Capítulo 1 - O encontro.

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Ana

- Boa Anastácia, da próxima vez lembra de pegar o livro emprestado da biblioteca e trazer pra casa. - Me repreendo mentalmente.

Sou Anastácia Steele e estou no segundo período de direito na Seattle university. Sempre tive o sonho de ser advogada, sabe?! Defender os fracos e oprimidos para mim sempre pareceu ser uma boa causa. Amo ler, mas no momento me arrependo amargamente de ter perdido a noção do tempo na biblioteca da universidade e ser posta para fora mais uma vez pela bibliotecária a senhora Mary, que por sinal é um doce de pessoa e sempre tem boas dicas de livros de romance.

É comum ter festas de fraternidades e sempre encontra-se a mesma coisa: jovens bêbados demais a ponto de não saber o seu nome ou então colocarem para fora tudo o que comeu durante todo o ano, sem falar da pegação que rola. Outro dia presenciei um beijo coletivo eram tantas cabeças ao mesmo tempo que ficou até difícil de contar quantas pessoas eram e isso me causa arrepios. Como um ser humano em sã consciência participa de um ato como esse?

Mas o pior não é presenciar tudo isso, mas sim ter que passar no meio de toda essa baderna e ficar ouvindo gracinhas do tipo "Você não é corda musical, mas eu quero que você "acorde" comigo", "Queria ser seu suor, para correr por todo o seu corpo." ou então "Você não é pescoço, mas mexeu com a minha cabeça!", e isso realmente me deixa irritada. Além de é claro todo aquele incomodo que é passar por toda a multidão de desmiolados, porque uma pessoa que tira toda a sua roupa sobe numa árvore e fica girando o seu, seu.. vocês sabem não pode ser normal.

Respiro fundo, conto até três, ponho as mãos no bolso do meu casaco e sigo andando de cabeça baixa para não ser vista, reconhecida ou sei lá o que por qualquer louco que possa estar nesta festa. Vou caminhando a passos largos, desviando de todos que por algum motivo podem trombar comigo, vomitar em cima de mim ou o pior tentar me agarrar, fecho os olhos por um segundo e agradeço internamente aos céus por está quase passando por todos sem que não haja nenhum contratempo. Estou chegando próximo ao meu carro, até que..

- Me larga seu, seu.. BÊBADO! - Grito e empurro ao mesmo tempo um carinha muito do atrevido que tenta a todo custo enfiar sua língua dentro da minha boca.

- Qual foi gatinha? - Ele dá um sorriso irônico e sopra em meu rosto. ECA! Me vem um embrulho no estômago.

- Orr.. Numa mais faça isso. - O empurro ainda mais e consigo me livrar do seu aperto.

- Fazer o que, isso? - Ele sopra novamente em meu rosto e novamente o enjoou vem só que mais forte.

- Seu imbecil. - Rosno após ter me recuperado da ânsia. - Você ficou louco? - Grito novamente e ele ri, apenas ri. - Idiota!

¬- Qual é gatinha, não está me reconhecendo? - Ele vem novamente se aproximando e eu dou um passo para trás. - Marcamos de nos encontrar, estou duas horas atrasado, mas eu estou aqui e sou todinho seu. - Suas mãos percorrem o seu corpo enquanto ele fala e é inevitável não reparar nele. Aparentemente se trata de um homem muito bonito, porém bêbado.

- Você com certeza está me confundindo com alguém. - Desvio do seu campo de visão e continuo a andar.

- Claro que não estou. - Ele continua vindo atrás de mim. - Eu posso estar bêbado mais eu jamais esqueço uma bela mulher.

Ele disso uma bela mulher?

Realmente ele deve estar passando de bêbado.

- Olha aqui. - Me viro apontando um dedo em seu rosto. - Eu não te conheço, aliás eu nunca te vi então, não tem como você não lembrar de mim porque você nunca me viu, ok?! - Ele faz um biquinho tão lindo e me olha com os olhos pidões. Concentra Anastácia! - Volta para onde você veio e procura mais um pouco que logo, logo você encontra quem procura.

A garota que eu quase beijeiOnde histórias criam vida. Descubra agora