- Se você não ler se considere na recuperação senhorita Gamora Wayne. - informa a senhora lence professora de literatura.

Todos olharam automaticamente para mim e me levantei com o livreto de bouço na mão:

"Tremula de medo, olhando a morte que se aproxima, a pobre formiguinha suplicou:

- oh, morte, tu que és tão forte,

Que matas o homem,

Que bate no cão,

Que persegue o gato,

Que come o rato,

Que rói o muro,

Que Tapa o sol,

Que derrete a neve,

Desprende meu pezinho... "

Todos riem na sala

- Silencio classe.. - pede a senhora Lence

Respiro profundo e continuo:

"E a morte, impassível, respondeu:

- Mais forte do que eu é O Criador que me Governa!

Quase morrendo, a formiguinha rezou baixinho.

E O Criador, então,

Que ouve todas as preces, sorriu.

Estendeu a mão por cima das montanhas

E ordenou que viesse a primavera!

No mesmo instante,

No seu carro vermelho de veludo e ouro,

A primavera desceu sobre a terra,

Enchendo de flores os campos,

Enchendo de luz os caminhos!

E, vendo a formiguinha quase morta, gelada pelo frio, tomou-a carinhosamente entre as mãos e levou-a para seu reino encantado, onde não há inverno, onde os campos estão sempre cobertos de flores!"

O sinal toca e todos saem da sala vou ate a mesa para devolver o livreto antes de chegar la a jovem professora com os olhos vidrados em um livro de capa Verde faz um sinal rápido com a mão

- pode leva-lo..

Fico sem entender mas coloco ele no bolso de trás e saio da sala.

* * * * *

No caminho para casa o ônibus demora então resolvo ir a pé, um gato preto me segue na rua acho fofinho quando tento pega-lo ele corre e some entre os arbustos do jardim da vizinha.

* * * * *

- como a escola hoje Gamora? - escuto a voz da autoridade materna.

- tudo normal.

- você ta bem?

- uhum..

- mentir para a sua mãe é errado.

- fingir que se importa também. - começo a subir as escadas.

- Gamora eu não terminei de falar!

- o que você quer!? Poxa..

- Venha almoçar, estar pálida de fome..

- não quero.

- volte e venha comer agora!! - grita ela.

Desço emburrada vou ate a mesa e derrubo o prato no chão.

- você estar de castigo!!

- para de me tratar como se eu fosse uma criança, me deixa em paz!! Corro apressada e aborrecida "odeio arroz e batata frita" penso batendo a porta do meu quarto com muita força.

* * * * *

O sol ja sumia os últimos raios que escapava pela fresta me faz acordar, me levanto decidida. Tiro tudo de dentro da mochila e abro a janela pego a primeira roupa que vejo e me jogo caindo no teto do outro lado do parapeito meu quarto fica rente a uma escada de emergência criada devido vários incêndios que acontecia antigamente. Desço atravesso a rua e começo a andar. Me lembro de chorar muito, e diversas vezes penso em voltar mas continuo. Nesse momento o gato preto volta a aparecer na rua - Que olhos lindos você tem. - Ele apreça os Passos e começo a tentar acompanha-lo ele corre e começo a correr também no final da rua ele pula um cercado e olha para trás - Estar me desafiando gatinho!?

Atravesso a rua e passo a cerca ignorando uma plaquinha do terreno baldio.

Ja era noite o gatinho continua correndo e vou seguindo, por algum motivo aquilo me dar vontade de rir. Ele para em um amontoado de folha me abaixo preparando o pulo ele me encara, estou hipnotizado pelos olhos amarelos e assustado que ele tem. Pulo, por um segundo me sinto leve o agarro como se minha vida dependesse da quilo aterrisso na cama de folha que sede o espanto do momento me faz soltá-lo a queda dura alguns segundos bato forte as costas, adormeço.

Poço e Ida...Where stories live. Discover now